Devolver
Quem dera eu pudesse voltar como era antes
Eu sem saber lidar, o que você dirá?
Será se eu não falar você vai se ligar?
Nada vai me trazer nem devolver o que era antes
Eu vou voltar no tempo só pra reviver o que era antes
Eu acordo pensando em te ter
Sei do erro e vim me arrepender
Traz de volta o nosso amor
Isso não é caô
E, por favor, devolva o coração
Que tu levou
Vamos pegar o amor que encontramos
E devolvê-lo a nós mesmos
Às vezes essas coisas não funcionam
Às vezes não haverá mais ninguém
Eles disseram que nunca chegaríamos tão longe
Mas aqui estamos nós
Ainda estamos contando estrelas
Como se tivéssemos dezesseis anos
Provar da indiferençade alguém que você considera insubstituível como ser humano é uma experiência cruel, mas isso nunca deve te fazer devolver a mesma atitude, nem mesmo descontar em outras pessoas.
Amar é querer para si sem querer possuir; é querer participar sem tirar uma parte; é pegar um e devolver dois; é confundir nada com tudo e o fim com o começo. E ser amado é ser sortudo e não guardar segredo.
“Nunca me deram um lápis, meu primeiro poema foi escrito com um lápis emprestado, devolvi ao terminá-lo, mas quando comprei meu lápis, nunca encontrei quem o emprestou.”
DEVOLVA-ME
Devolva-me a direção, por favor
Que tu roubaste do meu coração
Preciso me ter, ter o meu dispor
Pois tu deixaste no peito um vão
Devolva-me o que levou do olhar
Arrancando o sentido do encanto
Restando a desilusão a questionar
A sangrar, e a sofrer, tanto, tanto
Dói, pois a quietude foi-se embora
Tudo é ser apenas, por apenas ser
Só há o meu desprazer aqui agora
Devolva-me a meu ardor, faz favor
Já não aquento mais, assim, sofrer
Afligi saber que ainda és um amor...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
02 outubro, 2021, 14’30” – Araguari, MG