Dias da Semana
Eu te digo: estou tentando captar a quarta dimensão do instante-já que de tão fugidio não é mais porque agora tornou-se um novo instante-já que também não é mais. Cada coisa tem um instante em que ela é. Quero apossar-me do é da coisa.
Tente ver as coisas por um ângulo totalmente inverso, diferente. Como se fosse uma quarta dimensão de entendimento.
Existem pessoas que são como a quarta-feira.
Imparcial e sempre no muro.
Não tem o brilho da proximidade ao fim de semana e nem a expectativa de um recomeço no inicio dela!
Ali perdidas no meio de seis dias cheios de significados.
São as menos interessantes pra mim!
Quando eu chegar lá na quarta-feira de manhã, eles vão mudar de nome para Charlie Bros. e não Warner Bros. Dã, vencendo! Cara, olha lá o IMDB. São 62 filmes e uma tonelada de sucessos. Ganhei melhor filme aos 20 anos. E eu não estava nem tentando. Não estava nem aquecido.
A QUARTA PRIMAVERA.
A quarta primavera na ausência da flor.
Especie única do meu jardim.
Extinta, órfão meu quintal ficou.
Morando no meu imaginário.
Do polén a lembrança fecundou....
O nectar do quintal não é mais tão doce assim.
O espinho que nunca me feriu,
da flor que exalava o jardim.
O beijo e o carinho regavam a flor.
Mato a saudade ao ver colibris.
A flor que na minha vida passou.
Celeste, Deus, a flor, querubins.
"maternus sempre lembrae"
Científico nome da flor
Do meu sentimento que não jaz.
Brotam as palavras que em poesia lhe dou.
Autor: Carlos Henrique R. de Oliveira.
Hierba is life
Era, decerto, a vigésima quarta dieta de emagrecimento a que Hirta se submetia. Fez a da lua, das frutas, da água com limão em jejum, da melancia como alimento-pivô, usava laxantes e, de tanto defecar, passou a andar com o fundo forrado. Perdia peso, ganhava, perdia, perdia, enchia... decidiu radicalizar e tornar-se “vegetariana”. Disseram-lhe que o primeiro passo seria passar por um processo de “desintoxição à base de folhas”.
Convém dizer que Hirta já se tornara desassuntada, posto que só lhe vinha à verbalização assuntos ligados à magreza, dieta & congêneres.
Acordava às quatro, calçava tênis, meias, o uniforme de pista e pegava o beco. Andava, andava que em certos momentos tinha a impressão de que parara e apenas o asfalto se movia. Seu ritual era de tal compenetração que sequer via transeuntes ou carros ao seu lado. Seu sentido era retilíneo e único: seria magra e escultural (espigal).
Numa dessas andanças, concentrada, tropeçou e estendeu-se sobre um cavalo morto atropelado na noite anterior. Foi um susto, muita vergonha! Tentou ser mais atenta a partir do episódio.
Mas, retornando à “desintoxicação”, passou a consumir folha de quase toda espécie. Primeiro foi hortelã triturada, passando à malva, mastruz, cajarana... processava baldes para consumir. Gradativamente, só algumas folhas eram-lhe insuficientes e, nesse estágio do “tratamento”, quebrava galhos inteiros de árvores e arrastava até sua cozinha, aí então, já abarrotada de arbustos.
Houve ocasião em que uma amiga lhe perguntou se estaria criando alguma “vaca” ou outro herbívoro de porte. Calma, a moça disse que era apenas para consumo pessoal.
Dia a dia não lhe restava tempo pra outra coisa a não ser dedicar-se à pesquisa de receitas de saladas vegetais e hortaliças exóticas. Nesse menu, rolou até palmito com urtigas verdes.
Tantos esforços já manifestavam resultados. Não só se tornara delgadíssima quanto esverdeada. Da base das orelhas às asas do nariz tinha um lastro de cor pardo-verde-oliva.
Adaptara-se aos novos hábitos e, por nada comia outras coisas além de vegetais crus.
No primeiro Natal desse propósito, degustou apenas uma noz, duas uvas e as folhas de alface que guarneciam o pobre peru que pagou o pato da ceia.
Numa festa de casamento na roça, onde rolava carne a granel, farofada e cereais recheados, do tipo fava com mocotó, para não ficar em sumária inanição, da mesma forma que um ruminante, remoeu algumas palhas de vassoura. Lavou-as e, molhadas, facilitaram o deguste.
De resto, cumpre afirmar que mudou de vida e até a forma como observava uma boa pastagem, diferindo-se dos humanos comuns.
Tornara-se herbívora!
PENSAMENTOS DA QUARTA:
Para eu encontrar maior saúde, riqueza e prosperidade em minha vida, devo cavar e me conectar bem fundo dentro de mim. Lá no fundo do meu ser reside a raiz de toda disfunção que tenho e que estou ancorado até este momento. Eu deverei senti-la, entende-la, digeri-la e possuí-la, e assim eu mesmo manipular o remédio que irá curar-me de todos os meus questionamentos.
A SURPRESA ??? Arrume Um Tempo...???
Quarta, 16/07/2008 - 01:23 — ANACAROLINALOIRAMAR
12login ♠
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Procurei um lugar para meditar.
Nesse lugar você estava La.
Procurei um lugar onde pudesse caminhar.
Você estava também a caminhar.
Procurei um lugar para pegar um ar.
Ali você estava a respirar.
Procurei no sol o aquecer.
Virei pro lado vi você.
Olhei o brilho das estrelas,
Vi teus olhos olhando pra mim.
Procurei relaxar em meus sonhos.
Em meus sonhos estava você risonho.
Procurei desse sonho não acordar.
A Manhã chegou o sonho veio acabar.
Respirei o orvalho da manhã.
Senti você, e dei um pulo.
Sem entender,como pode isso acontecer?.
Se não conheço você.
Fui para o trabalho ,no meio do caminho.
Procurei respostas.Como pode alguém
Enfeitiçar-nos, sem ao menos sabermos quem é?
Cheguei no trabalho um buquê de flores.
Anexo um cartão dizia então:
“ - Eu sou o lugar, que meditas, o caminho onde andas,
o ar que respira,a pessoa que anda ao teu lado,
o brilho das estrelas que sorri pra ti.
Seus sonhos mas relaxantes,
Sonho o qual você não quer acordar.
O orvalho da manhã que te cumprimenta
Eu sou tua resposta!
Eu sou aquele que ama você e todos no mundo.
Mas o corre ,corre da vida não permite que você
Sinta-me em pequenos detalhes,
Mas estou sempre ao teu lado, e sempre estarei.
Basta você fazer a sua parte.
Se quiser todos os dias me encontrar.
Basta olhar ao teu redor e observar .
Eu estou sempre presente,
Eu nunca saio de cena, é você
Quem sempre esta sem tempo pra mim!
Eu sou "Jesus",aquele que veio dar vida.
E vida em abundância!
Agora não preciso te dizer;
Como esse cartão, e essas flores
Chegaram “até você.”
Meus olhos brilharam,
Minha alma levitou.
Meu coração acelerou.
No corre, corre da vida.
Esquecemos de agradecer.
A Deus, por mais um dia de luta.
Agradecer a beleza o valor de cada detalhe.
E que Deus esta em cada uma delas.
Arrumamos tempo ,para brigar, questionar.
Para o laser, para ler,escrever e etc...
Mas , não arrumamos um tempinho.
Para perceber, que Deus esta em tudo
Ao nosso redor,nas coisas .
No ar, no orvalho, no sol, nos lugares,
Nos sonhos,nas pessoas.
Arrume uma horinha de seu dia.
Para conversar com Deus.
Seja do seu jeito, Deus aceitárá.
Como oração.
Mas não deixe de agradecer a Deus, não!
Anna a flor de lis.*-*
O Que Eu Quero? - Quarta Parte
Não quero muito
Apenas o complexo
Justificado numa chuva doce
Pra que não molhe meus contos.
Quarta feira, em compras na feira, no Olímpio dos palacetes modernos, nos subúrbios do mundo, no bar. A pergunta é evidente e insana: Ora, por que marchamos? Sábios do passado ao tentarem conceber formulação para tal questionamento se abdicaram do ar primaveril da juventude para refletir sigilosamente como velhos. Por que marchamos? A vida conjugal, a educação formal, o carro, os filhos, o cavalo, a pinga. Por que seguir em frente com certezas,quando se sabe que todo o senso é incerto, logo, ilusão?
Ao mirar crianças e seus sonhos admiráveis, começamos interagir com os inteligíveis aspectos de nós mesmos. Deixamos de sermos crianças ao notarmos o quão volátil e mutável é o nosso “para sempre”. Dito isto, torna-se claro o poder explicativo que tal indagação nos concede a cerca dela própria.
Ao homem é mais fácil refletir sobre o que poderia ser e não o é. Não nos damos conta da grande “vantagem” que tem o cão sobre nós, pois o mesmo distinto animal citado, não conhece nada além de ser um cão e com isso vamos chegando a possível revelação de tal incógnita, pergunta inoportuna, que outorga para si a frágil paz dos intelectuais.
Buscamos o que nos é desconhecido, nadamos ao leito distante, corremos atrás da caça por hora não alcançada. Como diria Platão: Amamos o que desejamos. Cada homem e mulher trilham por acreditarem que o hoje não foi o bastante. Mais, mais... Marchamos por que do poço não se bebeu o suficiente. Marchamos, pois o ser que criamos nos criou e nos concedeu visto ao infinito. Marchamos, pois os ouvidos se estarreceram de ouvir sobre um mundo melhor. A primavera que nunca chega o sol que jamais se faz majestade. Marchamos pelo escuro, pelo vácuo, por todos os sonhos admiráveis de criança. Em fim: wenn hier marschieren? Marchamos por que os cães ladram!
Somos parte da quarta dimensão chamada tempo, relativamente "aprisionados" em um espaço da terceira dimensão, chamado corpo...
Quarta-feira
Digníssima QUARTA,
É com anseio que espero não ser anestesiado com sua chegada.
Meu dia de lamentos, meu dia do descontento.
Sua ressaca física e mental pouco a pouco rouba meu valor moral.
O que ontem era letal hoje você torna tudo tão banal.
Você poderia ser como a sexta, sempre um dia de descoberta.
Entretanto tu és a quarta, que não és o fim e muito menos o começo.
Com receio leio uma carta da digníssima quarta que diz:
“Sou para ti um dia escrito com giz, e quando você menos notar tornar-me-ei um dia que sempre almejarás”.
Quarta-feira II
Minha cara Digníssima,
Tu és sempre implacável com esta fadigada carcaça.
Invade minha mente e impõe lembranças aprisionadas do subconsciente.
Neste mesmo dia há anos atrás, lamentava impiedosamente as oportunidades que outrora estavam sobre minha aurora.
Quão cruel eu posso ser no decorrer das horas que anseio pelo descanso?
Ainda há de vir o entardecer e ainda assim em poucos momentos pós o sol nascer
Tamanha é a estupidez que as ruas vieram trazer de incômodo para este incrédulo ser.
Esse que vos fala se comporta trivialmente em momentos inoportunos.
Somente a quarta poderia causar essa impressão e desviar minha direção:
“Do que realmente importa”.
loucura de uma quarta.
Hoje não me sinto tão apaixonada pela loucura. Nem a minha nem a dos outros. Universalizaram a loucura que graça tem? Hoje o tic- tac não me assusta mais e ser quase normal está bom demais. Hoje é bem mais louco não aceitar as loucuras normalizadas. Essas loucuras padronizadas que graça tem? Que graça há em ser louco por tabela, modismo ou caricatura? Dizer certinho as frases de louco? A essa loucura não me encanta mais. Essa loucura de normalizar o louco. A essa loucura não me encanta mais, , não há mais graça em ser tão louco. Loucuras de uma quarta feira. By Cyrlene Rita Dos Santos.
O sábado vira quarta, o cronograma um fiel calendário, o sonho motivação, cada tropeço uma história, cada queda uma cicatriz, cada dia uma nova superação. De página em página, de teoria em teoria, de leitura em leitura... você vai compreendendo o significado "só sei que nada sei".
TRECHO DE UMA QUARTA-FEIRA QUALQUER
Seu rosto já não se desenha mais em minha memória. Sua imagem vai ficando cada vez mais rara, por isso me embriago de saudade que vem me atormentando todas as noites, a semanas, sempre tirando as minhas forças. Confesso que prefiro perder forças pra você, do que ser imobilizado pela saudade.
quarta-feira, 4 de outubro de 2017
Eu olhei nos teus olhos e vi o desperdício de uma vida inteira.
Eles não brilhavam.
Eles não guardavam o universo em si.
Não.
Seus olhos estavam úmidos. Empoeirados.
Eles fingiam uma tristeza.
Uma depressão comprada nas farmácias.
Você gastando uma encarnação inteira com essas besteiras que não acredita.
Que dissimula.
Interpreta em teu personagem.
Burrice menina. Burrice.
Ninguém vai te aplaudir no final.
Ninguém vai lamentar pela tua vida miserável.
A miséria não tem nada a ver com a pobreza do corpo.
A miséria tem a ver com a tua incapacidade de ser feliz e perceber o mundo.
Você é miserável.
De uma miserabilidade que não será perdoada.
Você vai enlouquecer quando se despir desta roupa.
Você vai chorar e dar trabalho para todos do outro lado.
Tua imaginação não é capaz de intuir o que te espera lá.
Você não queimará.
Você não será torturada.
Mas irá enlouquecer,
E gastará outra existência, até ser recuperada.
Juliana S. Müller.