Devorar
Queria conseguir calcular todas as vezes que sinto teu olhar me devorar.
Queria conseguir escrever o que meu coração diz quando você coloca a cabeça em meu peito todas as noites para dormir.
Queria que meus olhos falassem toda felicidade que eles sentem todas as manhãs ao te encontrar em meus braços.
Queria que o mundo sentisse o terço do amor que sinto ao ouvir o som dos teus lábios sussurrar "Eu sou louca por você".
Vou degustar outros ares, novos mantras e músicas. Devorar os segredos e digerir o dom. Vou esculpir o vão e redesenhar velhos mares, fazer da vida um folguedo num real sonho bom. Vejo o ser montanha russa, dando tapa na fuça da depressão. Vejo a beleza em rubores de fúcsia, sendo cor ou sendo flor, sempre adoração.
Morfeu sibila nos meus ouvidos. Pesam minhas páupebras de estanho. Pesadelos anseiam para devorar meu cérebro. Sono!
Hoje meu humor, pensamentos e atitudes estão para me devorar, porque até comigo mesmo, a paciência está curta. E isto me irrita. Irrita-me porque minha tolerância está à zero ou abaixo de zero. Há dias que penso que as pessoas fracas deveriam ser deixadas a sua própria sorte. Deveríamos deixá-los as conseqüências e efeitos de suas escolhas e fraquezas. Deveríamos obedecer à ideia e teoria de que o mundo é governado e vivido pelos mais aptos.
Quero devorar-te aos poucos...
Adentrando as partes mais psicodélicas do teu ser.
Tornado e sem eu, sendo você.
Devorar-te aos poucos...
Vou devorar todas as flores...
encontrar com o beija-flor
vou brincar com os insetos psicodélicos desse nosso imenso jardim.
Vou infestar o seu céu...
vou te tirar pra dançar.
Nossa dança perfeita
degustar de todo o néctar que tem tua flor.
O jardim de minha cabeça foi aberto.
De dentro de minha visão sai cores....
Vou devorar todas as cores, que tem a vida.
Minhas unhas traz vermelho chita.
Pois sou mulher, mas sou também menina.
Vou devorar...
devo...
devorar...
todas...
as flores.
Beija-flor.
Minha forma natural de ser volta a viver.Vou devorar todas as flores...
e ir de encontrar com o beija-flor e voaremos pro nosso pequena espaço.
“Vou devorar os livros. Desempoeirar as prateleiras. Engolir palavras. Enriquecer minha retórica. Digerir idéias. Falar de amor. Amar. Ser amor. Tocar violão. Ser canção. Ajudar irmão. Ser irmão. E não apenar viver de sonhos. Mas ser um sonho.”
Olhe-me desse seu jeito como quem quer me devorar discretamente.
Jeito de quem entra na alma pra despir o corpo.
Às vezes me sinto tão forte, capaz de devorar o mundo. Às vezes, me fragilizo com coisas mais tolas. Me sinto tão completa e tão insegura ao mesmo tempo.
Sofro de carência e me esbaldo com tanto afeto.
Com toda essa dualidade de sentimentos, meu corpo muitas vezes se cansa, porém, minha alma continua serena e em paz.
Pensando em lençóis
Recebo seus beijos, com a boca pronta pra te devorar.
Te digo boa noite, querendo ao seu lado estar.
Não demora e de novo, minha pele estará na sua.
Para fazermos amor intenso, no calor do sol ou sob a luz da lua.
Me aquece lembrar, neste frio de agosto, que na cama sou seu moço.
Sua boca na minha, acelera o batimento.
Minhas mãos percorrem, os caminhos de seu corpo em movimento.
Somos animais, trocando razão por instinto selvagem.
Na mente, não se passa nada, além de sacanagem
Ah... Esses seus olhos que me olham com a fome de quem quer devorar a vida! Me percorre com a certeza de quem quer se perder. Eu sou seu mau caminho e você, todo o meu bem querer.
MONOTONIA
A MONOTONIA QUERIA FAZER PARTE
DO MEU COTIDIANO,
DEVORAR MEU TEMPO,
DIA APÓS DIA, ANO APÓS ANO.
"TRABALHE PARA VIVER
VIVENDO A TRABALHAR.
ESTUDE SOMENTE UMA GRADE CURRICULAR
A FIM DE SE GRADUAR.
VIVA UMA VIDA SEM DESENVOLVIMENTO
NEM BUSCA DE RESPOSTAS PARA SUAS QUESTÕES,
VIVA NA RESIGNAÇÃO E ACOMODAÇÃO,
E SEJA INDIFERENTE QUANTO ÀS REVOLUÇÕES."
REPLIQUEI QUE SUA EXISTÊNCIA
PARA MIM ERA UMA LÁSTIMA.
POR QUE VIVER UMA VIDA MONÓTONA
SE POSSO VIVER UMA VIDA FANTÁSTICA?
Peleja com a saudade
Quase insuportável
Hoje ela esta
Tenta devora-me
Arrisca devorar-se
Ajeita-se
Enfeita-se
E me chama pra peleja.
Ah, como é bom confronta-la!
Fazer pilera
De suas mazelas.
E nessa luta
De rusga tão muda
Seu grito em mim é infinito.
Ah, esta saudade enfim!
Gosta de se manter assim
Intensa e sádica
Aflorando ate na hora
Que teus braços embrulham-se em mim.
Ah, saudade deixa de munganga,
E vai embora daqui.
Enide Santos 03/12/14
Linda, não basta
Eu vou é devorar, vou é devorar
Você
Linda, me abraça
Que eu vou é respirar, vou é respirar
Você