Dinheiro por Chico Xavier
Aqui na terra tão jogando futebol
Tem muito samba, muito choro e rock'n'roll
Uns dias chove, noutros dias bate sol
Mas o que eu quero é lhe dizer que a coisa aqui tá preta
A nossa luta é pela defesa da seringueira, da castanheira; e essa luta nós vamos levar até o fim, porque não vamos permitir que as nossas florestas sejam destruídas.
O cheiro da terra molhada e aquele cheiro de café feito com amor. Olho e vejo as cortinas trêmulas com o ar da manhã.
A alma ferida, o corpo surrado e as esperanças frustradas... A sensação de impotência que mata vagarosamente.
deixar que os fatos sejam fatos naturalmente,sem que sejam forjados para acontecer,deixar que os olhos vejam os pequenos detalhes lentamente, deixar que as cruzes que lhe sircudam, estejam sempre inertes, como móveis inofencivos, para lhe servir quando for preciso, e nunca lhe causar danos sejam eles: morais, físicos ou psicológicos
Quem me vê sempre parado, distante
Garante que eu não sei sambar
Estou me guardando pra quando o carnaval chegar
Eu tô só vendo, sabendo, sentindo, escutando
E não posso falar
Estou me guardando pra quando o carnaval chegar
Estou pensando alto para que você me escute. E falo devagar como quem escreve, para que você me transcreva sem precisar ser taquigrafa, você está aí?
Até eu topar na porta de um pensamento oco, que me tragará para as profundezas, onde costumo sonhar em preto-e-branco.
Agora eu era o rei
Era o bedel e era também juiz
E pela minha lei
A gente era obrigado a ser feliz
E você era a princesa que eu fiz coroar
E era tão linda de se admirar
Que andava nua pelo meu país
Você é linda de mais, só o seu amor me satifaz. Você me faz tão feliz, você é tudo o que eu sempre quis.
Se você olha pra mim
Se me dá atenção
Eu me derreto suave
Neve no vulcão
Se você toca em mim
Alaúde emoção
Eu em desmancho suave
Nuvem no avião
Himalaia himeneu
Esse homem nu sou eu
Olhos de contemplação
Inca maia pigmeu
Minha tribo me perdeu
Quando entrei no templo da paixão.
E aqui dentro de mim você demora;
Já tornou-se parte mesmo do meu ser.
E agora, em qualquer parte, a qualquer hora,
Quando eu fecho os olhos, vejo só você.
Eu não sabia explicar nós dois
Ela mais eu
Porque eu e ela
Não conhecia poemas
Nem muitas palavras belas
Mas ela foi me levando pela mão
Íamos todos os dois
Assim ao léu
Ríamos, choravamos sem razão
Hoje lembrando-me dela
Me vendo nos olhos dela
Sei que o que tinha de ser se deu
Porque era ela
Porque era eu