Diálogo entre duas pessoas
Silêncio.
É no vazio que nos encontramos!
Um diálogo profundo,
entre o querer e o sentir.
Nada se ouve.
Tudo se escuta!
O eco de frases ditas.
As mentiras em que acreditas.
A penumbra da tua saudade.
O rasto da tua vaidade.
E assim te ficas...
Entre as palavras ditas e não ditas.
No silêncio.
Meditas...
Anabela Pacheco
Dialogo entre as Saudades e o Coração
Pergunta a Saudades:
- O que te entristece coração?
Responde o Coração:
- Estou tentando imaginar o que elas esta fazendo, se esta precisando de algo, se estas pensando em mim, se sentiram o mesmo que eu sinto e tantas outras coisas mais.
Pergunta a Saudades:
- E o que senti por ela?
Responde o Coração:
- Não sei bem, às vezes procuro palavras para me convencer do que é, mas não acho. Só tenho a certeza que é algo novo que até então era desconhecido.
- Hum... Diz a Saudades.
Diz a saudades:
-Mas quanto a mim, fique tranqüilo isso é momentâneo.
Pergunta o Coração:
- Ainda que seja, por que tem que doer tanto? Por que meche comigo dessa forma, que até meus pensamentos já me roubou, como se já não bastasse ter-me por completo.
Responde a Saudades:
- A resposta é simples Coração.
- Existe um outro sentimento que nasceu antes mesmo de mim, porém você ainda não o percebeu no meio disso tudo.
Pergunta o Coração:
- Como assim? Um outro sentimento? E ainda tem lugar pra mais um?
Responde a Saudades:
- Sim meu caro, esse é maior do que eu e todos os outros, é também o mais bonito. Ainda que eu e os demais sentimentos tentemos enfrentá-lo não venceremos. É invencível. Porque é Dom de Deus e uma Dádiva da vida.
- É o Amor! E só sentimos saudades daquilo que Amamos.
Diálogo entre Pai e Filho
(Ivan Teorilang)
Estilo do autor: Tercetos sonoros, livres.
Com 46 caracteres (c/ espaço) para cada verso.
Meu Pai, por que motivo me desamparaste assim?
Passam-se os séculos, e a humanidade continua,
crucificando-me, com este desrespeito sem fim.
Por que em Tua sapiência, Teu filho me fizeste
mas, privaste-me de toda Tua infinita bondade,
tiraste-me até na infância, da morada celeste?
Qualquer pai terreno tem mais amor em sua cria
defendendo-a do mal, e salvando-a dos perigos
além de protegê-la sempre de qualquer agonia.
Criaste-me como a todos, pela luz da gestação,
mas reservastes para mim o mal fadado e cruel,
destino sombrio e doloroso, da incompreensão.
Permitiste que fosse perseguido pelos romanos
apesar de minha bondade com todos meus irmãos,
colocando-os na especial condição, de humanos.
Abandonaste-me quando eu de Ti mais precisava,
Viste-me ser açoitado, mas não me defendestes,
ignorou quando o centurião na cruz me pregava.
Ainda hoje pelo mundo impera tanta ingratidão.
Sofri morri por todos, mas tem até quem evita,
meu nome por falta de crença, até por aversão.
Que glória inglória esta meu queridíssimo Pai,
sendo, teu filho unigênito, tenho menos valor?
Peço, humildemente, que minha alma, apaziguai.
Meu amabilíssimo filho não existe neste mundo,
criatura mais querida, importante, e especial,
meu sentimento por você, sempre será profundo.
Minha existência, junto com a sua se completa,
a humanidade certamente sem mim, não existiria
e sem você ela vagaria sem rumo neste planeta.
Nosso sacrifício empenhado, fora sobre-humano,
para que seu povo consciência adequada tivesse
pois só assim faríamos dele um povo, soberano.
O meu sacrifício foi usar meu filho unigênito,
a ser por todos imolado e crucificado, em vão,
a humanidade, não poderia vagar, sem espírito.
O teu sacrifício todos acreditam que conhecem,
mas maior, foi sofrer esta grande ingratidão,
agonizaste por todos, mas relevam isto também.
Se ainda lamentas tanto por ter te abandonado,
imagine qual o tamanho desta minha frustração,
causei-te tanto sofrimento e és desacreditado.
Entendeste, se caso meu plano fosse diferente,
dando-te, amplos poderes, proteção e regalias?
julgar-me-iam agora, por prepotência aparente.
Preferi passar a eles, o sentido da humildade,
pois para todos proporcionei a mesma essência,
não poderia caber-lhes, a invenção da vaidade.
Me sinto bem quando escrevo.Não vejo um monólogo,mas sim um diálogo entre os pensamentos de um eu-lírico e suas palavras.
Você fica horas imaginando o diálogo entre vocês dois. Chega na hora você perde o sentido e fica muda.
Pequeno diálogo entre Lucius e Diamántinus.
Diamántinus: - Caro senhor Lucius, fala-me mais um pouco sobre a existência do Inferno e sobre aqueles que desacreditam nele?
Lucius: - Claro, nobre e excelente Diamántinus.
Com prazer...
É conspícuo nos riquíssimos Evangelhos, notarmos que O Cristo, Mestre dos mestres, se expressara mais sobre o Inferno eterno e ardente em chamas que consome a Alma, como se em vida estivesse, do que da própria existência do Céu. E isso fez por um único motivo: ALERTAR os Homens quanto à sua MACABRA existência. E obviamente, os advertindo em evita-los que caiam lá.
Quanto aos incrédulos, restar-nos-á saber se são ou corajosos, ou extremamente descrentes, ou se são perfeitos imbecis. De qualquer forma, como só se vive uma vez, eu não quereria pagar para ver. ( Por enquanto é isso).
Diamántinus: - Obrigado senhor LUCIUS. Por enquanto, isso é o suficiente. Gratidão.
Às 08:33 h 31.07.2023
Diálogo -
Ricardo Maria Louro:
- A Vida é um intervalo
entre uma Vida e outra Vida!
Entre de onde vimos
para onde vamos! ...
Celeste Rodrigues:
- Quero lá saber
de onde venho
e para onde vou!
Interessa-me apenas
onde estou e como estou! ...
Ricardo Maria Louro:
- Sofre-se menos, realmente!
Mas não haveria Poetas ...
(No Café/Restaurante Monte Novo
no Campo de Santana em Lisboa)
Essa vontade de atacar um ao outro deliberadamente está levando o diálogo democrático a ruína entre imprensa, poderosos e internautas. Isso tem que mudar radicalmente!
E a vida é um diálogo fabuloso que se constrói entre sonhos e realidade.
Ousar, sim. Ousar muito, como se em cada fim houvesse um começo de alguma coisa nova.
E que amem, e ame- se, perdoem, e perdoe- se com a mesma espontaneidade com que se respira, por que, se não for hoje, amanhã há de ser.
A única via de compreensão entre os diferentes é o diálogo. O fato de se evitar este revela muita coisa.
Um diálogo entre o filósofo e o poeta- ambos habitam em mim
- A vida está passando, meu caro poeta, então o que foi que fizeste da vida?
- Fiz muitas coisas, aliás fiz mais poesia do que coisas, afinal as coisas se diluem com o tempo; já a poesia, esta flui como o rio de Heráclito, se transforma.
- Nada permanece para sempre, poeta, nem mesmo o rio, tampouco tua poesia se transformará em algo concreto.
- Mas o que queres dizer com isto, meu caro filósofo, tens tu produzido algo imortal, algum pensamento que suportará o crivo da eternidade, caso ela exista de fato?
- Creio que não, e, todavia, enquanto observo e descrevo o mundo sensivel, tu ficas aí com as tuas viagens metafisicas, tentando encontrar a razão para a existência do tudo e do nada.
- Quem de nós dois é mais alienado? As coisas são o que são, e isto não tem autoria intelectual, elas são como são, nós é que tentamos lhes dar outro sentido ou significado...
Além da corrupção nesse país, falta diálogo entre as Secretarias de um município. Sobra uma competição idiota e improdutiva.
DIÁLOGO – Pode designar uma conversa entre dois ou mais participantes. Em Latim DIALOGUS, no Grego DIALOGOS, “conversação”, relacionado a DIALOGESTHAI, “falar, conversar”, formado por DIA , “através”, +LEGEIN legein, “falar"! Sempre mantenha diálogo com @s alun@s!
– Você ama gente traumatizada como eu.
– Não acho que você é traumatizado.
(Diálogo entre Tom Junod e Fred Rogers)
OS HUMANOS SEM HUMANIDADE
Com bárbaros não há diálogo
Entre os boçais a sabedoria não reina
Os intolerantes não respeitam as diferenças do outro
Os ignorantes não entendem argumentos
Os alienados não enxergam os fatos
Os hipócritas dizem amar, mas matam
Os sábios
Lutam contra a barbárie
Levam paz, por onde passam
Carregam no peito, amor pelo mundo
Trazem no olhar a esperança
sem deixar de ver a realidade que os cerca
Reconhecem a dor do outro
Em tempos de brutalidade
É preciso ser luz na escuridão
Vida em meio a guerra
Flor vencendo o canhão
Fé para os desesperados
Família para os abandonados
Razão em meio a bestialidade
É preciso ter humanidade diante da crueldade
– Ei, Skinny, por que está me ajudando?
– Cara, você é o meu herói.
(Diálogo entre Jesse e Skinny Pete)
– Ouvi dizer que você pinta casas.
– Sim, é verdade, senhor.
(Diálogo entre Jimmy Hoffa e Frank Sheeran)