Discórdia
Dentro de um abraço sincero não há conflitos, discórdia, falsidade ou pensamentos negativos, há somente um sentimento: o amor!
Criticando poderá estar acendendo o pavio do mal estar da discórdia. Elogiando, acenderá a chama do amor universal. Você escolhe qual energia se conectar
Na fronteira da vida, vi o tempo se esvairá em discórdia do que é numerado aos olhos vis e desnudos da Gentileza. MARBREDA
Discordo que concordes quando afirmo que concordo com a tua discórdia, quando jamais concordo com o discordo de uma discordância.
Enquanto houver discórdia entre os povos, a inteligência humana estará limitada a pequenas descobertas.
O pandeiro da discórdia
Era jovem, e levou um pandeiro para tocar no culto de sua igreja. Fez isso na maior das inocências, sem querer provocar uma guerra. O som produzido pelo instrumento, no entanto, deixou vários irmãos irritados. Alguns mais exaltados ameaçaram o moço, dizendo que se ele voltasse à igreja com aquilo, seria disciplinado com rigor.
O rapaz dizia não querer confusão, mas aconteceu que alguns irmãos gostaram da novidade e passaram a defender o jovem e seu instrumento.
Ânimos em ebulição, imediatamente formaram-se dois grupos. De um lado, os defensores do pandeiro. Do outro, os inimigos.
Os defensores argumentavam que o pandeiro era, sim, parte da expressão cultural do culto israelita, que era o principal instrumento musical de percussão do povo da Aliança. Abriam a Bíblia para comprovar que algumas moças israelitas tocavam adufes (Sl 68.25). E que o Salmo 150.4 (“Louvai-o com o adufe e a flauta...”, Rev. e Corrigida) utiliza a mesma palavra. E lembravam ainda que “adufe” provém do árabe “al duf” (o pandeiro), bem semelhante ao seu primo hebraico “tof”, que foi a palavra usada pelo salmista.
Os inimigos rebatiam, dizendo que se esse instrumento, por um lado, fazia parte das manifestações culturais israelitas, por outro, não tem a solenidade que a liturgia cristã merece.
Os defensores divinizavam o instrumento. Os inimigos demonizavam-no.
Não demorou muito, e um grupo deixou de falar com o outro. Mais algum tempo, e cada um já praticava o esporte mais popular entre incrédulos, que é falar mal uns dos outros.
Não houve na igreja nenhum sábio (1Co 6.5) que pudesse ouvir os dois lados, convidar os dois lados a orar, a pensar e a trabalhar pela reconciliação. A igreja, que já não era grande, por fim, se dividiu em duas outras, bem pequenas: uma, composta pelos defensores do pandeiro no culto. A outra, pregando aos quatro cantos que pandeiro é coisa do Diabo.
A sinceridade, meu amigo, é a prévia da discórdia.
A verdade sempre vem recheada de dúvidas.
O carinho é o caminho do interesse.
A vaidade é o dom saber mentir usando a beleza.
A modéstia, sempre falsa, é uma montanha de orgulho arenoso.
A humildade é uma ilusão criada pelos senhores para alienar seus inferiores.
O respeito, coitado...
O amor é um ideal — Nada mais que isso.
Afaste-se de pessoas de mentes atrofiadas, pequenas, de fofoca, de contenda, de discordia, ore por elas, e se fortaleça diante da palavra do Senhor, Deus é grandioso, Jesus Cristo tem poder, o sangue de Cristo tem poder.
O mundo é uma grande tela de discórdia, discriminação, abandono, miséria e tortura; não fazemos parte deste quadro, mas, contribuímos para a pintura.
Um dos grandes pontos de discórdia entre mim e minha ex esposa é o seguinte: eu vivo cada dia como se fosse o ultimo. Só faço o que me da prazer. Só me entrego ao que me faz feliz. Até perguntei a ela uma vez: “oque você faria se descobrisse que tem somente um ano de vida?” Ela ficou muito encabulada e disse que mudaria tudo na sua vida. E eu lhe respondi que não mudaria nada na minha.
As pessoas hoje em dia não conseguem se realizar em nada e o estresse toma conta de suas vidas a ponto de ser impossível obter alguns momentos de felicidade.
Mas a partir de quando mudei minha vida dessa maneira?
Depois que descobri que não viveria muito tempo, por um problema renal muito grave. Decidi que se eu me curasse viveria a vida de forma diferente. E a partir de então tenho buscado isso. Não foi fácil no começo, mas hoje vivo assim: como se eu fosse morrer a qualquer momento.
Tenho vivido muito bem. Sei que sou tido como irresponsável até mesmo pela minha própria ex.
Mas viver assim me deixa em paz. E tenho tido sempre o necessário pra sobreviver. Não tenho nada em abundancia, mas tenho tido tudo o necessário para a vida.
Minha ex não suportava essa ideia. Ela corre atrás ainda de dinheiro desenfreadamente a ponto de não mais se divertir enquanto vive. Vive o tempo todo preocupada com contas, com desejos de ter, com o futuro. O futuro a Deus pertence já disseram. E é justo pensar dessa maneira. Pois o futuro depende do presente. Se o presente é uma busca desenfreada por dinheiro, nunca vai cessar e nunca permitirá que seja feliz e realizado no futuro, pois o presente (no futuro) continuara sendo a busca por dinheiro.
Não quero com isso deixar a visão errônea de que sou um vagabundo ou conformado com a situação, mas coloco em primeiro lugar tudo o que gosto de fazer e de realizar. E através dessa ideia consigo suprir as necessidades da minha família, sempre fazendo algo prazeroso.
Continuo com a mesma premissa: só faço o que me dá prazer.
O trabalho para mim não é trabalho é lazer e prazer, e ainda me pagam por isso. Adoro cantar, tocar, adoro vender. E sou tão fiel a essa cosmovisão que quando não tenho prazer em vender, não o faço. Vivo de uma forma que não sou escravo do dinheiro e nem do trabalho. E mesmo assim sempre faço alguma coisa. Sempre estou realizando algo. Sempre inventando algo novo para fazer e vivendo a vida com prazer e obtendo dela o necessário para viver.
Não me importa o que vão dizer. Se sou tomado como vagabundo, ou qualquer outro adjetivo inadequado para me qualificar.
Na verdade, as pessoas no fundo tem inveja de não terem coragem de viver assim. Por isso me criticam. Enquanto isso, vou vivendo a vida como se tivesse ganhado na loteria e fosse morrer em breve. Aproveito cada segundo da vida. Leio muito, ouço musica, canto, toco, escrevo e sempre me vem a mão o necessário para viver.
Minha mulher me abandonou. Não suportou viver comigo nesses termos. Está sempre de mau humor, estressada como trabalho, nunca ganha o suficiente, então trabalha mais e o circulo vicioso se completa.
Tenho a vida tranquila que pedi a Deus. É claro que sofro, mas meu modo de viver é tal que quando chegar ao fim da vida poderei dizer o que escreveu Pablo Neruda: “Confesso que vivi”.
Se eu morresse hoje estaria realizado.
É claro que tenho planos.
Sempre penso, planejo e executo cada plano. Viver assim não quer dizer que vivo irresponsavelmente. Não. Planejo, trabalho, estudo, leio, mas como se fosse o ultimo ano de vida.
Tenho prazer em tudo que faço. Tenho prazer em ler, em estudar, em trabalhar, em criar, em cantar, em vender, em tocar, de maneira que isso de modo algum para mim soa como trabalho. Mas sim prazer. Já disse um filosofo: “ escolha algo que você tenha prazer em fazer e não precisará trabalhar um dia sequer na sua vida”. E é uma grande verdade. É assim comigo. Mas minha ex não suportou viver assim comigo. Minhas filhas me entendem. Estão sempre ao meu lado.
O dia a dia não pode ser algo pesado. A vida não pode ser algo pesado e sem prazer. Pelo contrario. Estude o que te dá prazer. Faça o que te dá prazer. E seja feliz.
Minha filha, a primogênita, estuda Direito e toda vez quando volta da aula diz que ama Direito que se realiza estudando Direito, que ama Direito. Ela está no caminho certo. Se tem que estudar que seja algo que de prazer. Se tem que trabalhar que seja em algo que de prazer. Afinal a vida é essa.
A sabedoria da vida está em descobrir como viver, estudar, trabalhar, crescer e tudo fazer com prazer, com gosto.
Não quero deixar a ideia que sou hedonista, não o sou. Mas há que se encontrar na vida, no dia a dia, em tudo, prazer, gosto, realização.
As pessoas são covardes. E por serem covardes me rotulam de irresponsável, hedonista, ou preguiçoso ou sabe-se lá Deus mais o que.
A verdade é que desperto a inveja alheia vivendo dessa maneira. Mas isso não se apega em mim de forma alguma. Aprendi a viver assim, como se fosse partir a qualquer momento. E os covardes me julgam e me condenam, enquanto em seus corações o desejo de ser igual a mim os faz incapazes de serem felizes, e de realizarem seus sonhos e viverem de forma “irresponsável” como eu.
Tenho prazer em pequenas coisas, como abraçar minhas filhas e beija-las. Em acariciar meus bulldogs, em escovar meu rotweiller, em ler um dia inteiro se assim eu o quiser. Ou tocar e cantar profissionalmente por horas a fio. E ainda no final receber o pagamento. Nossa! Isso é demais!
Não me importa o que os outros pensam. Essa é uma decisão que tomei anos atrás e que aprendi a viver e que incorporei de tal forma em minha vida que é automático o meu viver assim dessa maneira.
Discórdia
Você fugiu pela montanha conflitante
perdendo a sombra do cometa fluorescente
e aquela estrela que brilhava dominante
no céu rajado pela luz incandescente
o vento curvo que arranhava o diamante
no mar revolto da revolta mais gritante
rompendo a fenda do casúlo deprimente.
Não adianta plantar espinhos e querer colher flores, plantar a discórdia e querer colher a Paz, plantar a ignorância e querer colher a sabedoria, plantar falso testemunho e querer colher a verdade, plantar o desamor, e querer colher o amor. Portanto, pense bem na preparação do solo e o que irá plantar, pois será de fundamental importância quando de sua colheita.
A convivência com outra pessoa exige companherismo, discordia, mas entendimento, e parcelas de responsabilidade.
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