Distante
Inverno em Acrópole
Dia frio, manhã distante do inciar remoto. O que temos é uma versão privatizada da modernidade e já em meio ao inverno, com sopro gelado, mais uma tentativa de homicídio, espiritual, volto ao início para incitar o cabresto, que montado à hegemonia de um setor flagelado em meio famigerado do não famígero.
Em tempos cinzentos de céu azul, porém frio, nasce o inverno em nossa estação. Se não ao inverno, a primavera não seria tão agradável: se não experimentássemos algumas vezes o sabor da adversidade, a prosperidade não seria tão bem-vinda e, estaríamos estacionados em uma estação perigosa, talvez familiar, como a primavera ou o senhor verão.
Hoje, a esfera pública se resume a um "palco onde se confessam e se exibem as preocupações privadas",e adverte contra as “comunidades-cabide", momentâneas, declara “o fim da era do compromisso mútuo”, alerta que “não há mais líderes, só assessores". E concluí: "Uma vez que as crenças, valores e estilos foram privatizados, os lugares que se oferecem para a reacomodação, lembram mais um quarto de hotel, que um lar vazio abaixo daquela ponte".
A vida sempre vai te dar dois tipos de amigos, aqueles que vão gostar de você 'distante', e aqueles que vão gostar de você 'por perto'. Cabe você decidir quais amigos vão caminhar com você.
Ela era como um sol distante
Que brilhava na escuridão da minha alma,
Uma estrela tão única
Destoava de todas as outras no céu noturno,
Tão suave
Me fazia encantado por seu olhar
Um jeito tão simples e tão sereno
Fico entorpecido por sua voz
Como um dependente
Necessitando de sua presença
Um bobo apaixonado
Queimando suas asas neste sol
Como um sol distante
Parecia se mover para cada vez mais distante
Distante o suficiente para nunca alcançar
Fazendo-me cair de volta para a escuridão
Uma nova e mais profunda escuridão
Que me mostra mais calorosa que o sol
Contento-me com esta existência
Vislumbrando o sol negro no horizonte
Mas as vezes ouso sonhar um pouco
Com um amanhecer radiante
Tão belo novamente
Que me faz querer viver mais um dia
VI VINHO
Por aqui caminho
Bem perto do Minho
Na alma carinho
Distante do ninho
Num gole de vinho
Me sinto novinho
Vivinho vivinho!!!
Só que a solidão é tão sozinha,
que o que dói, dói tão distante
e o seu sorrir voa no tempo
e sua face some assim,
assim consome
como se o descompor-se e a razão
fosse o mesmo pilar
a sustentar e a nos deixar ruir...
Papai ou pai? Acho que tio distante! Por que papai? Ou por que pai? O senhor foge e some nesse mundo! Por que o senhor não cuidou e nunca fez papel de pai?
A espera.
Tão perto, mas tão distante.
Sentimento esse que corrói,
Não sabemos bem em qual instante
Tampouco se será real o que se constrói…
Com o sol no meu rosto, te vi em um lapso de segundo,
Tempo suficiente que me fez questionar
Almas afins tão próximas no mesmo mundo
Quão insano é o universo em nos aproximar…
Qual será dessa vez a minha provação?
Um Dejavú que certamente sigo condicionada
A esperar entre a voz do ego e a do coração
Fadada a encontrar o amor e não ser de fato amada…
A esperar…
A saudade é a segunda casa do amor. Sempre que o amor estiver distante, procure na saudade, que é lá que ele deve estar.
Ele previu o fim do mundo dos homens. Isso começou com um terrível inverno recaindo sobre o distante Norte.
SOZINHO
Eu distante de você,
O coração grita
A chuva agita lá fora
E dentro em mim um vento frio
Um vazio esperando por ti
Então deixo tudo e ainda o medo,
Vou para o chuveiro me energizar.
Procurando me libertar da solidão.
E a sensação da noite é esta na contra mão.
No bosque embaraçado escrevo teu nome,
Sem saber se existo dentro de você.
As lágrimas dessem quentes dos meus olhos sem porquês,
É como a chuva que caem do telhado lavando as janelas de ipês amarelo.
Um relâmpago o coração dispara
De dentro da alma sai o seu nome,
É o som e o grito
A fome que me consome...
É a saudade sentida e o sentimento ofegante.
Ainda existe muitas horas de noite,
Agora pergunto aos anjos da corte celestial.
Onde você esta que não ouso tua voz.
O gemido mais bonito que sempre enraizar,
Esse pobre infinito de minha alma.
Será que está fazendo o mesmo?
Assistindo a chuva cair sem poder fazer nada.
Porque esse estrada de destino por mais sagrada.
Há de ter uma parada para as duas almas se amar e se dar a eternidade.
Pretérito
Um dia no futuro não muito distante , você ainda vai olhar pra trás e perceber que lá não é mais o seu lugar.
Vai perceber que os problemas foram degraus que você ultrapassou
Montanhas em que escalou
E que houveram muralhas, que com bravura você as derrubou.
E os dias tempestuosos, mesmo com medo você os enfrentou
Naqueles dias em que pensou que fracassou ou de fato você falhou.
Então rastejou-se!
Sofreu, chorou!
Silenciou, gritou até ruiu de se mesma e seguiu...
... mas não permaneceu no mesmo lugar.
Nunca, jamais em hipótese alguma, deixe de olhar para trás. para que não se esqueças que tudo vai passar e pra frente se deve andar, mesmo quando o chão lhe faltar.
Pra frente que se anda!
Te vejo lá.
Buscando refúgio em outros corações... Mais distante de Deus e mais próximo das decepções... Apenas o Senhor Jesus reconhece o nosso valor !
"Um tempo não distante os monstros que vagam na noite me faziam ter pesadelos.
Hoje eu sou o pesadelo deles..."
Beija - flor pousou na janela.
Ficou à me observar.
Meu olhar distante
se encontrava,
com meu amor
desejava estar.
Contemplando
a minha tristeza,
beija - flor de
coração puro
doou - me suas asas
para lhe encontrar.
Jamais me esquecerei
de tamanha bondade.
Quanta generosidade!
Despiu - se da vaidade
para que dois corações
pudessem se encontrar.
O céu amanheceu tão lindo
e tão azul, a paz invadiu,
o amor meu mundo floriu.
Graças ao Beija Flor,
aprendi a versar o verbo amar.
Aprendi que a vida nada mais é do
que se doar.
Aprendi que a vida nada é se o amor em nós não habitar.
Deixe o amor fazer de ti um lar,
com janelas abertas para o sol entrar.
Deixe o amor teus caminhos guiar,
a vida nada mais é do que se permitir ao amor se entregar.
Por que esse som de primavera persegue você? Me deixe sozinha e floresça em um rio distante.
-renascimento sob a escuridão
Nasci da estranha
noite dos Poetas
num mundo que nunca
me entendeu,
uma infância distante
onde minh'Alma arrefeceu!
CHAMAS
Que tua ignorância morra.
Putrefato ser distante sem essência.
Santa criatura escolhida.
Tu me enfadas com vossas queixas,
Com vossos dogmas.
Profetas insanos posseiros sois vós.
Grileiros patifes! Donos de coisa alguma!
Deixai-me com a minha insensatez.
Vossa régua é torta.
Fora daqui!
Don Tiago da R. Sales Piauhy, Sampa, Sp, Novembro, 2020