Diário

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O amor é artesanal. Requer investimento diário, se faz dia após dia. O amor é construção e a matéria prima é o perdão.

No meu diário de amor, eu guardei a sua fototografia, aquela que eu mais amo... Eu guardei pra ninguém te roubar de mim...

...essas pessoas que tomavam um banho diário e iam à igreja de cartola, praticavam atrocidades num grau tal que os africanos e asiáticos mergulhados nas trevas da ignorância jamais sonharam.

(Admirável Mundo Novo)

Há pessoas que nunca subiram num púlpito para pregar, mas o seu andar diário na comunidade, vizinhança, escola, tem umas das mais belas pregações do evangelho genuíno!!

"Meu esmeril diário é a leitura"

Temos que sempre fazer um RaioX diário espiritual para verificar aquilo que tem nos afastado do Pai!

O meu desafio diário é pensar no existir das coisas, e posso dizer: Nem tudo que existe parece ser verdadeiro.

A vida é um aprendizado diário, um portal misterioso, o qual não sabemos ao certo o que encontrar do lado de lá.
A gente passa dos 35 e a partir daí se ouve muito:
_É a idade chegando!
Prefiro enxergar com leveza,
e interpretar sem melancolia ou desânimo.Na verdade é a maturidade abrindo um sorriso pra gente,
nos vestindo com a experiência, é a sensatez nas escolhas, é a força que se adquiriu com as quedas, é a transparência de gostos, a verdade nos sentimentos.
Com o tempo o sorriso brota do coração, já não se quer sorrir sem querer ou mendigar atenção.
A maturidade nos presenteia com a sutileza, temos plena percepção
de quando chegar e de quando sair quando não desejados, já não nos iludimos tanto.
Queremos certezas, segurança. Optamos por saborear o tempo, sentir o vento, se permitir.
Até porque a excelência dos anos nos brinda com alguns anos a mais, mais ao mesmo tempo reconhecemos a nossa alma tão jovem,
a ponto de se agarrar a um sonho e com muita disposição ainda voar.

E neste vai e vem diário nos esquecemos de dar atenção nos pequenos sinais do cuidado de Deus. Ele está lá todos os dias nos livrando dos perigos e nos carregando no colo. Exercer a gratidão é valorizar estes cuidados e com sorriso nos lábios, dizer: Obrigada Deus!

⁠"Desafio diário : ser paciente, ouvinte e seletivo. Ah, e usar doses extras de doçura para superar o mau humor que virá, você precisa prová-lo , é ele que tempera nosso aprendizado ."

Meu Querido Diário

Meu querido diário, há quanto tempo não conversávamos, tantos foram os fatos ocorridos.
Sabe aquele turbilhão de emoções que a vida nos leva?
Pois é, tem sido momentos de grandes lucidez e aprendizados.
E sabe aquela frase da oração do Pai-Nosso quando pedimos livrai-nos do mal? As vezes o mal vem disfarçado de um sorriso e palavras envolventes…
Vamos nos deixando mergulhar nas ondas do mar da paixão e se entrega a cada momento
Vamos tão fundo, lá onde mora os mistérios dos seres encantados
E o tempo passa, e passa tão rápido, naquele piscar de olhos, quando vemos foram-se anos de uma mera ilusão
Um belo dia, quando tudo parece se encaminhar na perfeição, pois aquilo que sentimos apesar de todas as nossas imperfeições é tão verdadeiro, tão íntimo, que transborda a cada amanhecer e nos sonhos de cada noite , você olha nos olhos daquela pessoa que foi tudo para ti e vê que ela não te conhecia, ela nunca enxergou o significado de tudo que éramos.
E o orgulho, o desamor, a falta de cuidado te fere com palavras que não fazem sentido algum.
Simplesmente diz, e vai embora com suas certezas e jogos de sedução.
Aí meu querido diário, ficamos com aquela sensação de vazio aos nossos pés, como se ela tivesse te empurrado para o abismo e você morre um pouco a cada descida.
Mas é nesse momento, que tudo que nós somos, toda a força, luz e amor que nos habita ela vem, ela te segura pela mão e diz: - não tu és vida, tu és coragem, tua beleza nunca esteve no corpo que virará pó e lembranças.
Está aí nesse teu coração que ama, que sorri para as flores e conversa com as estrelas
Então você se entrega a energia do amor da Fonte que tudo é…
A compreensão vem, límpida, cristalina, pois tudo vai passar, é só uma viagem que às vezes a paisagem é bela, às vezes nem tanto, mas no final chegaremos todos ao mesmo destino.
Então eu renasci mais uma vez, e sigo pronta com as minhas bagagens, minhas incertezas, e ao encontro daquela felicidade dos que sentem a verdadeira paz.

⁠Aqui estou mais um dia, um detento diário
No meu diário, citar essas linhas é algo árduo
Normalmente, o que eu sinto, eu guardo
Sinto que resolveria alguns problemas com um infarto

Kant (rap)

Nota: Trecho da música Vinho Das Almas.

⁠Meu maior sonho é ser uma grande escritora. E, por isso, eu tenho um diário onde eu conto tudo o que acontece na minha vida. Talvez um dia esse diário vire o meu primeiro livro. E, quando isso der certo, ninguém nunca vai saber que eu sou a garota invisível.

Querido diário, resolva suas inseguranças antes de querer parecer normal, afinal de contas vc não é, vc sabe né. Quando a gente tá sozinha é que a gente descobre que não consegue gostar da própria companhia. Devia ser crime alguém causar isso em outra pessoa. É, pois é, todo querer parece errado ainda mais se intrínsecamente sua intenção fosse ser feliz. Lembre-se é errado, você esbarra no espelho e se acha bonita, mas isso é errado.
Ainda que tente burlar sua insegurança, ela te encontrará. Quando vc estiver longe, quando tiver voando livre, lá em cima, no pico da sua felicidade ela te dá um soco no estômago e vc cai e leva todo mundo junto.
Você não se construirá se tiver alicerces frágeis.
Eu escrevo pq me liberto ao fazê-lo, mas quando posta a prova, as palavras são as primeiras a me sabotar, seja pela falta de conexão entre elas ou seja pela falta delas, de todas elas.
Essa falta eu chamo de insegurança
Na Wikipedia a acepção da palavra faz referência a um sentimento que pode ser desencadeado pela percepção de si mesmo como um ser vulnerável de alguma forma.
Não tente achar culpados e não se culpe, tá, talvez um pouco, mas só se nesses surtos tiver deixado o amor da sua vida ir. E nessa ida a insegurança tiver entrado em seu corpo e não tenha te deixado proferir uma só palavra.
Infelizmente eu tenho que te dizer que você, que eu, não nos construiremos se tivermos alicerces frágeis.
E uma solução não posso dar pra ninguém, nem mesmo a mim.
Talvez se pudesse voltar atrás ou pudesse num futuro utópico ouvir sua voz grave e acolhedora novamente, eu viveria aquilo de uma forma diferente.
Se pudesse te daria um abraço de urso, ou não, não tá em época de abraçar né, mas ainda que vc tivesse contaminado eu te abraçaria e não soltaria mais pq isso não seria nada, vc me contaminou bem antes, com suas doces palavras, suas palavras sim nunca erraram, talvez elas gostem mais de vc do que de mim o que é compreensível. Como não gostar de vc

⁠Exercício diário: aceitar os nossos próprios erros, aprender com eles e, acima de tudo, ter compreensão com os erros dos outros.

Se olharmos de cima nossa civilização, com todo nosso vai e vem frenético diário, talvez fôssemos percebidos como um povo que dança sozinho no cosmo.

Luiz Felipe Pondé
Formas ridículas de espiritualidade produzida para consumo. Folha de S.Paulo, 12 out. 2025.

Diário - 04/11/2025

Acordei bem às seis da manhã, mesmo tendo dormido poucas horas. A sensação era outra — leve, serena, como se algo dentro de mim tivesse mudado. Meus pensamentos estavam distantes, ansiando por novos planos. Ainda ecoavam em mim as palavras da entidade espiritual da noite anterior. Apesar de não ter recebido uma orientação concreta, senti que compreendi o essencial. E fui atrás disso: terapia. Dito e feito, consulta marcada para o dia 09/11.

Enquanto Mônica se arrumava para trabalhar, preparei o café para nós. Conversamos pouco sobre o que aconteceu na noite de ontem. Notei que ela também estava introspectiva — imaginei que refletia, como eu, sobre tudo o que vivemos.

Depois do café, organizei minha marmita, lavei a louça e dei uma geral na casa enquanto ela passeava com os cães. Fiz minhas orações, pedindo por renovação de energia e agradecendo silenciosamente por mais um dia. Me despedi dela e fui tomar meu banho.

Me arrumei apressada, como de costume. Tenho chegado mais tarde em casa e permanecido até mais tarde no trabalho, então o horário já não me pesa tanto. Mas as responsabilidades me esperam — sempre.

Cheguei quase às nove. Fui ao almoxarifado falar com Larissa e desejei um bom dia alegre. Ela, no entanto, estava com aquele humor oscilante que já conheço. Esperei um pouco, mas, sem resposta, voltei para minha sala. Lá estavam os jovens aprendizes e Tatiana — retribuíram meu bom dia com sorrisos e seguimos o ritmo da manhã.

Subi ao segundo andar para guardar minha marmita e encher minha garrafa d’água. Respirei fundo antes de retomar as tarefas. A manhã foi intensa, cheia de demandas difíceis, mas finalizei tudo com sabedoria e paciência. Senti gratidão por isso. Almocei cedo, às onze — gosto desse horário mais silencioso, sem cobranças nem conversas apressadas. Comer em paz se tornou meu pequeno ritual de autocuidado.

Depois, lavei minha louça, reabasteci a garrafa e conversei um pouco com os colegas — falamos de tudo: elevadores, campo, reforma da filial… pequenas distrações do cotidiano.

Mais tarde, desci novamente até Larissa. Mesmo semblante fechado, pouca conversa. Resolvi deixar quieto. Uma hora depois, porém, desci de novo, agora com um plano: cheguei de mansinho e… bu! — ela levou um susto e riu. Consegui arrancar um sorriso! Ganhei o dia. Mesmo que, minutos depois, ela voltasse àquela expressão distante. Pensei comigo: vai passar.

O expediente seguiu. Conversei com Tatiana sobre as linhas de ônibus, já que deixei o carro na oficina. Ela prontamente se ofereceu para me dar carona — neguei no início, por não querer atrapalhar, mas ela insistiu. Então fizemos um trato: ajudo na gasolina e levo uma marmita pra ela. Combinado. Fiquei sinceramente grata.

No fim do dia, voltei pra casa em paz. Encontrei minha mãe na varanda — o sorriso dela sempre me acolhe. Conversamos sobre a vida financeira, minha irmã, e as compras que ela anda fazendo sem pensar muito. Preferi só ouvir. Quando mamãe perguntou se, pagando o cartão, ainda daria pra quitar as contas, apenas assenti. Não queria alimentar a preocupação — nem deixar que o medo das dívidas voltasse a me assombrar. Mudei de assunto, tentando proteger meu equilíbrio.

No quarto, peguei minhas roupas e me lembrei da folha de Guiné que recebi da entidade. As palavras da entidade vieram à mente. Abri o chuveiro, mergulhei as folhas na água quente e, com fé, passei-as pelo corpo como se lavasse a alma. O cheiro de Guiné encheu o banheiro — era cura, era proteção, era abraço.
Rezei pedindo alívio, só isso: alívio.

Saí do banho leve, perfumada de Guiné. No espelho, notei as pequenas manchas de pigmentação no rosto — mais visíveis do que antes. Pensei: se for cura, que venha inteira; se for fé, que seja profunda.
Porque talvez o milagre não seja desaparecer as manchas, mas aprender a me ver com mais amor.

Fechei os olhos, respirei fundo e sussurrei: amém.

Diário 03/11

Faz muitos anos que eu não ia a um centro espírita de Umbanda… Hoje, fui. Fui acompanhada de amigos queridos e da minha esposa. Enquanto esperava, observei os sons, as velas, o cheiro de ervas… era como se um pedaço do que eu já fui me reconhecesse ali. O ambiente estava sereno, cheio daquela energia que mistura respeito, mistério e fé. Fui a sétima a ser atendida pela entidade espiritual. Fizemos oração juntas, e quando chegou minha vez, ouvi a pergunta simples, mas poderosa:

— O que posso ajudar?

Respirei fundo e pedi: “Me ajude. Cure-me de todas as dores emocionais. Me ajude a respirar melhor.”

A entidade me olhou por um instante e disse apenas:
“Cada pensamento é uma nuvem na sua pele… você está sozinha e precisa de ajuda.”

Essas palavras me atravessaram. Pediu para que eu me abrisse mais, pois as dores emocionais estavam se transformando em dores físicas. Disse para eu buscar ajuda psicológica, conversar mais com minha esposa — que relacionamento é partilha, é transparência — e que ela também precisa participar dessa cura.

A entidade explicou que não poderia fazer muito além, mas faria uma limpeza espiritual profunda, especialmente no meu coração e nos pulmões. Disse que eu dormiria bem naquela noite.

Assenti com lágrimas nos olhos, querendo mais respostas, mais direção… Ela olhou fundo em mim e perguntou:
— Vai seguir minha orientação para o banho?

Assenti de novo, silenciosa. Pediu que eu voltasse. Saí de lá meio desesperançosa, mas com algo dentro de mim insistindo em lembrar da mensagem da abertura: para curar, é preciso ter fé.

A orientação foi simples — um banho com folhas de Guiné, amanhã à noite.

Sigo ainda refletindo… talvez a cura não venha de fora, mas comece na entrega, no acreditar, no permitir-se sentir e confiar.

🌅 Diário - 05/11

Ao amanhecer, despertei num pulo, imaginando que havia perdido a hora — e também a carona da colega de trabalho. Olhei o relógio e suspirei aliviada: ainda estava cedo. Levantei-me, abri a janela e encontrei um dia que já nascia radiante. Apressei-me, não queria perder o nascer do sol.

Na varanda, com minha caneca de café preferida entre as mãos, sentei no sofá e fiquei ali, apenas observando o sol surgir, sentindo o calor gentil tocar o rosto. Os pensamentos vinham e iam, como nuvens leves — e naquele instante, tudo parecia simples, bonito e vivo. O céu estava tão encantador que registrei em uma foto, como quem guarda um segredo.

De volta à cozinha, encontrei minha mãe finalizando minha marmita e comentando, animada, as notícias sobre a prisão de um político famoso. Entrei na conversa, mesmo sem tanto interesse, só para vê-la sorrir. Ela adora falar de política e Administração Pública — é o seu jeito de se conectar com o mundo. Enquanto conversávamos, fui organizando minha mochila de trabalho.

Logo recebi a mensagem da colega avisando que chegaria em oito minutos. Acelerei o passo, finalizei o café, tomei meus remédios e me despedi:
— Precisando de algo, me liga, mãe!

Peguei o elevador e, ao chegar na portaria, vi o carro dela se aproximando. Tudo sincronizado — e sem atrasos, do jeitinho que gosto. Odeio fazer alguém esperar.

O trajeto foi leve, cheio de conversas aleatórias e risadas. O trânsito estava tranquilo e o dia continuava lindo. Agradeci a Deus, em silêncio, antes de entrar na filial.

Passei primeiro na sala do almoxarifado, onde sempre cumprimento a Larissa — e, como de costume, entrei de fininho para assustá-la. Consegui. Mas o semblante dela não estava bem. Abracei-a e perguntei se estava tudo certo. Ela apenas assentiu.
Pensei comigo: ainda vai passar, ela vai sair dessa…

Subimos para outra sala, ainda vazia. Guardei minha comida e avisei à colega:
— Vamos dividir a marmita, viu?
Minha mãe sempre exagera na quantidade, como se eu passasse fome. Coisas de mãe — amor que transborda.

O expediente seguiu calmo, sem grandes novidades. Até que minha chefe veio de Goiânia, e aproveitei para atualizá-la sobre tudo.

Saímos um pouco antes do horário, já que minha colega tinha aula de pilates. Gosto desses dias: chegar cedo em casa, estar com a mamãe, cuidar das plantas, pedalar um pouco. Depois, aquele banho demorado, quase meditativo.

Mais tarde, mamãe preparou um “chá secreto” para relaxar e dormir bem. Agora, escrevo estas linhas na sala, deixando o dia se acomodar dentro de mim.

Antes de dormir, ligo para minha esposa — nossa pequena tradição diária. Conversamos sobre o dia, as alegrias, os cansaços. Nunca deixamos de nos ouvir. Acho que é isso que fortalece o amor: o diálogo, o cuidado, a presença.

Desejo boa noite, peço que ela se cuide e, enfim, sigo para o meu quarto.
Deito-me em silêncio, grata. Amanhã, um novo sol nascerá — e com ele, novas chances de recomeçar. ☀️

Meu caderno de diário é onde as palavras se tornam abrigo para o que não sei dizer em voz alta.