Devemos sempre sonhar
"Sonhar é sempre possível, mas enfrentar uma batalha em busca desses sonhos, não é nada fácil. Mas não desista, pois a sua vitoria vai depender só de você, da sua determinação."
Sonhar
Sempre sonhar
Sonhar mais
Sonhar demais
Sonhar sempre demais
Aprender sempre mais
e querer
Querer sempre o melhor
e fazer
Fazer o melhor que puder
e dividir
Com que chegar e estiver
e ficar
Ficar somente
Com o que precisar
e jamais precisar
odiar ou mentir
repartir
Tudo aquilo que sonhar
e sonhar e querer e fazer
e um dia partir
e deixar por aqui
O que de melhor puder
e saber
saber de uma forma
Consciente e serena
Que a vida valeu à pena.
Edson Ricardo Paiva
Toda noite chega de mansinho sem me avisar
Abraça-me forte e me faz sonhar
Toda noite sempre fico à sua espera
Não durmo enquanto não chega
E quando vem adormeço em seus braços como uma criança.
È um alívio da dor para o corpo e mente
Minhas noites são assim quando o SONO chega.
Sonhar, conteúdo dos sonhos e a sua interpretação sempre foram objetos do meu interesse de modo que, desde garota sempre li sobre este tema e tentei interpretar os meus sonhos. Acertei em algumas vezes; errei noutras. A princípio, ficava curiosa com o(s) significado(s) do sonho a partir da(s) imagem(ns) que o marcavam, e recorria a “manuais” que trazem exemplos como:
- sonhar com arco íris é sinal de sorte e êxito em tudo que desejamos realizar porque entramos em contato com energias superiores, que nos permitem tirar o máximo de proveito de nossas capacidades e habilidades pessoais;
- sonhar com animais ferozes: vê-los - deveremos guardar-nos da inveja dos demais; se nos ameaçam - nossa vida está em perigo. Em geral, os animais ferozes nos anunciam dificuldades profissionais.
Nesta linha, há muitos livros mas citarei dois deles: “O grande livro dos sonhos”, de Emílio Salas; “Os segredos dos sonhos”, de Roman Cano.
Este tipo de leitura não foi suficiente e passei a ler sobre a história dos sonhos, quando me deparei com algumas obras, inclusive o “Livro dos sonhos” de Jorge Luis Borges (1899-1986).
Nesta obra pode-se “viajar” até os primórdios das civilizações e se aproximar um pouco das interpretações dos sonhos sob diferentes óticas: místicas, filosóficas, religiosas etc. Ela é, assim, apresentada: “Este livro de sonhos que os leitores tornarão a sonhar abarca os sonhos da noite – os que eu assino, por exemplo – sonhos do dia, que são um exercício voluntário da nossa mente, e outros de raízes perdidas: digamos, o Sonho (anglo-saxão) da Cruz.”
Daí, tentei me aproximar um pouco da teoria dos sonhos de Sigmund Freud (1856-1939), aquele que, no dealbar do século XX, revigorou a antiga concepção de que:
“Os sonhos são, simultaneamente, significativos e importantes: não sonhamos nada que não seja uma expressão relevante de nossa vida interior e todos os sonhos podem ser entendidos se dispusermos da chave; a interpretação é a ´via regia´, o principal caminho para a compreensão do inconsciente e, por conseguinte, a mais poderosa força motivadora tanto do comportamento patológico quanto do normal. [...] o sonho é a consumação das paixões irracionais, reprimidas quando estamos acordados.”
A interpretação freudiana dos sonhos baseia-se no mesmo princípio subjacente a toda a sua teoria psicológica: o conceito de que podemos ter anelos (inconscientes), sentimentos e desejos motivadores de nossas ações dos quais, todavia, não tomamos conhecimento por razões diversas, incluindo o medo de perdermos a aprovação de pais, amigos; a necessidade de não nos sentirmos culpados; entre outros.
Coloquei a mão mais acima e alcancei um jovem contemporâneo de Freud, Carl Gustav Jung (1875-1961) que o encontrou pessoalmente em 1907, quando o visitou, em Viena e, logo, Freud reconheceu o valor de Jung vendo neste um filho mais velho.
Mas, em 1912, o Livro de Jung “Metamorfose e símbolos da libido” marcou as diferenças doutrinárias profundas que o separaram de Freud porque, enquanto para Freud, a única interpretação possível de um sonho está na teoria da realização de um desejo, Jung foi dispensando a livre associação e, de forma igualmente dogmática, tendeu a interpretar o sonho como a manifestação da sabedoria do inconsciente e a afirmar que a voz em nossos sonhos não é nossa, mas provém de uma fonte que nos transcende.
Um parêntese:
São inúmeros os livros de Jung. Gosto muito de “Memórias, sonhos e reflexões” e, também, de “Vida e obra”, escrito por Nise da Silveira.
Neste caminhar, conheci Erich Fromm (1900-1980) e me detive mais em “A linguagem esquecida”, obra que consegui no Sebo, em Salvador, que faz um paralelo entre as teorias do sonho de Freud e de Jung.
Ao retomar essas teorias, Erich Fromm demonstra maior aproximação com a Teoria de Jung, embora ressalte:
“A diferença entre a interpretação de Jung e a minha pode ser resumida nesta afirmação: Concordamos que muitas vezes somos mais sábios e dignos dormindo do que acordados. Jung explica o fenômeno com a hipótese de uma fonte de revelação que nos transcende, ao passo que eu creio ser nosso o que pensamos durante o sono e haver boas razões para o fato das influências a que estamos sujeitos em nossa vida de vigília terem um efeito sob muitos aspectos estupidificador sobre nossas realizações morais e intelectuais.”
...Coração Inquieto...
Acalma,coração
Sossega,coração
Não ande por aí sempre a sonhar ,
Não sabes que é em vão ?!
Acorda,coração
Caia na real
viver assim não é normal.
Entre na sincronia
bata em sintonia
Liberta-se,coração
Aproveita o tempo
Viver preso é um tormento.
Descansa,coração
Não bata em disparado ,
Só em ver o seu amado.
Guarde sua energia
Pare de agonia
Deixe de inquietação
Oh! coração.
Nem sempre sou séria. Gosto de sonhar e de imaginar, de naufragar nas emoções do momento e na beleza dos detalhes, sem abdicar da minha sensata e verídica loucura real. Os estereótipos não me interessam e não cobiço a vida alheia.
Eu costumava sonhar
que pra sempre haveria um nós.
Agora estou aqui atolada
em sonhos que deram em nada.
Eu costumava sonhar
que pra sempre haveria um único caminho
pra você e pra mim...
Agora, no caminho, sigo sozinho.
Eu costumava sonhar que pro meu sonho se realizar
seria suficiente eu apenas sonhar.
é eu costumava sonhar....
Sempre a Sonhar
"Sempre me pego sonhando acordado
Esperando que meus sonhos virem realidade
Sempre me chamam de sonhador
Me pergunto: Mas que mal me faz em sonhar?
Sempre em meus sonhos estou feliz, meu mundo!
Lugar onde acredito que tudo pode acontecer.
Sempre, para sempre, mas porque pra sempre ?
Talvez sempre vamos poder fazer escolhas
Certas, erradas, Felizes ou infelizes.
Vivemos o mundo que escolhemos viver
Porque não viver o mundo dos meus sonhos?
Sempre acredite. Acreditar é sempre poder sonhar."
""Viver aquilo que a gente sonha, nem sempre é tão fácil... Mas nunca deixe de sonhar, pois o sonho é o inicio de toda a realidade"
Ela vive sempre a sonhar
E caminha entre as nuvens
Alma ingênua só quer amar
Sem pensar nas intempéries