Distraído
Quanto, quanto me queres?- perguntaste
olhando para mim mas distraida;
E quando nos meus olhos te encontraste,
Eu vi nos teus a luz da minha vida.
Nas tuas mãos, as minhas apertaste.
Olhando para mim como vencida.
"quanto, quanto"- de novo murmuraste
E a tua boca deu-se-me rendida!
Os nossos beijos longos e ansiosos,
Trocavam-se frementes!-Ah! ninguém
Sabe beijar melhor que os amorosos!
Quanto te quero?! = Eu posso lá dizer!...
-Um grande amor só se avalia bem
Depois de se perder.
Vou pelo caminho da simplicidade.
É mais deleitoso e proveitoso.
É quando distraída
Posso escutar a melodia
dos passarinhos
e sentir Deus florescendo meus dias
de paz ,leveza e amor .
Prova
Um jovem entra distraído na escola,
E descobre que haverá uma prova.
Ele pergunta ao professor sobre a cola,
Ouve que se fizer o mal será punido!
Então, ele diz: a prova está no provável...
Podendo nela, eu até ser reprovado!
A vida é um difícil aprova ou reprova,
Ela não se importa com o meu futuro...
Neste vai e vem sem cessar,
Numa múltipla escolha mal feita,
A prova tem no texto o seu contexto,
Mas se entender errado é mal feito!
Há teste em qualquer canto da vida,
Ninguém dá voto de confiança ao próximo.
Bagunçar-lhe investigando os seus passos,
É de praxe para no final dizer um não disfarçado!
ALHEADA
Distraída, distraída....
Lá vai ela pelas calçadas
fingida sem saber de nada,
nas passadas largas da vida
pelas idas, pelas vindas
expandindo toda rima
em sua lagrima caída.
No olhar para o futuro...
Chorar por marcas passada
a cada sonho uma partida,
dardo aos ventos inseguro
aos quatro cantos do mundo
pesadelos difusos sem fundo
nas cismas de outras vidas.
Distraída, distraída...
Flechas alteradas, erradas
papas do ontem... Congeladas
freezer do hoje, uma fada
estão liquidificando a digital
o futuro entrou pelos planos
e os anos todos aos cambal.
Antonio Montes
Enquanto estivermos distraídos, faremos escolhas que nos roubam o pouco tempo que temos para estar junto a nós.
Era um cara tão distraído, mas tão distraído que em certa e infeliz ocasião quebrou dois ovos na pia, fritou as cascas na manteiga e só percebeu o que tinha feito na mesa de cirurgia.
Acontece que eu sempre andava assim.
Meio tonto, distraído, cheio de zumbidos.
Nuvens de perguntas pairavam sobre a minha cabeça como hordas de mosquitos inquietos e inconvenientes.
Perguntas, perguntas, perguntas e mais perguntas.
Perguntas de todos os tipos, a maioria sem resposta.
Tropeçava em mim mesmo, não percebia a paisagem, nem o vento, nem o cheiro das rosas que se insinuavam com suas promessas de espinhos.
Eu andava cego do mundo, olhando pra dentro.
Até que um dia, num momento de distração, prestei atenção à um silêncio de batida de cabeça, e no mesmo momento tive a certeza de saber todas as coisas.
Me levantei, tirei a poeira do rosto, dos olhos.. e respirei a verdade pela primeira vez.
Então já não havia mais perturbação de mosquitos, tontura, palpitação.
Eu via tudo com a luz que faiscava no meu coração.
Virei o vento, o canto dos pássaros, a luz do sol, me vi amor.
Virei resposta.
"Um Forte Abraço"
Vou Chegar Até Você,
Bem Suavemente,
De Uma Forma Distraída,
Lento, Agil, Frágil e Surpreendente...
Vou Olhar Nos Seus Olhos,
Vou Dizer Pra Que Vim,
Vou Chegar Bem Perto De Você...
E Você De Mim.
Ficaremos Mudos,
Em Uma Comunicação Silenciosa...
Olhos Nos Olhos...
Palavras Ao Vento,
E Nisso Aproximaremos Ainda Mais...
Eis Que Surge O Primeiro Toque...
Os Dos Dedos,
Minhas Mãos Vão Ao Teu Encontro,
Nossa, Que Energia...
Nesse Momento, Os Corpos Se Encontram Em Sintonia,
Cada Vez Mais Perto,
Tudo Tão Maravilhoso...
Sinto Seu Perfurme Cada Vez Mais Perto,
Toco De Leve No Seu Rosto,
Dois Dedos Arrumam Seus Cabelos...
Agora Chegamos Frente á Frente,
Inevitável Não Abrir Os Braços,
O Lento Ficou Rápido,
Rápida Foi Você Que Logo Percebeu...
Sem Mistérios Os Olhos Brilhavam,
Rosto Com Rosto,
Nariz x Nariz,
E Assim Te Puxo Ao Meus Braços...
Meus Braços Nos Seus,
Seus Braços Nos Meus,
Os Toques Falam,
Minhas Mãos Deslizam Pelas Pelo Seu Corpo,
Agora Encontrei O Encaixe...
Susurro No Seu Ouvido,
Você Sorri Dizendo Que Quer Muito,
Eu Venho e Aperto Forte, Bem Forte, Muito Forto...
Eita Quanto Carinho,
Quanta Energia,
Quanta Felicidade,
Quanta Vontade...
Vontade Realizada,
Te Puxar, Te Abertar e Te Fazer Sentir A Mesma Vontade De Não Largar Nada...
Um Abraço Forte,
Faz Deixar Você Na Ponta Dos Pés,
Eu Não Resisto...
Puxo, Puxo Forte e Colamos Nossos Corpos Ao Tirar Você Do Chão,
Um Abraço, Muito Mais Que Um Abraço...
Firme e Forte,
O Tempo Congela...
Abraçados, Unidos Numa Sintonia Surreal...
Respeito, Carinho, Amizade...
Amor, Felicidade e Vontade...
São Os Ingredientes Desse Abraço Forte...
Que Não Tem Limite,
Nem Idade,
Basta Só Você Sentir...
E Deixar Acontecer...
Esse É Meu Forte Abraço
Que Deixo Pra Você.
"Um Forte Abraço"
Vou Chegar Até Você,
Bem Suavemente,
De Uma Forma Distraída,
Lento, Agil, Frágil e Surpreendente...
Vou Olhar Nos Seus Olhos,
Vou Dizer Pra Que Vim,
Vou Chegar Bem Perto De Você...
E Você De Mim.
Ficaremos Mudos,
Em Uma Comunicação Silenciosa...
Olhos Nos Olhos...
Palavras Ao Vento,
E Nisso Aproximaremos Ainda Mais...
Eis Que Surge O Primeiro Toque...
Os Dos Dedos,
Minhas Mãos Vão Ao Teu Encontro,
Nossa, Que Energia...
Nesse Momento, Os Corpos Se Encontram Em Sintonia,
Cada Vez Mais Perto,
Tudo Tão Maravilhoso...
Sinto Seu Perfurme Cada Vez Mais Perto,
Toco De Leve No Seu Rosto,
Dois Dedos Arrumam Seus Cabelos...
Agora Chegamos Frente á Frente,
Inevitável Não Abrir Os Braços,
O Lento Ficou Rápido,
Rápida Foi Você Que Logo Percebeu...
Sem Mistérios Os Olhos Brilhavam,
Rosto Com Rosto,
Nariz x Nariz,
E Assim Te Puxo Ao Meus Braços...
Meus Braços Nos Seus,
Seus Braços Nos Meus,
Os Toques Falam,
Minhas Mãos Deslizam Pelas Pelo Seu Corpo,
Agora Encontrei O Encaixe...
Susurro No Seu Ouvido,
Você Sorri Dizendo Que Quer Muito,
Eu Venho e Aperto Forte, Bem Forte, Muito Forto...
Eita Quanto Carinho,
Quanta Energia,
Quanta Felicidade,
Quanta Vontade...
Vontade Realizada,
Te Puxar, Te Abertar e Te Fazer Sentir A Mesma Vontade De Não Largar Nada...
Um Abraço Forte,
Faz Deixar Você Na Ponta Dos Pés,
Eu Não Resisto...
Puxo, Puxo Forte e Colamos Nossos Corpos Ao Tirar Você Do Chão,
Um Abraço, Muito Mais Que Um Abraço...
Firme e Forte,
O Tempo Congela...
Abraçados, Unidos Numa Sintonia Surreal...
Respeito, Carinho, Amizade...
Amor, Felicidade e Vontade...
São Os Ingredientes Desse Abraço Forte...
"Um Forte Abraço"
Vou Chegar Até Você,
Bem Suavemente,
De Uma Forma Distraída,
Lento, Ágil, Frágil e Surpreendente...
Vou Olhar Nos Seus Olhos,
Vou Dizer Pra Que Vim,
Vou Chegar Bem Perto De Você...
E Você De Mim.
Ficaremos Mudos,
Em Uma Comunicação Silenciosa...
Olhos Nos Olhos...
Palavras Ao Vento,
E Nisso Aproximaremos Ainda Mais...
Eis Que Surge O Primeiro Toque...
Os Dos Dedos,
Minhas Mãos Vão Ao Teu Encontro,
Nossa, Que Energia...
Nesse Momento, Os Corpos Se Encontram Em Sintonia,
Cada Vez Mais Perto,
Tudo Tão Maravilhoso...
Sinto Seu Perfume Cada Vez Mais Perto,
Toco De Leve No Seu Rosto,
Dois Dedos Arrumam Seus Cabelos...
Agora Chegamos Frente á Frente,
Inevitável Não Abrir Os Braços,
O Lento Ficou Rápido,
Rápida Foi Você Que Logo Percebeu...
Sem Mistérios Os Olhos Brilhavam,
Rosto Com Rosto,
Nariz x Nariz,
E Assim Te Puxo Ao Meus Braços...
Meus Braços Nos Seus,
Seus Braços Nos Meus,
Os Toques Falam,
Minhas Mãos Deslizam Pelas Pelo Seu Corpo,
Agora Encontrei O Encaixe...
Sussurro No Seu Ouvido,
Você Sorri Dizendo Que Quer Muito,
Eu Venho e Aperto Forte, Bem Forte, Muito Forte...
Nossa Quanto Carinho,
Quanta Energia,
Quanta Felicidade,
Quanta Vontade...
Vontade Realizada,
Te Puxar, Te Apertar e Te Fazer Sentir A Mesma Vontade De Não Largar Nada...
Um Abraço Forte,
Faz Deixar Você Na Ponta Dos Pés,
Eu Não Resisto...
Puxo, Puxo Forte e Colamos Nossos Corpos Ao Tirar Você Do Chão,
Um Abraço, Muito Mais Que Um Abraço...
Firme e Forte,
O Tempo Congela...
Abraçados, Unidos Numa Sintonia Surreal...
Respeito, Carinho, Amizade...
Amor, Felicidade e Vontade...
São Os Ingredientes Desse Abraço Forte...
Que Não Tem Limite,
Nem Idade,
Basta Só Você Sentir...
E Deixar Acontecer...
Esse É Meu Forte Abraço
Que Deixo Pra Você.
No ponto de ônibus
A vi sentada distraída
De cabeça baixa
Seus cabelos escorriam
Pelos seus ombros
Do ônibus onde eu estava
O mundo passava rápido
Mas ela fez o tempo parar
No ponto de ônibus
Sem que soubesse
Que de outro lado
Apreciada ela era
Com todos seus detalhes
Que na velocidade
Ficaram como rascunhos
Na minha memoria vaga
Nada mais além de rascunhos
Tenho agora pra salvar as memorias
Memorias dela que o tempo
Sem clemência ira censura-las.
PERDOANDO DEUS.
Eu ia andando pela Avenida Copacabana e olhava distraída edifícios, nesga de mar, pessoas, sem pensar em nada. Ainda não percebera que na verdade não estava distraída, estava era de uma atenção sem esforço, estava sendo uma coisa muito rara: livre. Via tudo, e à toa. Pouco a pouco é que fui percebendo que estava percebendo as coisas. Minha liberdade então se intensificou um pouco mais, sem deixar de ser liberdade. Não era tour de propriétaire, nada daquilo era meu, nem eu queria. Mas parece-me que me sentia satisfeita com o que via.
Tive então um sentimento de que nunca ouvi falar. Por puro carinho, eu me senti a mãe de Deus, que era a Terra, o mundo. Por puro carinho mesmo, sem nenhuma prepotência ou glória, sem o menor senso de superioridade ou igualdade, eu era por carinho a mãe do que existe. Soube também que se tudo isso "fosse mesmo" o que eu sentia - e não possivelmente um equívoco de sentimento - que Deus sem nenhum orgulho e nenhuma pequenez se deixaria acarinhar, e sem nenhum compromisso comigo. Ser-Lhe-ia aceitável a intimidade com que eu fazia carinho. O sentimento era novo para mim, mas muito certo, e não ocorrera antes apenas porque não tinha podido ser. Sei que se ama ao que é Deus. Com amor grave, amor solene, respeito, medo e reverência. Mas nunca tinham me falado de carinho maternal por Ele. E assim como meu carinho por um filho não o reduz, até o alarga, assim ser mãe do mundo era o meu amor apenas livre.
E foi quando quase pisei num enorme rato morto. Em menos de um segundo estava eu eriçada pelo terror de viver, em menos de um segundo estilhaçava-me toda em pânico, e controlava como podia o meu mais profundo grito. Quase correndo de medo, cega entre as pessoas, terminei no outro quarteirão encostada a um poste, cerrando violentamente os olhos, que não queriam mais ver. Mas a imagem colava-se às pálpebras: um grande rato ruivo, de cauda enorme, com os pés esmagados, e morto, quieto, ruivo. O meu medo desmesurado de ratos.
Toda trêmula, consegui continuar a viver. Toda perplexa continuei a andar, com a boca infantilizada pela surpresa. Tentei cortar a conexão entre os dois fatos: o que eu sentira minutos antes e o rato. Mas era inútil. Pelo menos a contigüidade ligava-os. Os dois fatos tinham ilogicamente um nexo. Espantava-me que um rato tivesse sido o meu contraponto. E a revolta de súbito me tomou: então não podia eu me entregar desprevenida ao amor? De que estava Deus querendo me lembrar? Não sou pessoa que precise ser lembrada de que dentro de tudo há o sangue. Não só não esqueço o sangue de dentro como eu o admiro e o quero, sou demais o sangue para esquecer o sangue, e para mim a palavra espiritual não tem sentido, e nem a palavra terrena tem sentido. Não era preciso ter jogado na minha cara tão nua um rato. Não naquele instante. Bem poderia ter sido levado em conta o pavor que desde pequena me alucina e persegue, os ratos já riram de mim, no passado do mundo os ratos já me devoraram com pressa e raiva. Então era assim?, eu andando pelo mundo sem pedir nada, sem precisar de nada, amando de puro amor inocente, e Deus a me mostrar o seu rato? A grosseria de Deus me feria e insultava-me. Deus era bruto. Andando com o coração fechado, minha decepção era tão inconsolável como só em criança fui decepcionada. Continuei andando, procurava esquecer. Mas só me ocorria a vingança. Mas que vingança poderia eu contra um Deus Todo-Poderoso, contra um Deus que até com um rato esmagado poderia me esmagar? Minha vulnerabilidade de criatura só. Na minha vontade de vingança nem ao menos eu podia encará-Lo, pois eu não sabia onde é que Ele mais estava, qual seria a coisa onde Ele mais estava e que eu, olhando com raiva essa coisa, eu O visse? no rato? naquela janela? nas pedras do chão? Em mim é que Ele não estava mais. Em mim é que eu não O via mais.
Então a vingança dos fracos me ocorreu: ah, é assim? pois então não guardarei segredo, e vou contar. Sei que é ignóbil ter entrado na intimidade de Alguém, e depois contar os segredos, mas vou contar - não conte, só por carinho não conte, guarde para você mesma as vergonhas Dele - mas vou contar, sim, vou espalhar isso que me aconteceu, dessa vez não vai ficar por isso mesmo, vou contar o que Ele fez, vou estragar a Sua reputação.
... mas quem sabe, foi porque o mundo também é rato, e eu tinha pensado que já estava pronta para o rato também. Porque eu me imaginava mais forte. Porque eu fazia do amor um cálculo matemático errado: pensava que, somando as compreensões, eu amava. Não sabia que, somando as incompreensões, é que se ama verdadeiramente. Porque eu, só por ter tido carinho, pensei que amar é fácil. É porque eu não quis o amor solene, sem compreender que a solenidade ritualiza a incompreensão e a transforma em oferenda. E é também porque sempre fui de brigar muito, meu modo é brigando. É porque sempre tento chegar pelo meu modo. É porque ainda não sei ceder. É porque no fundo eu quero amar o que eu amaria - e não o que é. É porque ainda não sou eu mesma, e então o castigo é amar um mundo que não é ele. É também porque eu me ofendo à toa. É porque talvez eu precise que me digam com brutalidade, pois sou muito teimosa. É porque sou muito possessiva e então me foi perguntado com alguma ironia se eu também queria o rato para mim. É porque só poderei ser mãe das coisas quando puder pegar um rato na mão. Sei que nunca poderei pegar num rato sem morrer de minha pior morte. Então, pois, que eu use o magnificat que entoa às cegas sobre o que não se sabe nem vê. E que eu use o formalismo que me afasta. Porque o formalismo não tem ferido a minha simplicidade, e sim o meu orgulho, pois é pelo orgulho de ter nascido que me sinto tão íntima do mundo, mas este mundo que eu ainda extraí de mim de um grito mudo. Porque o rato existe tanto quanto eu, e talvez nem eu nem o rato sejamos para ser vistos por nós mesmos, a distância nos iguala. Talvez eu tenha que aceitar antes de mais nada esta minha natureza que quer a morte de um rato. Talvez eu me ache delicada demais apenas porque não cometi os meus crimes. Só porque contive os meus crimes, eu me acho de amor inocente. Talvez eu não possa olhar o rato enquanto não olhar sem lividez esta minha alma que é apenas contida. Talvez eu tenha que chamar de "mundo" esse meu modo de ser um pouco de tudo. Como posso amar a grandeza do mundo se não posso amar o tamanho de minha natureza? Enquanto eu imaginar que "Deus" é bom só porque eu sou ruim, não estarei amando a nada: será apenas o meu modo de me acusar. Eu, que sem nem ao menos ter me percorrido toda, já escolhi amar o meu contrário, e ao meu contrário quero chamar de Deus. Eu, que jamais me habituarei a mim, estava querendo que o mundo não me escandalizasse. Porque eu, que de mim só consegui foi me submeter a mim mesma, pois sou tão mais inexorável do que eu, eu estava querendo me compensar de mim mesma com uma terra menos violenta que eu. Porque enquanto eu amar a um Deus só porque não me quero, serei um dado marcado, e o jogo de minha vida maior não se fará. Enquanto eu inventar Deus, Ele não existe.
Era um cara tão distraído, mas tão distraído, que em certa e infeliz ocasião, pôs um balde para encher e somente após pensar em todas as dores que teve na vida, descobrir solução para os problemas mais recentes e fazer anotações mentais sobre como ser uma pessoa melhor foi que percebeu que no balde havia um furo.
Ajustado
Sinto pena dessa vida,
que um dia deve se acabar...
Por isso ando tão distraída,
Que acho que nem vou notar.
Desabafo
Acho que ando distraída demais, ultimamente venho sendo evitada até pelas paredes.
Sou a pessoa mais estranha que conheço ando com com pressa (rápido na velocidade da luz) mesmo não estando atrasada, falo besteiras que fazem todos rir, dou risadas de piadas chatas para agradar quem conta, e mesmo assim estou sempre só, não entendo o que se passa comigo, algumas pessoas já me disseram que estou aprisionada no meu mundo, doce mundo meu que tenho às chaves e por vontade própria permaneço, não dou chance para as pessoas me sinto bem só, não entendo o que se passa na minha cabeça, nem quero que ninguém tente entender.
Gosto de estar só, não gosto de barulhos, tudo me incômoda, o novo me apavora, sonho acordada, gosto da minha privacidade, não me envolvo na vida de "A" nem "B" e espero que os mesmos não sejam tolos de entrar na minha.
Taxada de estranha bem sei que sou, me irrito pelo simples fatos de saber que os opostos se atraem e até hoje não encontrei o meu oposto, acredito que ele esteja brincando comigo enquanto ele com a paciência eu com o alvoroço, enquanto ele sério eu rindo, e equanto ele para quieto aflita eu fico não consigo entender o meu oposto, ele me odeia até descobrir que o que ele sente é amor.
O oposto descobrirá, com charmes não irei quere-lo e perderei mais uma vez aquele que brincou com meu coração e por uma cruel coincidência descobriu que verdadeiramente me amou. Os opostos não se atraem!
Nem minha chatice atrae ninguém.
Estou em constante guerra comigo, ando impaciente, distraída, confusa e algumas vezes eufórica, um milhão de sensações me invade e me deixa transtornada!
Não sei se sou capaz de amar, já sofrir tanto que não consigo pensar em um início de relacionamento, consigo prevê o fim, não sou uma pessoa interessante pelo menos nenhum homem nunca demonstrou interesse.
Ou será que sou difícil demais?
Ao entrar no ônibus sento em cadeiras solitárias, me sinto sufocada, sou educada e ao mesmo tempo deselegante, amo e ao mesmo tempo desgosto, eu sou o meu oposto, só eu me atraiu e ao mesmo tempo me destraiu, me afasto, me encho de mim e quero retirar-me bem pra longe...
O tempo não está passando depressa: você é que está distraído. O tempo não está passando devagar: você é que está ansioso.
... Um estranho ...
... Distraído, de repente percebi alguém me observando, achei esquisito, pois parecia conhecido, todo tempo me olhando, gestos bruscos, inquieto com idas e vindas, me seguia com olhar de soslaio, fiquei juntamente curioso e assustado, um rosto sério e desconfiado, confesso que também estava, não gostei de suas maneiras e insinuações, sorrateiramente ainda me parecia familiar, fui me aproximando, o corpo tremendo, situação nebulosa e ainda parecia já ter visto, fui chegando cabisbaixo para reclamar que não aprovava as atitudes e principalmente as imitações, quando percebo que, na verdade, era um grande espelho que me refletia; enfim, na vida, muitas vezes somos o próprio estranho, enquanto devemos procurar entender as pessoas, não podemos esquecer de nos observar...
... sivi...