Dignidade
"Reconhecer um erro, independentemente de sua origem e proporção, abrir o coração e desculpar-se sinceramente por tê-lo cometido, caso ele tenha afetado de forma negativa, direta ou indiretamente outra pessoa, passando por cima do orgulho e da vaidade, dominando o próprio ego é um gesto louvável e não um ato de humilhação e submissão.
Para tal feito, é preciso muita coragem e um grande senso de honestidade, dignidade e justiça.”
- Flávia Filgueiras
"Pense nas inúmeras vezes em que você
comprometeu quem você realmente é, ou os seus desejos e sonhos, ou aquilo que você acredita ser o melhor para você, na tentativa de agradar, de ser aceito ou de se encaixar em padrões e lugares que cerceiam sua essência e sua liberdade.
Reflita profundamente sobre todos os pensamentos, sentimentos, emoções e sensações que surgiram dentro de você durante os momentos nos quais você vivenciou tais experiências. Refletiu?
Agora jure a si mesmo, nunca mais comprometer a sua integridade novamente e garanta de forma inegociável o cumprimento desse juramento."
- Flávia Filgueiras
Medos Revelados
A verdade é um caminho
Que muitas vezes dói
Mas é preciso encará-lo
E nunca deixar para depois
É fácil se perder
Entre ilusões e desejos
Mas a verdade sempre aparece
E nos mostra os nossos medos
Por mais que doa a ferida
É preciso deixá-la sangrar
Para depois cicatrizar
E em frente poder caminhar
A verdade é uma libertação
Que nos faz voar em liberdade
E nos mostra o caminho certo
Para seguir com dignidade
Por isso, não tenha medo
De encarar a verdade de frente
Pois só assim poderá encontrar
A paz interior que se sustente.
A mitologia é um conjunto de narrativas que nos atravessam e coloca em cada "eu" o sentido da vida contribuindo com a nossa representação como sujeitos de si.
Justiça não tem haver com bondade ou maldade, mas sim como uma ação pedagógica, com a finalidade de proteger a Dignidade como valor axiológico a ser socialmente restaurado.
Sou grata à Deus pelo trabalho, pelos vínculos internos e externos, pelos desafios e conquistas diárias, pelas ações que impactam positivamente outras pessoas, outras vidas. A ti Senhor, toda honra e glória!
Precisamos encontrar um jeito de arrancar pedras que se alojam em determinados corações. Elas impedem que a vida seja justa e que todos possam ter e viver com respeito e dignidade.
Sabemos que devemos fazer ao outro o que gostaríamos que o outro nos fizesse. Isso mais que respeito é dignidade que temos e damos ao nosso semelhante.
Para manter a nossa paz e equilíbrio emocional é necessário aprender a dizer não. Não posso! Não quero! Não vou! Só que esse não, não deve ser dito só para os outros, mas também para nós mesmos, quando um sim for extrapolar os limites do nosso auto-respeito e dignidade.
A maior fome que um povo pode experimentar não se limita à carência de alimentos; ela transcende a materialidade, mergulhando nas profundezas da alma humana em busca de uma plenitude que vai além do simples sustento físico. A verdadeira fome de um povo reside na busca incessante por dignidade, justiça, conhecimento e compaixão.
As vezes é preciso se afastar de algo ou alguém, para refletir. As vezes é preciso se afastar porque já refletimos. Perigoso mesmo é não ser capaz nem de refletir, e nem de se afastar.
Eu me agredi por muitos anos, até que um dia passei a fazer apenas o que me faz sentir bem. Aprendi a me respeitar e comecei a me colocar em primeiro lugar.
Ter um culpado…
Colocaram fogo no restaurante comigo ainda lá dentro. As chamas lambiam as paredes como línguas de uma ira que nunca foi minha, mas, de alguma forma, sempre me escolheu como alvo. O calor não me assustou. Pelo contrário, senti uma espécie de familiaridade com ele. Eu, que vivi tantos incêndios na alma, agora era apenas mais uma peça no cardápio do caos.
Enquanto o teto ruía e o ar se tornava pesado, percebi: não valia a pena gritar. Quem acendeu o fósforo já havia saído pela porta da frente, talvez assobiando uma melodia de inocência fingida. E quem passava pela calçada, ao ver as labaredas, não pensava em salvar quem estava dentro. Pensava apenas no espetáculo da destruição. Porque é isso que as pessoas fazem, não é? Elas assistem.
Então eu olhei ao redor. Louças estilhaçadas. Mesas tombadas. Cortinas em chamas. E, pela primeira vez, senti uma espécie de alívio. Uma certeza incômoda, mas libertadora: se é pra me chamarem de culpado, talvez eu devesse ser. Não me restava mais nada pra salvar — nem o restaurante, nem a mim. Peguei o que sobrou de força, virei o gás no máximo e, com um fósforo que achei no bolso, devolvi o favor. Explodi aquele lugar como quem assina um bilhete de adeus: com firmeza, sem remorso, mas com estilo.
Saí pela porta de trás, enquanto os destroços ainda voavam pelo ar. A fumaça subia, preta como os julgamentos que viriam. E eu sabia que viriam, claro. Sempre vêm. “Por que você fez isso?”, perguntariam. “Por que não tentou apagar o fogo? Por que não pediu ajuda?” Ah, os paladinos da moralidade, tão rápidos em condenar e tão lentos em entender. Mas eu não queria me explicar. Explicações são como água despejada sobre um incêndio: às vezes apagam, mas quase sempre só espalham mais fumaça.
Ser o vilão era mais fácil. Mais honesto. Assumir o papel de quem destrói é menos exaustivo do que tentar convencer o mundo de que você foi destruído. Porque, no final das contas, ninguém realmente escuta. Eles só querem um culpado. E, se é pra ser apontado de qualquer jeito, que seja com a dignidade de quem escolhe o próprio destino.
Não estamos falando de restaurante. Nunca estivemos.
Carrega na pasta um dossiê tão robusto que até as paredes do ambiente começariam a corar de vergonha se soubessem ler.
Guarda cada palavra como quem coleciona recibos de um teatro mal ensaiado — um dia, a bilheteria vai fechar.
"Ser mãe é um desafio, criar seus quatro filhos na ausência do pai, sobreleva ainda mais aquela dificuldade, mas fazê-los homens por seu exemplo de dignidade, força, perseverança e luta, é algo de um valor inestimável, não somente para mim, mas como exemplo para com todos a sua volta.
Parabéns à minha mãe, e assim também a absolutamente todas essas mulheres maravilhosas das nossas vidas."
"Invariavelmente somos criticados por nossas ações, então medidas pelos resultados, e não pelo empenho vertido na sua prática.
Mas somente você é capaz de saber o tanto de suor e lágrimas já despendeu em cada uma de suas lutas, o quanto foi capaz de superar e seguir em frente.
Portanto jamais permita que diminuam a dignidade da sua jornada, e o mais importante, nunca desista de persistir lutando, ao fim e ao cabo, seu desejo irreversível de vencer indiferente as críticas e circunstâncias é só o que importa e o que faz toda diferença."