Distraída
Vou chegar atrasada e distraída,
como quem saiu do trabalho e foi direto pro bar.
Vou pedir um hi-fi inocente
e olhar toda hora pro relógio
como se estivesse alguém me esperando em outro lugar.
Vou rir bastante, manter um ar distante
e esquecer quanto tempo faz.
Vou perguntar pelos amigos e, se aceitar carona,
deixar cair um brinco no banco de trás...
Desajeitada, incomum, inconstante, distraída, louca, sonhadora, forte, silenciosa, falante, caretas, medo, amor, distância, amizade, abraço, desenho, dúvida, mau humor, sorrisos, sincera, filmes, família, desejos, Deus. Prazer, eu.
É absolutamente indispensável que eu seja uma ocupada e uma distraída.
Ainda não percebera que na verdade não estava distraída, estava era de uma atenção sem esforço, estava sendo uma coisa muito rara: livre.
Temos aqui uma garota estranha, tão distraída, lá vai ela. Não se dá com o pessoal, pensa que é especial.
Eu não sei. Ando meio distraída, meio confusa, complicada, indefesa. Está acontecendo um circulo de emoções ao mesmo tempo, uma guerra incansável. É um modo de defesa ou apenas vontade de ter com que se preocupar? Não que eu não tenha, mas, às vezes parece que eu quero muito mais com o que me preocupar. Com o que abastecer minha cabeça; às vezes penso em ler um livro, e ser surpreendida por mim mesma, mas infelizmente só consegui isso uma única vez, com um livro de Paulo Coelho, que eu me apaixonei e jamais encontrei outro igual. Pra quem nunca tinha lido um livro daquela espessura eu até que li rápido de mais. Mas depois disso não li outro, peguei em outros para pelo menos tentar, mas sem sucesso. Parece que existe uma barreira para mim com os livros e muitas outras coisas. Eu me interesso por qualquer tipo de coisa que eu possa achar muitíssimo interessante e que me faça sorrir ou viajar sem sair de casa, o problema é a paciência para fazer qualquer tipo de coisa. Apesar de que, ultimamente ando tendo bastante paciência – e esse não é meu segundo nome, de verdade – mas está sendo incrível, é como se toda a minha raiva fosse absorvida por alguma coisa, e daí aparecesse uma pessoa que eu nunca vi outra imagem de mim que guardei; como se eu fosse esta, mas antes me escondesse. Minha voz fica doce, fico envergonhada com qualquer tipo de comentário, sou frágil, absorvo muito fácil qualquer coisa que me irrite, que me magoe, e não sei como lidar com as coisas, fico vulnerável a qualquer sorriso ou cheiro conhecido. Ultimamente ando tendo bastantes complicações, uma delas com amizades, outra com amor, como se ninguém nunca tivesse esses tipo de problemas não é? Mas por eu estar sendo esta pessoa que absorve as irritações eu não consigo me manter bem como antes conseguia, não consigo esconder minha cara, meu mau humor – por mais que eu fale docemente – não consigo não ser sincera comigo mesma, transparência em alta. Daí é quando a parte “poeta” sai de mim, quando eu resolvo escrever qualquer tipo de bobagem porque assim me sinto bem, é quando a outra pessoa aparece, são tantas em uma só que às vezes fica difícil me achar. Pior é quando não consigo me agradar. Mas o fato de tudo isso é estar sendo totalmente outra pessoa, totalmente descontrolada, desequilibrada e desatenta, esses D’s que estão fazendo muita parte de uma nova pessoa. Porque eu me tornei assim? A quem diga que é amor, outras as amizades. Eu digo que seja por mim mesma.
Enquanto a população geral estiver passiva, apática e distraída pelo consumismo ou pelo ódio às minorias, então os que estão no poder podem fazer o que quiserem, e aqueles que sobreviverem estarão lá para contemplar o resultado.
Sou uma mulher,
um pouco menina...
Distraída,
Desastrada...
Amiga,
Sincera,
Às vezes tranquila e contente...
Depois tudo muda...
Constante...
Tento ser alguém em busca do meu melhor...
Mas tudo é complicado...
E raro...
Um amigo,
Um amor...
Sou assim
Quase sempre
Normal e feliz...
Sinceramente não sei mais o que sinto. Estou confusa. Distraída. Todos os abalos vêm tudo de uma única vez. Com a maior força. Sou errada para todos e todos errados para mim. Tudo vai dar certo no final não é? Nascemos para ser felizes, mas no meio de toda felicidade existem obstáculos. O jeito é esperar. Esperar que alguém me entenda, me compreenda e me ajude. Espero que venha logo. Que me proteja. Um anjo. Que seja meu único sentido, minha maior força, um sentimento natural sabe? Eu espero minha vez, espero tudo e o tempo todo. Porque talvez seja bom esperar por algo que valerá a pena.
Espelhos Vivos
Estava assistindo ao RBS Notícias, meio distraída, quando apareceu na tela o depoimento de um homem. Eu não estava prestando atenção na matéria, não sei que assunto estava sendo tratado, mas aquele homem eu conhecia. Grisalho, óculos de grau, um senhor. Mas um senhor de feições familiares. Quando apareceu o nome dele nos créditos, pensei: eu conheci um cara com este nome. Claro!!! Era um amigo que eu não via há muito tempo. Pertencemos a uma mesma turma anos atrás. Muita praia pegamos juntos. Lembro dele surfando, namorando as garotas mais bonitas, um sujeito muito engraçado. Pois era ele que estava ali na tevê de terno e gravata, grisalho, de óculos, era ele aquele senhor - da minha idade!!!
Costumamos conferir os estragos do tempo nos espelhos de casa, mas eles já se acostumaram com a nossa imagem. A gente se enxerga tantas vezes por dia que não repara nas ruguinhas que surgem e nos fios de cabelo branco recém-nascidos. Tudo o que vemos demais se torna quase invisível. É preciso um impacto para a gente cair na real. Algo como dormir 15 anos e acordar de repente. Ou ver uma foto antiga. Ou assistir na tevê ao depoimento de um amigo sumido. Este amigo amadureceu, tornou-se um profissional respeitado, mas deve seguir o mesmo brincalhão de sempre. E é bem possível que, se ele me visse na tevê, pensasse o mesmo de mim: de onde eu conheço essa senhora? E cairia para trás ao lembrar que tivemos 20 anos de idade no mesmo verão.
O espelho mais realista são os outros. Quando vejo Robert Redford, hoje, não consigo acreditar que é o mesmo homem que atuou em Butch Cassidy, e o mesmo vale para sua versão nacional, o Francisco Cuoco, que foi o Gianecchini dos anos 70 e hoje é um charmoso matusalém. O tempo tem rosto, o tempo tem mãos, o tempo tem voz - e nada disso permanece o mesmo.
Minha mãe se mantém linda em qualquer idade, e a Tereza, empregada que trabalha com ela desde os 14 anos de idade e hoje é avó, não mudou nadinha. Um caso a ser estudado pela ciência.
A moral da história é que espelhos vivos podem nos dar boas ou más notícias. Depende do nosso olhar. E do nosso humor.
Algumas vezes pelo caminho, você tira meu fôlego. Distraída pela visão, eu caio bem em você.
Carta a Fevereiro (O Pierrot - A Colombina Distraída - E o Arlequim de mil Colombinas)
Que comece o carnaval... Em meio aos passistas.
As mulatas belas, que rebolam ao som dos tãn tãns...
Já fui folião. Já fui Pierrot.
Já encantei-me com as bailarinas sedutoras...
As poetisas zangadas...As ninfetas assanhadas...
As puritanas reservadas...E as profanas assumidas...
Mas, meu coração, pertencia à Colombina distraída...
De Pierrot virei Poeta... Escrevi mil cartas de amor para a Colombina. Mas, desisti de tentar.
Hoje... Passeio pelo passeio a passear... Com os meus olhos baixos, e sem brilho. Triste, deixei de sonhar...
Passo despercebido diante da Colombina distraída.
Desisti de ser Pierrot... Lutei e lutei para não me deixar embrutecer. Mas, foi a minha única derrota... A derrota do meu pobre coração sonhador.
Hoje, sou Pierrot sem Colombina. E um poeta sem rima.
E a Colombina distraída... Sem o Pierrot...
Encantasse com o Arlequim... O Arlequim de mil colombinas...
Tenho andado distraída. Impaciente e indecisa. E ainda estou confusa. Só que agora é diferente: Estou tão tranquila e tão contente.
Distraída, ainda escuto tua voz sussurrando meu nome com a boca semi fechada, enquanto eu, ofegante, sentia cada uma das notas do teu perfume q já se confundia com o meu e inundava o espaço com um cheiro todo novo, um cheiro todo nosso ....
Blog Coexistêcia Cotidiana
Eu sou das poucas vontades e dos muitos desejos. Eu sou aquela multidão que passa distraída pelos próprios problemas nas avenidas das grandes cidades. Eu sou uma cidade em chamas. Sinto comigo todos os gostos e, por desgosto, já não amo mais como antes. Só que ainda amo, pois, quando morreu, o amor renasceu através dos meus muitos desejos, apesar da pouca vontade de fazê-lo crescer de novo. Sou essa loucura insana das tardes de quinta-feira passando pelas lembranças alheias em posts do Instagram. Sou a própria saudade do que sou, a própria vida que observa o sol se pôr. Sou tudo enquanto nado no meio dos vários nadas de gente que acha que não tem nada a perde enquanto se perdem de si. Sou o sonho que me faz acordar pra vida. E a vida quando me perco dos sonhos. Só não saio dos trilhos. Eu sou o próprio trilho.
Mesmo convivendo com incertezas e tendo varios medos, insisto distraida. Minha força é de dentro.
Meu mundo i-real é absoluto.
Eu sempre fui desligada, distraída, tímida, mas sempre fui educada com todos, eu era desinteressada em relação ao amor, até que um dia um rapaz me chamou a atenção, ele passando sorrindo com os amigos na minha frente, eu não conseguia parar de olhar aquele rapaz, ele me olhou e deu um sorriso lindo que me arrepiou o corpo, eu ali no terminal rodoviário e o rapaz desfilando pra lá e pra cá com os amigos, muito perseguido pelas garotas, e isso já me fez perder as esperanças, o rapaz sumiu do alcance dos meus olhos e eu saí dali fui dar uma volta, me deparei com ele, minhas pernas ficaram moles, ele sorriu, disse um "oi", pediu meu telefone, e eu meio muda passei timidamente e segui meu caminho, não demorou muito e uma mensagem chegou em meu celular, era ele, meu coração disparou e um sorriso lindo se abriu em meu rosto, na mensagem estava escrito seu nome, "D.B". Eu imediatamente retornei a mensagem com meu nome "I.S", o rapaz me perguntou se eu estava solteira e se tinha algum interesse nele, eu respondi que sim, era solteira e tinha me interessado por ele, ele propôs de nos vermos mais tarde na pracinha, e eu aceitei, é claro, fiquei feliz e contando as horas, até que enfim deu as tão esperadas quatro da tarde, eu fui me sentei num murinho baixo e tentei esconder o nervosismo ao máximo, mas não estava me saindo muito bem, de longe eu o vi atravessando a rua, olhando para os lados procurando por algo, olhou em minha direção abriu um sorriso e veio, minhas mãos suavam frio, e senti uma coisa estranha, sussurrando como ele era lindo, ele se aproximou e me deu um beijo no rosto, disse que eu era linda, eu muita tímida que era deixei a timidez de lado naquele momento e disse que ele era perfeito, ele sorriu e disse que estava longe disso, ele se aproximou pegou nas minhas mãos e me beijou, aquele primeiro beijo foi a chave pro meu coração, aquele rapaz com cara de menino me enfeitiçou eu fiquei totalmente cega para outro homem, os olhos dele olhando no fundo dos meus, aquele sorriso perfeito, não tinha mais dúvidas eu me apaixonei por ele, estava perdidamente apaixonada, tiramos uma foto para recordar o momento, mesmo com toda aquela doçura e palavras meigas eu achei que nunca mais fosse vê-lo, nos despedimos ali e ele me prometeu que não seria a única vez que iríamos nos ver, me deu um beijo e seguiu seu caminho, e eu fiquei ali uma meia hora sorrindo imaginando milhares de coisas, mas resolvi não criar mais esperanças, pois eu nem conhecia o rapaz e já estava assim totalmente apaixonada por ele, fui embora chegando em casa fui até o computador acessar meu Facebook e não me contive coloquei a foto daquele perfeito de capa no meu perfil, ele pediu para que eu o adicionasse no Facebook e eu é claro adicionei ele, a gente foi conversando via sms e marcamos novos encontros, tudo estava lindo entre nós, e eu já tinha certeza de que realmente o amava e queria ele pra sempre comigo, até que nossos nomes mudaram a gente se chamava então de "Príncipe e Princesa", certo dia num encontro eu achei que tudo seria normal como de costume eu contava os segundos para vê-lo já nem dormia direito ele simplesmente invadia meu pensamento vinte e quatro horas por dia, mas nesse encontro foi diferente, ele me disse que estava para ir embora da cidade, eu me desesperei, fiquei muito triste, ele disse que me amava e que não ia esquecer de mim e que um dia iria me buscar para viver com ele, eu prometi a ele que jamais iria deixar de amá-lo e que iria esperar por ele sempre, ele me prometeu que iria me amar para sempre e que iria atrás do nosso futuro, e assim feito chega então o dia da partida ele chega pra mim e promete que se outra pessoa aparecesse ele iria me falar e pediu o mesmo pra mim, eu concordei e achei até melhor, ele se foi então, eu me senti sozinha abandonada, perdida, sem rumo, os dias foram passando e eu fui me acostumando com a ausência dele pela cidade, a gente se falava todos os dias e o amor parecia o mesmo, quatro meses se passaram, certo dia entro no Facebook e uma coisa me derruba de dor, eu vi que ele estava namorando uma garota daqui, mas como ele pode fazer isso comigo? Se a garota era daqui por que não era eu? A menina que ele jurou amar, imediatamente chamei ele pra conversar. Ele me disse que não me contou para não me magoar, mas magoou muito mais do que ele podia imaginar, eu não via mais graça na vida queria morrer, o sofrimento, a frieza estavam tomando conta de mim, até que em um certo dia ele me chama para conversar disse que me amava pediu desculpas pelo que aconteceu e eu não tive como resistir pois eu o amava mais que tudo ainda, aceitei suas desculpas e nós recomeçamos do zero tudo outra vez, se passaram dias, semanas e meses e tudo tinha voltado a normal entre a gente, até que um dia a mesma dor me tomou, ele tinha feito mais uma vez do mesmo jeito, mas agora a menina era de lá, eu chorei tanto, sofria, mas desta vez achei melhor deixá-lo em paz e esquecer tudo isso, desejei a ele muita felicidade, mesmo eu estando morrendo a cada dia por dentro não conseguiria vê-lo triste nem por um minuto na vida, eu tinha que suportar aquela dor, eu precisava só para não vê-lo mal por nada, falava com ele sempre para saber se estava tudo bem ele dizia que sim, e eu mesmo sofrendo pra ele fingia ser a pessoa mais feliz do mundo, os dias foram passando rápido, mas mesmo assim eu ainda o vejo do mesmo jeito do primeiro encontro, o encanto ainda não acabou, eu prometi pra ele que eu o amaria para sempre, me lembro de cada detalhe, do primeiro olhar, do primeiro beijo, das palavras do rosto angelical, meu Príncipe havia me deixado, mas a história não iria morrer assim pois ela foi quase perfeita, e eu vou sim amá-lo para sempre, aquele homem com carinha de menino que eu conheci eu vou levar pra sempre dentro de mim e ele será sempre o grande amor da minha vida!
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