Diálogo
O silêncio dos cantos
Despertava ao som dos passarinhos
O som que dei à tua voz
Cantavam e me alegravam
Contavam em cantos
Me embalavam
Quanta beleza havia em melodias
Expressões cantadas, não calculadas, sem resultado exato
Mas não é sempre exato?
Não cara flor, era abstrato
Sem seus contos 'en cantos'
Não cantam mais passarinhos
Sequer diálogo
Não mais passarinhos
Apenas pássaros, que voam alto.
Fato pesquisado pela ciência é que devemos ter cautela quando conversamos cara a cara com uma pessoa. Se diz que você tem sinal verde durante os primeiros 20 segundos da troca de ideias. Nesse período o seu interlocutor está prestando atenção e gostando das informações (desde que elas sejam relevantes para o papo). A luz amarela acende nos próximos 20 segundos - você já corre o risco de soar enfadonho e perder o interesse da outra pessoa. Depois de 40 segundos, sinal vermelho - o assunto pode parecer fascinante para você, mas as chances são de que a pessoa já não esteja mais curtindo a conversa. Dê uma pausa para que ela faça suas observações. Não seja como eu que não dou chance para as pessoas falarem, afinal, elas também tem as suas ideias. O enfado é igual para os dois lados, portanto gaste seus 20 segundos da melhor maneira possível. Eu gasto meus 20 segundos, os 20 da outra pessoa e se der chance as próximas duas horas, isso no dia que não estou com vontade de conversar, quer dizer, monologar. Mas me esqueça, não sou referência pra ninguém. E você? Deixa espaço para as pessoas conversarem ou se dá melhor com o espelho, como eu?
- E a felicidade?
- Esse é um tópico muito complexo, talvez você tenha dificuldade para absorver tudo o que tenho pra expor a respeito. Quer mesmo se sentir completamente perdido enquanto explico?
- Sim. Estou animado para te ouvir, Pai.
- Certo, Pequeno, espero atender suas legítimas expectativas:
Sempre reservei atenção especial a tudo que se aproxima desse tema que provoca muitíssima curiosidade. Como você, desde tenra idade, escrevi o vocábulo repetidas vezes sem cogitar dominar seu alcance e significado.
Com maior idade, tive oportunidade de escutar o que os mais velhos diziam a respeito, ouvia com atenção suas reflexões e as reproduzia para quem, estranhamente, demonstrava interesse na mini pesquisa.
Os dias sucediam-se. Julguei-me entendedor. Capaz de produzir material autonomamente.
Pura fantasia. Não conhecia nada, decorei alguns trechos e escrevi alguns outros, mas (no fundo eu sabia), não tinha a mínima noção do que se tratava. Iludia-me. Afinal, era prazeroso acreditar que sabia o que era a felicidade: simples compilação das informações que eu havia colhido.
Imbecilidade.
Novamente em frente ao computador, e agora portando essa lucidez, passei a examinar com maior responsabilidade todo o conteúdo que esbarrava. Com a minha idade, todos já tinham se aventurado escrevendo sobre felicidade. Eu acompanhava a produção dos colegas e, sincronicamente, cultivava ardida instigação: não havia padrão; não respeitava nenhum critério. Tratava-se de um mar de declarações provenientes de pessoas que guardavam maior dedicação na obtenção de respostas, mas não extrapolava os limites que já conhecíamos.
Ninguém escreveu algo extraordinário e convincente. A pergunta permanecia sem resposta. Entretanto, surpreendentemente, alguns já estavam satisfeitos. Alimentaram sua ambição em relação às respostas que buscavam com algo que me escapava.
Isso silenciosa e lentamente provocou-me, mais do que nunca, profundo espírito investigador. O que conheciam que eu não sabia? Por que não dividem a informação para que eu conclua minha averiguação e sinta o mesmo alento que demonstram?
Mais uma vez, com as anotações sobre o colo e os pensamentos inquietos, compreendi: não se trata de um conceito, não tem padrão ou forma delineada. Apenas um nome, palavra vazia, substantivo abstrato sem significado independente. Felicidade é uma caixa grande e vazia. Colocamos dentro dela o que desejarmos e, em seguida, assumimos, de acordo com a mínima noção que temos de tudo, que o conteúdo daquela caixa é a própria felicidade.
Felicidade é o que você quiser que seja. Sinta-se feliz. Isso é felicidade. E só pra você assim é. Foi você quem a inventou. Você é quem a compõe e a sustenta, Pequeno.
- Legítimas expactivas? Não entendi.
Não ouso definir o que seja "bom senso", porque é um conceito subjetivo e, que reclama apenas o respeito mútuo, entre os que convergem e os que divergem.
Nunca nada é motivo para discussões e tristezas. Quando as pessoas discutem elas conseguem ouvir mais a si mesmas com suas razões que as razões do outro, portanto, ao invés disso, dialogar é o melhor caminho mesmo que não solucione nada, mas resolve uma coisa: o coração fica mais leve.
Defenda seu ponto de vista utilizando bons argumentos, mas não deixe de ouvir e valorizar a opinião dos outros.
Tudo que você viveu valeu a pena, não menospreze situações ou pessoas que fizeram parte de sua história, e querendo você ou não algum aprendizado você ganhou, seja profissional ou pessoal. Se na época não houve continuidade, é porque tudo tem um final. Talvez por algum motivo algo estava sendo feito de forma incorreta, e hoje você já tem a experiencia para saber o que foi. Nem sempre o erro foi dos outros, mas nosso por egoismo, vaidade ou arrogância e orgulho, reflita. Evoluir é saber reconhecer nosso erros e aprender com eles. Conserve as boas lembranças se achar que deve, perdoe o que te feriu, use sempre do bom senso, da gratidão, da inteligência e mantenha-se leve, e de abertura para o dialogo e reflexões, pois sempre foi o melhor caminho. E passado e presente devem edificar o que pretende para o futuro.
Diferenças, preconceitos e divergências, uma boa conversa com um bom.cafe e tudo fica claro, desde que ambos os lados possuam bom senso e inteligência.
A história de Adão e Eva poderia ser narrada de outra forma, se considerarmos a ideia de que Satanás não existe como pessoa ou ser, mas como parte do ego humano. Dessa forma, o diálogo entre Eva e a serpente não teria ocorrido exteriormente, mas no íntimo de Eva. E o pecado do primeiro casal foi antes de tudo a desconfiança no Criador, por parte da primeira mulher e compartilhada pelo primeiro homem. Eva não foi seduzida por Satanás na figura de uma serpente, mas seduziu seu companheiro a desconfiar, também, do Criador, cometendo ambos a primeira desobediência civil da história.
Discutir com um tolo querendo chegar a uma conclusão, é o mesmo que querer impor regras a uma pedra através do diálogo.
Perdoar não é esquecer, mas reconhecer que o mal precisa ser reparado com o bem. Há casos que um diálogo faz muito bem!
Se o fato te afetar é fatal.
A falta de tato
e o fraco olfato
da cegueira funcional,
só fenecem na convivência social.
Reconhecimento
Durante vários anos eu me apeguei a diversos cases para usar como base do meu trabalho como líder. Porém, o que mais eu encontrava, nos diversos meios de pesquisas, eram assuntos relacionados à assertividade, voltados aos resultados em extrair o máximo da minha equipe, ou resultados oriundos da administração de conflitos. Em uma breve análise, observa-se um modelo de gestão cujo diagnóstico dá-se partindo apenas da visão do gestor em via única ao seu liderado.
Então, fica a inquietação. Para obter esta assertividade é ou não fundamental a empatia? Sabemos sim que uma boa gestão traz ótimos resultados, mas o que seria uma boa gestão?
Ao conversar informalmente em várias empresas e com diversos funcionários, o que mais se ouvi foram comentários sobre a carência do reconhecimento por parte dos gestores. Em seguida questionei: "Mas que tipo de reconhecimento vocês estão falando? Seria financeiro?". E o surpreendente veio à tona: "Não, claro que o financeiro é importante, mas me refiro a um simples reconhecimento mediante a um elogio". Para mensurar o impacto desta ferramenta nos resultados de um gestor, mediante a uma queixa de um empresário sobre as quedas nos resultados, montamos um treinamento para os gestores da empresa, ao qual eram liderados por eles aproximadamente mil funcionários.
Focamos neste treinamento o modelo mental de liderança, colocando para eles a importância de nos lembrar dos funcionários também no momento do acerto. É claro, como qualquer mudança, o esforço precisou ser dobrado por parte dos líderes, pois absorver a teoria contrária ao modelo mental atual já é um desafio, quanto mais colocar em prática a mudança e para concretizar esta ação é preciso disciplina e flexibilidade. Para facilitar esta mudança, adaptamos um procedimento em que, a cada 15 dias, os gestores iriam fixar seu olhar no reconhecimento. Definimos, então, alguns critérios simples descritos a seguir, ficando também como sugestão a você gestor:
1 - Programar previamente em sua agenda o dia que terá este olhar, a cada mês.
2 - Prestar reconhecimento pessoalmente, não por e-mail, por exemplo.
3 - Elogiar apenas aos funcionários merecedores e em particular, caso contrário, a ação fica sem credibilidade e soa de forma não verdadeira.
4 - Para os funcionários que não atingiram a excelência para o elogio neste período, chamá-los individualmente para uma conversa instrutiva, sem julgamento. Este diálogo precisa ter o intuído apenas de entender o que está acontecendo e o que poderia ser feito para melhorar o desempenho.
5 - Quebrar a barreira entre líderes e liderados, incentivando a funcionário a estreitar a distância, potencializando o diálogo frequente e quebrando este paradigma.
Após implantarmos este modelo de gestão, em 30 dias já foi possível medir o impacto positivo desta ação, tanto no clima organizacional como nos resultados. Vale a pena investir nesta ferramenta. Forte abraço e sucesso sempre!
- Sabe, talvez isso tudo seja proposital de sua parte. - Sophie tomou seu lugar no lado preferido da cama e arrumou o cobertor na altura do tórax, sendo minunciosamente seguida por Ben, que ainda permanecia de pé, na porta do banheiro - Talvez você não queira que eu te entenda. Cria essa barreira entre nós por pura comodidade e sequer se importa em ser compreendido. Sai andando por aí com seus mistérios e confusões, mas não se interessa em desvendá-los. Quer torná-los amigos? Por experiência própria, posso te dizer. Essa é a maior idiotice que você pode fazer."