Devaneio
REMENDO
Foi o devaneio que guilhotinou
os sonhos. Os fez sem aparato
E se estão intactos, aqui estou
invisível no evidente anonimato
Desenhei quimeras com giz
sem tronco, cabeça e braços
Colhi amor que ninguém quis
pra remendar os meus pedaços
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2017, julho
Cerrado goiano
RECÔNDITO
Falei tanto de solidão, de devaneio
De sonhos, galanteios e desgraça
Em tudo fugaz, que vem e passa
No piscar de olhos, com que veio
Tal desventura e ventura e graça
Choro e riso, a liberdade e o freio
Tão pouca a sorte tive no sorteio
Tudo agridoce tal fogo e fumaça
O autêntico senso, é de mansinho
Penetra na alma, no amor orgulho
Tem olhar manso e melhor carinho
Se vem e devassa, é um engulho
Silencia, no doce poetar, definho
Suspiro, perfurando sem barulho
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
2018, 06 de outubro - Cerrado goiano
Olavobilaquiando
É, tentei de novo
acreditei,
vi em teus olhos saudades
me enganei.
Foi mais um dos meus devaneios
um sonho a mais errado,
louco, torto...engano !
Na loucura dos meus devaneio vou me perdendo, me esquecendo.
Há tempos que esqueci de mim. Vou adormecendo nos sonhos, desejos...escrevendo contos: o mocinho é você.
Sou a garota adormecida, esperando um beijo...querendo músicas !
Que escreve poesias noite e dia, que te manda emails.
Sou a garota que chora quando não te ver, que sente falta do teu sorriso, do teu olhar, que baba com tua voz. Que implora, mendiga... a garota que venderia a alma, daria uma vida pra te ter, um minuto pra viver !
Devaneio
Delírio vago
Entusiastas de sonhos, lembranças
Essa capacidade de imaginar, de cativar
Abraçar o novo sentido da vida
Envolvido de instantes singelos.
Se algum dia, por um instante de devaneio eu me conceber, tal qual, como uma pétala esverdeada da pequena flor na vasta Grande Floresta colorida da vida, humildemente já me darei por satisfeito e em lagrimas sorrirei na janela, eu murmurarei bem baixinho, em pensamento. Valeu a pena.
Seria um devaneio roubar teu coração ?
Tu és sol que irradia .
És uma luz que se faz presente na escuridão .
És uma poesia que nós remete alegria .
És um barco que sai sem rumo e direção .
Tu que és pura como criança
És bela como uma canção .
No teu olhar vejo as estrelas .
E no teu corpo toda constelação .
Tua boca és um poço de desejo.
Em minha mente todo tempo lê vejo.
Sonhando acordado,anseio .
No entardecer em que lê beijo.
Tu que és a noite e o dia .
És o outono e o verão .
És a canção mais perfeita .
Que nem se quer bethoven teria tamanha imaginação .
E no meio de todo este impasse ,só me vinha uma questão.
Seria um devaneio roubar teu coração ?
Sou literalmente
O próprio devaneio
Como a lua
Cheia de fases
E até faces
Falsa ?
Jamais
Apenas humana
"Criança Divina, é sonho, fantasia, luz, esplendor, ingenuidade, devaneio, emoção, coragem, ousadia, espontaneidade. Ela é a sua intuição. Ela é a sua melhor parte. Ela é livre! - Não permita que o adulto a roube de você..."
☆Haredita Angel
Gritava o louco em devaneio pela avenida à fora, ao perceber que as pessoas
são exacerbadas em apegos agarram-se a objetos
querem possuir tudo.
``Quem é dono de quem?´´
Eu só sei que amando,
amo a mim.
...e não amo nada,
apenas devaneio,
oque a vida me dá de espelho,
pois olho e só vejo,
oque chamam de desejo!
Não ache bonitinho, lindinho o devaneio, o classificado de sonho aquele fantasioso aludir de seus filhos, recharssados em utopias.
Mostre-lhes oque se amostra como realidade.
Serão mais lúcidos e usarão menos ante-depressivos.
DEVANEIO!!!
Onde estava Deus quando das guerras e
carnificinas?
Onde estava Deus por não perceber a criança recém nascido ao relento e até sua morte?
Onde estava Deus, onde ao cair da noite veio também o feminicida, o atentador de todas as atrocidades?
Onde estava Deus? ... que não barrou a tragédia, o caos, os holocaustos diversos, as pandemias, e os idealizadores de algo que morreram sem vivenciar suas epopeias.
Onde esteve Deus o tempo todo que parece não ouvir os acometidos de canceres e todo tipo de enfermidade e suas agonias?
Onde está minha consciência em indagar a ausência de Deus?
Com tantas perguntas, e tantas inconsciências em apenas um molecular ser, feito eu, num intestino cósmico enraigado nesse algo que só ver valor, por um imaginário estúpido e tolo.
Onde estava Deus que me gerou sem que eu pedisse e que veio mudar um quebra cabeça particular e ainda buscá-lo e, justifica-lo.
Mas sei também que as agruras do, " quem somos nós", arremetem-nos ao devaneio do medo de perder-se de algo que jamais teremos.
Somos temerosos da mão imaginaria de um deus tirano e perverso.
Ora, se ontem, não fostes, acreditas que, amanhã o serás?
Porém é o eGo, a mente que nos desnorteia
Aínda estou digerindo a ideia, em que o homem relutante, persiste neste devaneio,
a tolice viciosa de não sair dessa prisão chamada eGo?!.
Só se entende o mundo vivendo em devaneio, e só estando neste transe!
Despertos somos, humanoides robotizados.
Devaneio de amor
Romantizar a vida
Romantizar as escolhas
Romantizar o sorriso
Romantizar as palavras
Às pessoas andam tão vazias
Que o romantismo tornou-se brega
O afeto sem graça
O amor uma tolice
Fracos e sem graças andam enfileirados
Ó forte como tú és insano
Ainda dizes por aí com orgulho sobre seu pensar
Bate no peito como um gorila
Até os animais ferozes sabem amar,
Mas está você aí, urgindo como um leão
Amedronta quem tenta se aproximar
O toque te assusta, não permite o contato
Ah ... Quanta solidão!
Esse peito carrega o pesar da desilusão.
Quantas pedras no caminho
São muitos os fantasmas que te enlouquecem
Afugentar é tudo o que sabe fazer
Fraudulenta memória
Enganadora explosão
Vazio de amor e cheio de dor.
Vai mentindo para si mesmo
Nessa iludida devagaçao
Filosofando suas ideias
Escondendo o medo que carrega
Medo de se entregar
Medo de amar
Medo de ser sensível
Medo de se machucar
Bate no peito homem forte
Bate no peito seu orgulho
Bate no peito a arrogância
Bate no peito a crueldade
É mais fácil iludir
É mais fácil enganar
É mais fugir
É mais fácil desistir sem começar.
Romantizar para quê?
Não precisa de afeto
Não deseja companhia
É tolice se entregar.
Poesia de Islene Souza
Não é mais um devaneio bizarro de um mundo idiotizado, é a realidade utópica de uma sociedade na qual pessoas gastam tempo assistindo imbecis reagirem por coisas insignificantes.