Discípulo
Quem é o mestre
Mônica Lepri envia a seguinte história da tradição sufi:
Um discípulo perguntou a Nasrudin:
- Como você se tornou um mestre espiritual?
- Todos nós já sabemos o que precisamos fazer em nossas vidas, mas nunca aceitamos isso, – respondeu Nasrudin. Para entender esta verdade, precisei passar por uma situação curiosa.
“Certo dia, eu estava sentado na beira de uma estrada pensando no que fazer, quando chegou um homem e postou-se diante de mim. Para afastá-lo dali, eu fiz um gesto, e ele o repetiu. Achei aquilo engraçado, e fiz outro gesto; ele me imitou, e acrescentou um novo movimento”.
Nós começamos a cantar e a realizar toda sorte de exercícios. Eu me sentia cada vez melhor, e passei a adorar o meu novo companheiro. Algumas semanas se passaram, e um dia eu perguntei-lhe:
“Diga-me: o que devo fazer a seguir, Mestre?”
E o homem replicou: “Mas eu pensei que você era o mestre!”
O que é ser cristão? É ser Cristo na vida de nossos irmãos. Portanto, levante-se como um discípulo fiel, disposto a dar tudo pelo Tudo.
Sou discípulo fiel do silêncio e, com ele aprendo as lições mais duras e puras sobre a vida, que traduzidas em meu modo de vida, apenas alcanço o pouco de humano que habita em cada ser vivo do universo.
Discipular não é copiar a sua imagem no discípulo! Isso é personalismo! Discipular é fazer com que o discípulo reflita a imagem de Cristo! É ajudá-lo a descobrir qual o seu propósito no Reino de Deus.
O discípulo pergunta:
– Mestre, o que é um encontro de almas?
– É quando você, ao conhecer alguém, diz: muito prazer; enquanto sua alma sussurra: Que saudade!
ETERNO DISCÍPULO
Sou um eterno aprendiz e, por assim o ser, tenho absoluta certeza que não existe, ao meu redor ou na imensidão do mundo material, alguém que tenha conhecimento e sabedoria suficientes a ponto de imaginar que não necessita participar do processo ensino aprendizagem, visando burilar as asperezas egocêntricas que o mantêm nas trevas. Tenho plena consciência que estou neste plano para me aperfeiçoar e, para isto, preciso acrescentar experiências positivas ao meu ego e saber usá-las com sabedoria para bem estar da humanidade.
Quem sou eu? Sou um caminhante, às vezes mestre, muitas vezes discípulo.
Quem somos nós? Caminhantes, às vezes mestres, muitas vezes discípulos.
Se não for assim, estagnamos e perderemos nossa luz.
O verdadeiro discipulado não consiste somente em formar, mas, sobretudo em ser discípulo e se a igreja não entender a vocação de viver o discipulado não conseguirá cumprir com êxito a comissão de discipular.
Como discípulo de Jesus, a experiência da cruz me ensinou que não é possível um recomeço sem perdão e reconciliação.
HISTÓRIAS DE UM MESTRE.
Um discípulo atentamente prestava atenção nas palavras de seu Mestre . Então decidiu questionar o mestre da seguinte forma:
-Mestre ,o que pensar de um discípulo que se afasta de seu mestre sem motivo algum e monta um Dojô próximo ao do seu mestre e que induz seus colegas de treino a irem treinar com ele , alegando que o velho mestre não tem mais condições de ensina-los , pois está velho e ultrapassado?
Então o velho Mestre respondeu:
-Assim como um animal pode morder a mão de quem o alimenta , sempre haverá alguém que poderá te trair.Mas não revide e nem guarde rancor , pois ambos não possuem um raciocínio lógico.
"O discípulo pergunta ao mestre: Qual é o segredo da vida?! E o mestre após pensar um pouco, responde … O segredo da vida reside em crescer e multiplicar, em estar bem consigo próprio, com os outros e o universo. No amor ao próximo, na coerência entre o que se fala e o que se pratica, na compaixão, no desapego, no equilibrio, na humildade, na paciência, no respeito a si, aos outros e a natureza, na simplicidade, na solidariedade, na tolerância, na vontade de viver e deixar viver. Eis o segredo da Vida!"
"Qual é o segredo dos escritores e poetas?! Pergunta o discípulo ao seu mestre ... E o mestre responde: diferem dos demais por não necessitarem de olhos abertos para ver o sol, ouvidos apurados para ouvir os pássaros ou olfato privilegiado para sentirem o aroma das flores. O segredo deles reside na abstração e sensibilidade. Graças a tais predicados conseguem perceber o imperceptível, imaginar o inimaginável e ver o que não é visível."
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