Dias da Semana
Vivo perdida, tentando me encontrar. Uso estas palavras para me refugiar. Nem sempre eu consigo, mas tento. Tento porque mesmo não querendo, eu preciso.
Acho que às vezes não consigo expressar os meus sentimentos em palavras, porque nem sempre sei o que sinto. Talvez eu não sinta nada ou talvez eu sinta tudo e não sei definir exatamente o que. É vazio aqui dentro. Nada me preenche, nada me conforta, só a querida e contínua solidão. Ela é a minha única companhia agora. As pessoas sempre nos abandonam como se fôssemos papéis rabiscados, como se não prestássemos pra mais nada. Estou cheia das pessoas porque nunca as tive. Me canso delas porque sei que elas se cansam de mim primeiro. Pois é sempre assim.
Eu só preciso de um abraço. Do SEU abraço. Quero sentir o teu cheiro. Ouvir tua voz. Olhar nos seus olhos e sorrir junto à ti.
Tudo fica tão sem graça pra quem não sente amor dentro de si. Tudo fica sem sentido, sem razão, vazio.
Eu vivo nas nuvens. Minha cabeça sempre está repleta de ilusões e de pensamentos. E do nada, eu começo a imaginar, imaginar...sonhar.
Sinto-me vazia na maior parte do tempo. Sempre acho que me falta algo. Preciso de alguém para preencher esse meu vazio, que tanto me machuca.
É previsível. Eu sempre sei que essas histórias de amor em que eu me encontro, passa rápido demais, passa tão rápido que não dá nem tempo de dizer o que sinto realmente. O tempo corre depressa pra mim, vou perdendo oportunidades únicas e me esqueço disso. Ou não quero lembrar que perco-as.
Será que devemos deixar que o tempo ajuste tudo? Ele amenizará a nossa dor? Acabará com ela? Talvez. Talvez sim, talvez não. Nunca se sabe ao certo o que acontecerá no nosso futuro incerto.
O tempo não apaga tudo. Aliás, o tempo não apaga nada. O tempo apenas ameniza as dores e se esquece das irrelevantes lembranças.
Seja louco mas jamais deixe a loucura te dominar por completo. Tenha sempre o controle de si. Assim conseguirá ser um louco, porém sábio.
Manhãs frias. Tardes sonolentas. Noites nostálgicas. Dias vazios acompanhados de uma dose de pensamentos que não te deixam dormir.
E, mais uma vez, não tem como negar, não tem como disfarçar, não tem como esconder, essa agonia que assola meu coração, vai enriquecendo a minha solidão, cheguei a conclusão: respiro tristeza e me engasgo com meus pensamentos, vomito arrependimentos e depois tento preencher o vazio, incompleto.