Distraída

Cerca de 145 frases e pensamentos: Distraída

No ponto de ônibus
A vi sentada distraída
De cabeça baixa
Seus cabelos escorriam
Pelos seus ombros
Do ônibus onde eu estava
O mundo passava rápido
Mas ela fez o tempo parar
No ponto de ônibus
Sem que soubesse
Que de outro lado
Apreciada ela era
Com todos seus detalhes
Que na velocidade
Ficaram como rascunhos
Na minha memoria vaga
Nada mais além de rascunhos
Tenho agora pra salvar as memorias
Memorias dela que o tempo
Sem clemência ira censura-las.

Inserida por ShandyCrispim

PERDOANDO DEUS.

Eu ia andando pela Avenida Copacabana e olhava distraída edifícios, nesga de mar, pessoas, sem pensar em nada. Ainda não percebera que na verdade não estava distraída, estava era de uma atenção sem esforço, estava sendo uma coisa muito rara: livre. Via tudo, e à toa. Pouco a pouco é que fui percebendo que estava percebendo as coisas. Minha liberdade então se intensificou um pouco mais, sem deixar de ser liberdade. Não era tour de propriétaire, nada daquilo era meu, nem eu queria. Mas parece-me que me sentia satisfeita com o que via.

Tive então um sentimento de que nunca ouvi falar. Por puro carinho, eu me senti a mãe de Deus, que era a Terra, o mundo. Por puro carinho mesmo, sem nenhuma prepotência ou glória, sem o menor senso de superioridade ou igualdade, eu era por carinho a mãe do que existe. Soube também que se tudo isso "fosse mesmo" o que eu sentia - e não possivelmente um equívoco de sentimento - que Deus sem nenhum orgulho e nenhuma pequenez se deixaria acarinhar, e sem nenhum compromisso comigo. Ser-Lhe-ia aceitável a intimidade com que eu fazia carinho. O sentimento era novo para mim, mas muito certo, e não ocorrera antes apenas porque não tinha podido ser. Sei que se ama ao que é Deus. Com amor grave, amor solene, respeito, medo e reverência. Mas nunca tinham me falado de carinho maternal por Ele. E assim como meu carinho por um filho não o reduz, até o alarga, assim ser mãe do mundo era o meu amor apenas livre.

E foi quando quase pisei num enorme rato morto. Em menos de um segundo estava eu eriçada pelo terror de viver, em menos de um segundo estilhaçava-me toda em pânico, e controlava como podia o meu mais profundo grito. Quase correndo de medo, cega entre as pessoas, terminei no outro quarteirão encostada a um poste, cerrando violentamente os olhos, que não queriam mais ver. Mas a imagem colava-se às pálpebras: um grande rato ruivo, de cauda enorme, com os pés esmagados, e morto, quieto, ruivo. O meu medo desmesurado de ratos.

Toda trêmula, consegui continuar a viver. Toda perplexa continuei a andar, com a boca infantilizada pela surpresa. Tentei cortar a conexão entre os dois fatos: o que eu sentira minutos antes e o rato. Mas era inútil. Pelo menos a contigüidade ligava-os. Os dois fatos tinham ilogicamente um nexo. Espantava-me que um rato tivesse sido o meu contraponto. E a revolta de súbito me tomou: então não podia eu me entregar desprevenida ao amor? De que estava Deus querendo me lembrar? Não sou pessoa que precise ser lembrada de que dentro de tudo há o sangue. Não só não esqueço o sangue de dentro como eu o admiro e o quero, sou demais o sangue para esquecer o sangue, e para mim a palavra espiritual não tem sentido, e nem a palavra terrena tem sentido. Não era preciso ter jogado na minha cara tão nua um rato. Não naquele instante. Bem poderia ter sido levado em conta o pavor que desde pequena me alucina e persegue, os ratos já riram de mim, no passado do mundo os ratos já me devoraram com pressa e raiva. Então era assim?, eu andando pelo mundo sem pedir nada, sem precisar de nada, amando de puro amor inocente, e Deus a me mostrar o seu rato? A grosseria de Deus me feria e insultava-me. Deus era bruto. Andando com o coração fechado, minha decepção era tão inconsolável como só em criança fui decepcionada. Continuei andando, procurava esquecer. Mas só me ocorria a vingança. Mas que vingança poderia eu contra um Deus Todo-Poderoso, contra um Deus que até com um rato esmagado poderia me esmagar? Minha vulnerabilidade de criatura só. Na minha vontade de vingança nem ao menos eu podia encará-Lo, pois eu não sabia onde é que Ele mais estava, qual seria a coisa onde Ele mais estava e que eu, olhando com raiva essa coisa, eu O visse? no rato? naquela janela? nas pedras do chão? Em mim é que Ele não estava mais. Em mim é que eu não O via mais.

Então a vingança dos fracos me ocorreu: ah, é assim? pois então não guardarei segredo, e vou contar. Sei que é ignóbil ter entrado na intimidade de Alguém, e depois contar os segredos, mas vou contar - não conte, só por carinho não conte, guarde para você mesma as vergonhas Dele - mas vou contar, sim, vou espalhar isso que me aconteceu, dessa vez não vai ficar por isso mesmo, vou contar o que Ele fez, vou estragar a Sua reputação.

... mas quem sabe, foi porque o mundo também é rato, e eu tinha pensado que já estava pronta para o rato também. Porque eu me imaginava mais forte. Porque eu fazia do amor um cálculo matemático errado: pensava que, somando as compreensões, eu amava. Não sabia que, somando as incompreensões, é que se ama verdadeiramente. Porque eu, só por ter tido carinho, pensei que amar é fácil. É porque eu não quis o amor solene, sem compreender que a solenidade ritualiza a incompreensão e a transforma em oferenda. E é também porque sempre fui de brigar muito, meu modo é brigando. É porque sempre tento chegar pelo meu modo. É porque ainda não sei ceder. É porque no fundo eu quero amar o que eu amaria - e não o que é. É porque ainda não sou eu mesma, e então o castigo é amar um mundo que não é ele. É também porque eu me ofendo à toa. É porque talvez eu precise que me digam com brutalidade, pois sou muito teimosa. É porque sou muito possessiva e então me foi perguntado com alguma ironia se eu também queria o rato para mim. É porque só poderei ser mãe das coisas quando puder pegar um rato na mão. Sei que nunca poderei pegar num rato sem morrer de minha pior morte. Então, pois, que eu use o magnificat que entoa às cegas sobre o que não se sabe nem vê. E que eu use o formalismo que me afasta. Porque o formalismo não tem ferido a minha simplicidade, e sim o meu orgulho, pois é pelo orgulho de ter nascido que me sinto tão íntima do mundo, mas este mundo que eu ainda extraí de mim de um grito mudo. Porque o rato existe tanto quanto eu, e talvez nem eu nem o rato sejamos para ser vistos por nós mesmos, a distância nos iguala. Talvez eu tenha que aceitar antes de mais nada esta minha natureza que quer a morte de um rato. Talvez eu me ache delicada demais apenas porque não cometi os meus crimes. Só porque contive os meus crimes, eu me acho de amor inocente. Talvez eu não possa olhar o rato enquanto não olhar sem lividez esta minha alma que é apenas contida. Talvez eu tenha que chamar de "mundo" esse meu modo de ser um pouco de tudo. Como posso amar a grandeza do mundo se não posso amar o tamanho de minha natureza? Enquanto eu imaginar que "Deus" é bom só porque eu sou ruim, não estarei amando a nada: será apenas o meu modo de me acusar. Eu, que sem nem ao menos ter me percorrido toda, já escolhi amar o meu contrário, e ao meu contrário quero chamar de Deus. Eu, que jamais me habituarei a mim, estava querendo que o mundo não me escandalizasse. Porque eu, que de mim só consegui foi me submeter a mim mesma, pois sou tão mais inexorável do que eu, eu estava querendo me compensar de mim mesma com uma terra menos violenta que eu. Porque enquanto eu amar a um Deus só porque não me quero, serei um dado marcado, e o jogo de minha vida maior não se fará. Enquanto eu inventar Deus, Ele não existe.

Clarice Lispector
Felicidade clandestina. Rio de Janeiro: Editora Rocco, 1998.
Inserida por PAULOVALENTIM

"Posso até parece boba, distraída, e concordar com tudo que você falar, mas não se esqueça o que sei fazer de melhor, atuar."

Inserida por Jaide

Estava indo toda distraída, andando na chuva e de repente olho alguem que me lembrou você, sera que era você? Como eu queria que fosse você, ali na pracinha, quando penso que estou te esquecendo eu me lembro ainda mais.

Inserida por Rebecaassis

Eu preciso que as pessoas sejam mais diretas sobre seus sentimentos,sou tão distraída que vejo amizade onde há amor.

Inserida por GabrielliSantos

Ando sempre muito distraída.
Acho que é por isso que vivo esbarrando
na felicidade.

Inserida por JaquelineFreire

Tempo

_ Vê distraída resposta
a tua volta o prende,
vê que a resposta dá volta
e a mesma resposta o surpreende!

Inserida por Fernandodisouza

Ciclo
Nasci com a alma distraída...
Inocente.
Cresci me concentrando um pouco a cada dia
Mostrei-me já adulto
Num espelho distraído.
Hoje ele me mostra envelhecido
Como a lembrar-me que eu já
Vivi o que podia ter vivido.
Relaxo novamente,
É natural...
Não se fica pra semente.

Inserida por Moapoesias

Olho pra ela e isso me faz tão bem, as vezes vejo ela distraída a me olhar também.

Inserida por NeyMombach

Talvez eu seja muito desligada
É que procuro ser livre e despreocupada
Vivia distraída como borboletas no ar
Sempre desastrada
Acabei colidindo com uma bolha de sabão

Inserida por TatiMaruga

Venho andada distraída, pensando se você me quer mesmo, ou se é imaginação minha, é muito bom e doce sonhar e pensar que você me ama como eu te amo, tô perdendo a razão, quando nos vemos não consigo esconder a paixão avassaladora, eu odeio o fato de você sempre ter razão, eu odeio quando você me faz rir, mais ainda quando me faz chorar, odeio quando você não está por perto. E por você não ter me ligado, mas mais que tudo isso, odeio como eu não consigo te odiar, nem um pouco, nem por um segundo, nem por nada. Eu amo quando você me puxa para perto de você e me abraça forte. Eu amo quando me beija, acabando com as distâncias existentes entre nós dois. Amo sentir o seu perfume nas minhas roupas depois de passar o dia com você, amo o fato de você ser o dono da última voz que quero ouvir antes de dormir. Amo dormir e sonhar com você e acordar sonhando em te ter abraçado comigo, percebi que é com você que quero passar o resto da minha vida. Eu tenho medo de muitas coisas, medo do que já vivi, do que vou viver, mas principalmente, tenho medo de te perder e nunca mais na minha vida inteira, sentir o que sinto quando estou com você. É tão mágico. Minha vida é maravilhosa desde que te conheci, você é o garoto dos meus sonhos, e um pouco além disso também. Não sabe o quanto sou grata por ter você, pensar em você, poder amar você e acima de tudo...ter um “nós”...Você significa mais para mim do que qualquer outra coisa neste mundo

Inserida por GabyNovelli

Venho andada distraída, pensando se você me quer mesmo, ou se é imaginação minha, é muito bom e doce sonhar e pensar que você me ama como eu te amo, tô perdendo a razão, quando nos vemos não consigo esconder a paixão avassaladora, eu odeio o fato de você sempre ter razão, eu odeio quando você me faz rir, mais ainda quando me faz chorar, odeio quando você não está por perto. E por você não ter me ligado, mas mais que tudo isso, odeio como eu não consigo te odiar, nem um pouco, nem por um segundo, nem por nada. Eu amo quando você me puxa para perto de você e me abraça forte. Eu amo quando me beija, acabando com as distâncias existentes entre nós dois. Amo sentir o seu perfume nas minhas roupas depois de passar o dia com você, amo o fato de você ser o dono da última voz que quero ouvir antes de dormir. Amo dormir e sonhar com você e acordar sonhando em te ter abraçado comigo, percebi que é com você que quero passar o resto da minha vida. Eu tenho medo de muitas coisas, medo do que já vivi, do que vou viver, mas principalmente, tenho medo de te perder e nunca mais na minha vida inteira, sentir o que sinto quando estou com você. É tão mágico. Minha vida é maravilhosa desde que te conheci, você é o garoto dos meus sonhos, e um pouco além disso também. Não sabe o quanto sou grata por ter você, pensar em você, poder amar você e acima de tudo...ter um “nós”...Você significa mais para mim do que qualquer outra coisa neste mundo

Inserida por GabyNovelli

Pouco escuto... Muito penso... Tudo vejo... Nada falo. Sempre distraída, perdida em meio as lembranças reproduzidas em minha mente, fantasiando nosso reencontro; meu pensamento persiste na busca do por que não deu certo e em qual momento nós nos perdemos. Agora é assim, vivo sem viver, choro sem perceber; mas, enfim ainda respiro, então dou o melhor em tudo que faço, ou seja, dor na alma sorriso no rosto.

Inserida por mayrastella

Anima de Gaia.
Girando em sentido a vida.
Tanta vida que não cala.
Porque vontade distraída.
Sabe o rumo, em sentido.
Da astronomia a rodar.
Um ponto clareando o escuro.
No cosmo, para guiar.
Tanto lá, assim aqui.
Tudo igual. A vida vestindo,
O corpo, daquilo que é natural.
Se na areia, no céu se esquece.
O que dizem as estrelas?
Mirando no chão da terra.
O olhar da linda sereia.
Saber da física para contar?
Se a força que conta é a atração.
Tanto muito, quantas , poucas?
Se já tens a intuição.
Atrai, o que é precisa,
E solta, em tempo certo no ar.
Seja a vida temo incerto.
Só para fazer e melhorar.
Não se explica. Só extinto.
Vem o malho da razão.
Não planejei. Logo sinto.
Foi apenas por paixão.
Solta quantificada no espaço.
Atrai olhares. Suspensão.
Só um ponto, rodando no espaço.
Gaia, girando. Perfeição.

Marcos fereS

Inserida por marcosviniciusfereS

No '' mundo da lua ''

Sempre distraída
olhando pra rua
procurando uma saída
''do mundo da lua''

E devo dizer
que é impossível tentar fingir
que não da de esquecer
e nem mesmo fugir

De cada pensamento
de cada tentação
de cada momento
de cada razão

Como fugir e não pensar?
em cada emoção
devo tentar parar
de perder tanta atenção

Inserida por LeSpath

Ajustado

Sinto pena dessa vida,
que um dia deve se acabar...
Por isso ando tão distraída,
Que acho que nem vou notar.

Inserida por Cariok

Desabafo

Acho que ando distraída demais, ultimamente venho sendo evitada até pelas paredes.
Sou a pessoa mais estranha que conheço ando com com pressa (rápido na velocidade da luz) mesmo não estando atrasada, falo besteiras que fazem todos rir, dou risadas de piadas chatas para agradar quem conta, e mesmo assim estou sempre só, não entendo o que se passa comigo, algumas pessoas já me disseram que estou aprisionada no meu mundo, doce mundo meu que tenho às chaves e por vontade própria permaneço, não dou chance para as pessoas me sinto bem só, não entendo o que se passa na minha cabeça, nem quero que ninguém tente entender.
Gosto de estar só, não gosto de barulhos, tudo me incômoda, o novo me apavora, sonho acordada, gosto da minha privacidade, não me envolvo na vida de "A" nem "B" e espero que os mesmos não sejam tolos de entrar na minha.
Taxada de estranha bem sei que sou, me irrito pelo simples fatos de saber que os opostos se atraem e até hoje não encontrei o meu oposto, acredito que ele esteja brincando comigo enquanto ele com a paciência eu com o alvoroço, enquanto ele sério eu rindo, e equanto ele para quieto aflita eu fico não consigo entender o meu oposto, ele me odeia até descobrir que o que ele sente é amor.
O oposto descobrirá, com charmes não irei quere-lo e perderei mais uma vez aquele que brincou com meu coração e por uma cruel coincidência descobriu que verdadeiramente me amou. Os opostos não se atraem!
Nem minha chatice atrae ninguém.

Inserida por Caharaujo18

Estou em constante guerra comigo, ando impaciente, distraída, confusa e algumas vezes eufórica, um milhão de sensações me invade e me deixa transtornada!
Não sei se sou capaz de amar, já sofrir tanto que não consigo pensar em um início de relacionamento, consigo prevê o fim, não sou uma pessoa interessante pelo menos nenhum homem nunca demonstrou interesse.
Ou será que sou difícil demais?
Ao entrar no ônibus sento em cadeiras solitárias, me sinto sufocada, sou educada e ao mesmo tempo deselegante, amo e ao mesmo tempo desgosto, eu sou o meu oposto, só eu me atraiu e ao mesmo tempo me destraiu, me afasto, me encho de mim e quero retirar-me bem pra longe...

Inserida por Caharaujo18

Sou uma mulher,

um pouco menina.

Desastrada,

Distraída,

Esquecida,

Notávelmente constante.
Mas, também
Sou amiga,
Sincera,
Leal,
Generosa.
Tento ser e dar o
Melhor de Mim Sempre.
Procuro por Amigos,
Momentos,
Alegrias,
Paz.
Sou assim quase sempre
Normal e Feliz!

Inserida por Lactea

Hoje eu vi você.
Estava sozinha, distraída, ausente, mas quando você passou, eu o vi. Num ímpeto me levantei, gritei seu nome, acenei, mas você só passou!
Passou rápido! Deixou seu cheiro no ar...
Não me conformei. Estabanada, procurei a chave do carro, nem sequer coloquei o cinto de segurança, primeira marcha, e parti! Parti atrás de você...
Você já estava longe... Acelerei!
Meu coração disparado, meus pensamentos em desordem, só sabia que tinha visto você!
Nem sei se queria falar com você, ouvir sua voz, não sei se tinha alguma coisa a lhe dizer ou se você teria alguma coisa a me dizer! Mas eu o vi, e não resisti...
É sempre assim, não é mesmo? Na hora tudo se resolveria, pensei. Na hora, quando os olhos se encontrassem, as mãos se tocassem, o corpo falaria...
Você virou a esquina. Virei também... Você continuava de costas. Eu continuava a te seguir, agora devagarzinho...
Você parou. Eu estacionei.
Minha voz estava embargada. Não conseguia dizer seu nome. Então, te toquei... Um toque leve, sutil, carinhoso...
Você se virou para mim. Virou-se e não me reconheceu.
Continuei sem dizer seu nome. Se não saíra antes, muito menos sairia agora. Depois de tudo o que vivemos, você não sabia de quem eram aqueles olhos que insistiam em querer te levar a resposta à boca!
Era eu! Seu amor! Seu grande amor! Por que não me reconhecia?
Só que você continuava assustado, arredio, como se não entendesse absolutamente nada do que se passava ali...
Um outro homem passou à minha frente. Também vi você.
Olhei para o outro lado. Lá vinha você outra vez!
E lá dentro do carro, no semáforo, você sorria para mim!
Mais confusa ainda, dei meia volta, te deixei ali parado, atônito, e sem qualquer explicação, voltei para casa.
No caminho, encontrei outros de você, apressado, falando com outras pessoas, abastecendo o carro, comprando uma cerveja, ao telefone, questionando um auto de infração, sorrindo...
Mas hoje eu vi mesmo você!

Inserida por LiAzevedo