Devaneios Loucura
Entre o grande amor. Felizes são aqueles que por medo e sanidade conseguem administrar o gostar entre os seguros limites.
Paixão...
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... Paixão...
É carne que queima em libido!
Permitido ou proibido,
É fogo que chameja dos olhos,
Chama que asperge o coração
Desprovido de razão - em penúria -,
Sangrando ao fulgor da desmedida introspecção;
Arrebatamento que se arrebata
Na desenfreada luxúria,
É loucura sem contentamento,
Folha ao vento que se desenlaça
Num débil afago ao brando vento que passa
E sem graça, ri de si...
Mas é só um riso, nada mais...
Apenas um vermelho olhar, nada mais...
Um pensamento qualquer, uma abstração,
Meramente um fogo que chameja na ilusão
Da mais febril desconexão
De sentimentos e razão...
É paixão, nada mais que paixão.
Canção / Samba
Samba de Um Amor com Triste Fim
Se meu pranto não cessar, até que o dia amanheça
Eu vou te procurar, me dê um remédio que me adormeça
Meu coração já não sabe o que faz, com tanto sentir
Passo a noite acordada, sonhando...
Me sentindo culpada por não dormir
Na sua mesa eu vou chorar
Pois o devaneio se instalou em mim
Me seduzi pela beleza
De um amor com triste fim
A manhã já passou
Mas o meu pranto não quer cessar
Se seca ele; chora o meu coração
Em segredo a fantasiar...
Se meu sono não voltar
Até que eu enlouqueça
Eu vou te procurar
Me dê um remédio que me entorpeça
Para você vou implorar, na sua mesa....
Não deixe que eu me perca
Ter razão para amar dói na alma e na cabeça.
Perdido no acaso, louco te encontro. Nem mesmo sóbrio ainda fico, quando ouço o teu canto. Céus, quando poderei te encontrar? Se o acaso me permite, eu não hei de hesitar.
Turbulência Interna
Tenho dois cérebros em luta constante,
Um que busca a razão, outro a loucura,
E no embate dessas forças opostas,
Eu sigo em busca de minha nobre cura.
Estou sempre em conflitos antagônicos,
A criar em mim um mundo de ilusão,
Que me faz oscilar entre os caóticos
Pesadelos dos meus sonhos de perdição.
Paredes nuas que escondem segredos,
Retratos que revelam só metades,
Eu construo meu mundo com esses medos,
E me perco em devaneios e saudades.
Mas ainda há um fio de esperança,
Que me leva a olhar pela janela,
E lá embaixo, a música e a dança,
Fazem eu esquecer que sai de uma favela.
Sou um pouco louco
com relação à minha sanidade,
mas muito lúcido
quando se trata de meus devaneios.