Distraído
FAZ DE CONTA
Outro dia mesmo estava me divertindo,
assim meio descuidado, meio distraído,
e pelas brincadeiras de infância atraído.
Vieram outros dias, outras noites,
e, então, o tempo, sorrateiramente,
foi levando para longe de mim, dia após dia,
o pião que fazia girar as minhas fantasias;
as bolinhas de sabão, que eram meu alento,
foram desmanchando-se ao sopro do vento.
O faz de conta, os pés descalços, as ‘partidas’,
o ‘bate-bola’ nos campinhos de terra batida;
as alegres brincadeiras de ‘esconde-esconde’,
me escondiam do mundo adulto, não sei onde.
Enfim, até me dar conta que chegou o dia
de que esconder já não mais conseguia.
Eu não gostei de ter crescido, realmente.
Vez por outra eu me perco à minha procura.
Eu queria ter de novo aquela estatura,
aquela inocência, aquela candura.
Não queira esse mundo de loucura,
onde a verdade se vai e a mentira perdura.
Eu queria ser um menino eternamente.
Na verdade sou criança, apesar da aparência,
e luto para não ser adulto, com veemência,
para não adulterar de vez a minha essência.
O pião perdeu-se num mundo que continua a girar,
as bolinhas de sabão desfizeram-se de vez pelo ar
e nas ruas asfaltadas meus pés calçados vêm pisar.
Mas eu sigo brincando de esconde-esconde, contudo,
com o tempo que insiste em transformar tudo;
faz de crianças felizes, adultos sisudos.
Meu corpo de adulto pelo tempo foi esculpido,
embora me sinta criança, num corpo crescido,
com roupas de adultos, mas espírito despido.
Quanto mais ele muda, mais me contraponho,
pois muda um reino encantado de sonhos,
em um mundo ainda mais infeliz e tristonho.
Cresci e não gostei; isso me desaponta.
Por isso mantenho esse desejo oculto,
insistindo em brincar de faz de conta,
‘fazendo de conta’ que sou adulto.
Eu preciso que as pessoas sejam mais diretas sobre seus sentimentos,sou tão distraída que vejo amizade onde há amor.
Enquanto estivermos distraídos, faremos escolhas que nos roubam o pouco tempo que temos para estar junto a nós.
Era um cara tão distraído, mas tão distraído que em certa e infeliz ocasião quebrou dois ovos na pia, fritou as cascas na manteiga e só percebeu o que tinha feito na mesa de cirurgia.
Tempo
_ Vê distraída resposta
a tua volta o prende,
vê que a resposta dá volta
e a mesma resposta o surpreende!
Ciclo
Nasci com a alma distraída...
Inocente.
Cresci me concentrando um pouco a cada dia
Mostrei-me já adulto
Num espelho distraído.
Hoje ele me mostra envelhecido
Como a lembrar-me que eu já
Vivi o que podia ter vivido.
Relaxo novamente,
É natural...
Não se fica pra semente.
Gosto de azinhavre
Sentado debaixo dum pé de pêssego, distraidamente em minha antiga mente, é o que faço exatamente ao recordar de antigamente; embrenhado num sutil sossego, e neste aconchego, chego a me ver pedindo arrego ao tempo. Porém neste presente também contemplo contente o templo de minha singela existência e, nesta já antiga teimosia de viver a aleivosia duma lembrança fantástica de pessoal fantasia, no bem-querer de minha infância elástica, já que quer perdurar eternamente. Independentemente do que fica pendente em minha mente, recordar e se doar ao amor da existência, cuja insistência é a eterna permanência dum vício de amor-sacrifício e clemência. Sinto o prazer ao ver o vergel do local a me satisfazer neste meu jeito-bedel de viver ao reaver um passado presente imortal, e ao desenrolar dum eterno carretel no sentimento de mais um menestrel...
A depressão advém dum remoto além ignoto de automalquerência de aparência ao léu, é uma briga tamanha, apesar de tacanha a fazer constância bisonha ao ato de viver.
Crer de verdade na impessoal verdade traz a veracidade, não fazer o mal, sentar num pomar, sem levar a mal o tamanho do assento que se há de ter, e saborear o ar, deixar o espírito descansar devagar nas asas da paz ao divagar no próprio arfar natural, sem se autocondenar: é a sabedoria que o ser gostaria de obter, mesmo sem nada entender dessa esbórnia-orgia de viver.
Ao praticar o perdão estar-se-á praticando o autoperdão, e isso é parte da felicidade...
jbcampos
Talvez eu seja muito desligada
É que procuro ser livre e despreocupada
Vivia distraída como borboletas no ar
Sempre desastrada
Acabei colidindo com uma bolha de sabão
Distraidamente sorrio enquanto estou sentada de qualquer jeito na poltrona, com um copo de leite entre as mãos.
Olho pra janela nesse dia frio e lembro daquele verão...
Corajosamente estávamos nos divertindo.
E como o tempo passou rápido.
Distraidamente uma rufada de ar retira uma mecha de cabeço de detrás da minha orelha.
Volto ela pro lugar...
Foi naquele dia que combinamos um jantar à luz de velas e acabamos comendo macarrão instantâneo com refrigerante?
O dia vai se findando frio e silencioso.
Volto a encher minha xícara, os meus olhos e minhas lembranças...
Me acompanha o tempo...
Começa a chover lá fora...
Venho andada distraída, pensando se você me quer mesmo, ou se é imaginação minha, é muito bom e doce sonhar e pensar que você me ama como eu te amo, tô perdendo a razão, quando nos vemos não consigo esconder a paixão avassaladora, eu odeio o fato de você sempre ter razão, eu odeio quando você me faz rir, mais ainda quando me faz chorar, odeio quando você não está por perto. E por você não ter me ligado, mas mais que tudo isso, odeio como eu não consigo te odiar, nem um pouco, nem por um segundo, nem por nada. Eu amo quando você me puxa para perto de você e me abraça forte. Eu amo quando me beija, acabando com as distâncias existentes entre nós dois. Amo sentir o seu perfume nas minhas roupas depois de passar o dia com você, amo o fato de você ser o dono da última voz que quero ouvir antes de dormir. Amo dormir e sonhar com você e acordar sonhando em te ter abraçado comigo, percebi que é com você que quero passar o resto da minha vida. Eu tenho medo de muitas coisas, medo do que já vivi, do que vou viver, mas principalmente, tenho medo de te perder e nunca mais na minha vida inteira, sentir o que sinto quando estou com você. É tão mágico. Minha vida é maravilhosa desde que te conheci, você é o garoto dos meus sonhos, e um pouco além disso também. Não sabe o quanto sou grata por ter você, pensar em você, poder amar você e acima de tudo...ter um “nós”...Você significa mais para mim do que qualquer outra coisa neste mundo
Venho andada distraída, pensando se você me quer mesmo, ou se é imaginação minha, é muito bom e doce sonhar e pensar que você me ama como eu te amo, tô perdendo a razão, quando nos vemos não consigo esconder a paixão avassaladora, eu odeio o fato de você sempre ter razão, eu odeio quando você me faz rir, mais ainda quando me faz chorar, odeio quando você não está por perto. E por você não ter me ligado, mas mais que tudo isso, odeio como eu não consigo te odiar, nem um pouco, nem por um segundo, nem por nada. Eu amo quando você me puxa para perto de você e me abraça forte. Eu amo quando me beija, acabando com as distâncias existentes entre nós dois. Amo sentir o seu perfume nas minhas roupas depois de passar o dia com você, amo o fato de você ser o dono da última voz que quero ouvir antes de dormir. Amo dormir e sonhar com você e acordar sonhando em te ter abraçado comigo, percebi que é com você que quero passar o resto da minha vida. Eu tenho medo de muitas coisas, medo do que já vivi, do que vou viver, mas principalmente, tenho medo de te perder e nunca mais na minha vida inteira, sentir o que sinto quando estou com você. É tão mágico. Minha vida é maravilhosa desde que te conheci, você é o garoto dos meus sonhos, e um pouco além disso também. Não sabe o quanto sou grata por ter você, pensar em você, poder amar você e acima de tudo...ter um “nós”...Você significa mais para mim do que qualquer outra coisa neste mundo
ANJO DISTRAÍDO
Avistei um anjo distraído,
anjo de cor alva e asas enormes,
ele voava observando a aurora,
Bem distraído, esqueceu de desviar de árvores gigantes!
Pagando o preço de sua distração,
Machucou uma de suas lindas asas e caiu ao chão!
Esqueceu seu passado, tudo em vão!
Começou uma nova vida terrena,
nem asas tinha mais não!
Coitado do anjo,
Em pouco tempo, já perambulava pela noite,
marcando o tom e o compasso,
acreditando ser seu corpo de aço!
Conheceu outros anjos caídos
e outras "criaturas" também!
Coitado do anjo,
Não sabia identificar outro anjo!
Parou de contar os dias,
a partir daí,
as noite ficaram mais frias!
Coitado do anjo.
Com frio, medo, sem asas, completamente só,
após mais uma noite em claro, o anjo ajoelhou-se,
e voltando as mãos para o sol gritou desesperadamente:
quem sou eu?
Imediatamente, um clarão, rompeu as nuvens, junto com um estrondo gigantesco.
Em seguida, uma voz poderosa o respondeu: vc é filho meu! Meu anjo caído! Toma de volta suas asas e não seja mais DISTRAÍDO.
Pouco escuto... Muito penso... Tudo vejo... Nada falo. Sempre distraída, perdida em meio as lembranças reproduzidas em minha mente, fantasiando nosso reencontro; meu pensamento persiste na busca do por que não deu certo e em qual momento nós nos perdemos. Agora é assim, vivo sem viver, choro sem perceber; mas, enfim ainda respiro, então dou o melhor em tudo que faço, ou seja, dor na alma sorriso no rosto.