Dignidade de um Homem

O homem que sabe compreender tem tudo.

A consciência é a faculdade que o homem tem de contemplar quanto se passa no seu íntimo, assistir à própria existência, ser, por assim dizer, espectador de si próprio.

O que o homem conhece, nem sempre se compara com o que ele não conhece.

Se é verdade que a religião, por um lado, liberta o homem do medo, por outro lado gere-o fortemente.

Prova-se a virtude de um homem apenas na hora do perigo.

O homem superior está sempre calmo; o homem inferior acha-se constantemente num estado de inquietação.

O machismo exclui a afeição do homem pelo homem.

O que o homem mais receia é o que lhe convém mais.

Não se renuncia a um homem por causa de um defeito.

O homem pode adquirir conhecimento ou se tornar um animal, como ele quiser. Deus faz os animais, o homem faz a si próprio.

O trabalho convém ao homem, (...) evita que ele olhe para esse outro que é ele e que lhe torna a solidão horrível.

Somente através do amor o homem se pode libertar de si mesmo.

Um homem que se dobrou a si próprio nunca poderá endireitar os outros.

Para se ser completamente Homem, indispensável se torna ser um pouco mais e um pouco menos do que homem.

Um homem sozinho está sempre em má companhia.

O homem de bem, no meio de malvados, resvala sempre; e nós estamos acostumados a associar-nos ao mais forte, a pisar em quem está no chão e a julgar segundo as circunstâncias.

Quando um homem deseja matar um tigre, chama a isso desporto; quando um tigre deseja matar um homem, este chama a isso ferocidade.

O homem de palavra é aquele que menos fala.

Um homem que acaba de arranjar um emprego já não faz uso do espírito e da razão para regrar a sua conduta e as suas atitudes perante os outros: toma de empréstimo a regra do seu posto e da sua situação; donde o esquecimento, a altivez, a arrogância, a dureza e a ingratidão.

Autoridade: sem ela o homem não pode existir e, no entanto, ela traz consigo tanto o erro como a verdade.