Devaneio
Enfim uma brisa
Viajei na encruzilhada perdido.
Sem noção, mergulhei no devaneio.
A escuridão me aprisionou.
A mente bloqueou.
Uma vida sem destino, sem anseio.
O pecado me cegou.
As grades me aprisionou.
Um árvore condenada.
Sem fruto, sem nada.
O inimigo apossou.
Uma confusão na mente.
Uma turbulência no coração.
Sem respeito pela gente.
Vergonha e medo eminente.
Sentimento de culpa e aberração.
Um ser indecente.
Que não entendia o rigor do destino.
Severo me assolou.
Meu espírito se turbou.
Roubou a alma de menino.
Mas é um Deus que sempre existiu.
De mim não desistiu.
Me tirou do terremoto.
Salvou me da avalanche.
Uma vida que emergiu.
Foi como mil anos tenebrosos.
A palavra que salva e do pecado avisa.
Não sabia que em mim havia tanta fraqueza.
Espero agora na fé, no senhor a riqueza.
Espírito de vida.
Enfim uma brisa.
Giovane Silva Santos
O mundo é ansioso e preocupado
O caráter descrente.
O devaneio cotidiano.
Uma loucura presente.
Deixar se ser crente.
É um ato leviano.
Crente no poder da oração.
Crente que ser coerente é a comunhão.
O desafio que se render a criação.
O mundo é ansioso e preocupado.
Engole a destreza onde o orgulho desafia.
O homem é auto machucado.
Onde estarás a vida e uma condição.
É certo.
Estar por perto.
A fé que traz salvação.
A palavra diz não turbe o coração.
Não estejais ansiosos por coisa alguma.
É o senhor que propõe o suporte.
Seja do sul a norte.
Entregue no amor da cruz a sua sorte.
O socorro é diante mil batalhas e não só uma.
A palavra é condicional ao temor e fé.
Porém tem nos dado o senhor muita misericórdia.
Ainda rebelde o mundo está de pé.
Não se entende sobremaneira.
O homem tendo o ciclo como brincadeira.
Até parece do mau uma paródia.
Giovane Silva Santos
Um sonho na mente facilmente se torna um devaneio.
Mas um sonho no papel facilmente se torna um projeto.
Oh, meu peito vazio
Que se alastra a solidão
Oh, devaneio poético
Que imunda o coração
O devaneio de poeta
Torna tudo confusão
Me sinto despertencido
Pertencendo à mim
Somente à mim
Como uma estrada de um mão
Esse meu devaneio
Me deixa louco
Com o fato de despertencer
Vou seguindo em frente
Por aí
Buscando me reconhecer
Minha oração
Força oculta x Poder oculto
Muitos vezes fui confundido entre o devaneio e a perseguição, fui confundido e fiz confusão, fui réu e vítima, delírio presente e a loucura viva que o poder oculto trafega nos faróis das cidades, o duelo com as forças ocultas são plantadas no colo do mundo.
Pai senhor, pelo que chamo a ti, sempre, sempre minhas colocações intencionalmente a chamar tua atenção, a que a impossibilidade momentânea em adentrar a segredos oculares, por todavia e experiências meditadas em anais explícitos por toda circunstâncias de avanços nas bases seculares da tecnologia e manifestações similares.
Logo, logo meu Deus venha o questionamento do que se faz essas colocações com poderio da oração.
É que a palavra diz que o segredo do senhor é para os que o temem, e tenho certeza que certos prazeres são contemplados por mais profundos laços, a décadas que os anais tecnológicos pela bagatela do usufruto do poder e a busca pelo monopólio capaz de manobrar toda condição de vida das nações, controlar as mentes já não é bobagem, a tempos e a luta pelo domínio aquece transfigurando emoções de milhares de pessoas que passam a ser vítimas do satanás vivo.
Por toda devoção, pelo que sei da tua dimensão, ao que tua ordem é a demanda que norteia o universo, ao que tudo, tudo está ao alcance do senhor, e não há nem força e nem poder que se oculta diante de ti, senhor meu pai, examina meu pensamento e confere a racionalidade e se faça presente com teu único poder soberano, pela doçura da cruz, pela maldição carregada no madeiro, em nome de Jesus, seja dada a honra e glória por toda benignidade e justiça, quebra as armadilhas de satanás, clamo pela tua misericórdia, tais investidas inimiga que provoca confusão nos lares, que afeta a racionalidade do mundo, que produz contendas nas famílias, arrebenta os grilhões da desgraça e aprisiona esse maligno e toda sua obra de destruição.
Giovane Silva Santos
Minha percepção
Quando elevo meu pensamento, seja na oração, no devaneio ou na devoção, seja escrevendo, tecendo a arte da poesia, ou meramente rimas, ou simplesmente palavras ao léo, seja como for, como quiser, xingue ou tire o chapéu, enfim, minha percepção, interferência, auxílio, influência ou dom da questão, um alimento diferente, sempre um sopro, um dedilhar, uma orientação, prefiro acreditar que são os anjos que vem acrescentar, um toque, uma palavra, uma frase, uma dica, repreendendo também, porém o contexto edifica, como se alguém acompanhasse meus passos, minha mão, dizendo, escrevendo, continue nesse ritmo, nessa canção, é uma magia, que flui, que vagueia e cria, incentiva e da vida, até aqui são 35 obras, ainda sem reconhecimento e sem dinheiro, porém o pensamento é agraciado pela recompensa da satisfação do próprio ego, meu plantio entrego, no teor dessa minha decisão e grato pelo privilégio de dedilhar a gratidão, eu sinto essa minha percepção.
Giovane Silva Santos
REMENDO
Foi o devaneio que guilhotinou
os sonhos. Os fez sem aparato
E se estão intactos, aqui estou
invisível no evidente anonimato
Desenhei quimeras com giz
sem tronco, cabeça e braços
Colhi amor que ninguém quis
pra remendar os meus pedaços
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2017, julho
Cerrado goiano
Devaneio em espiral, sinto-me um temporal em meio a este caos de vidas vividas, despidas, comidas pelo tempo. Paixões são monções em direção contrária, é um sopror guiado pelo algar das vísceras do coração.
O silêncio é a música da vida.
Nenhum de nós nunca mais cedeu...
Ao devaneio que se perdeu
Custou muito que dizer ao perceber
Que tudo nessa vida ainda pode se perder...
E quem disse que toda música de amor é só puro merchan pra
vender...
Ainda vai ter muito do que se arrepender.
Não que não seja a coisa mais óbvia a se dizer
Mas depois que terminou, nenhum de nós voltou
Não que seja a coisa mais triste a se dizer
Mas é um fato que não há mais amor
Não existe elo algum remanescente
Nenhum verso bonito num sol ardente e poente
Não é a coisa mais certa a se falar agora...
Mas sinto tanto por nós mesmos que nos deixamos morrer
Abrindo mão de tudo que nos ligava
É por isso que existe o negócio do amor
Sempre irá render muito espalhar essa dor
A doce angústia se decompondo
Em tanto mais e até em certo jocoso louvor
De cada dia morrer um pouco
Por tudo abandonado, tão atroz e jogado
Talvez seja por isso que essa música sempre tocou
No silêncio
No eterno luto de intervalos que ousamos chamar de estupor.
A espera dos dias, tão demorados
O eterno amargor por tudo arruinado
Aos poucos é possível ouvir um leve sibilar
Não de pássaros, mas só o tempo gemendo pelo o que ainda
falta levar
Sem chorar
E até indolor, incolor
O silêncio extenua e mata aquilo que queríamos que fosse amor
"E eu me pego em devaneio, apaixonado.
Imaginando como seria acordar ao seu lado.
Ter meu sonho realizado.
Beijar-lhe a tez morena, que a muito, tem me encantado.
Para vislumbrar-lhe, eu atravessaria o oceano à nado.
Mergulhei na imensidão do teu olhar e nessa escuridão estou afogado.
É impressionante, como em nós, tenho pensado.
Sonhos de felicidade, tenho fantasiado.
Quisera eu, poder realizá-los.
Fazer dos teus beijos, meu doce pecado.
Mas por não merecer-lhe, tudo isso são devaneios, de um louco apaixonado..."
Desculpa, por alguns segundos eu perdi a fala. Tive um devaneio e as palavras se foram, às vezes eu viajo acordada e não consigo me concentrar. Não me julgue mal, a mente volta ao seu lugar depois. É um loop louco, você se acostuma.
— Lua Kalt (deliberar).
Fecho os olhos e dentre inúmeros problemas me devaneio com a paz, com a paz que integrou a minha vida desde o momento que voce surgiu. O caos instaurado aqui, cessou com a ternura de teu toque e com o cálido de teu amor. Doce devaneio hoje simbolizado pela magnificiencia do teu coabitar e pela plenitude do teu amparo. Que tudo não se transforme em quimera e que o olhos transparentes continuem deduzindo todas as aflições, logo, minhas pretenções reluziram diante da totalidade, e nos unirá sequencialmente em nossa avidez, e serei inteiramente tua, hoje e sempre... mesmo que não me pertença mais.
Contraditório
Triste, triste,
Confuso,
Feliz.
Uma hora,
Devaneio em pesadelo.
Outrora,
Em nuvens passo adiante.
De que forma instável
Poderia eu
Ser formado?
A poesia viaja
Sim.
Ela é sonho.
É puro devaneio.
Muitas vezes explica.
Implica
Suplica.
A poesia é pra mim.
A realização.
Como se aceitasse meu pedido de perdão.
Ela nunca diz não.
Quando eu me calo.
Ela pede expressão.
Eu falo tanto e muito.
Aqui de fato o meu intuito.
Libertar me.
Decifrar o oculto.
Do mundo.
De mim.
Da vida.
Do tempo de luto.
Minha morte minha vida.
Minha querida Severina.
Meu barranco que escoro.
Na lua viajante que moro.
Além de Marte.
Poder e dinheiro.
Guerra com estrangeiro.
A paz, eu, timidez.
Que falta faz a loucura outra vez.
Eu rei.
Eu sem derrota.
Mas a regra bate na porta.
Eu covarde surge.
Engaiolado continuo.
A sociedade ruge.
A hipocrisia viva.
A poesia viaja.
Na mesma proporção minha mente.
Quer criar asas.
Eu questiono e pergunto.
A quem pertence a chave da algema.
Giovane Silva Santos
Devaneio
Eu me tornei demoníaco e cruel,
Perdi as chaves de nosso céu.
Quebro os portões ainda com esperança,
E destruo cada vez mais a confiança.
A busca de poder dominou a carcaça,
Antes o que era homem, hoje desgraça.
Sou o péssimo exemplo julgador e
Sigo com meus pecados, sem amor.
Mais um copo tragado com ansiedade,
Dos menos tolos, aprendi com a idade,
Aguardo que quem sabe um dia,
Possa ser metade do homem que seria.
Preso as correntes da culpa...
Dementado pelos meus erros...
Eu devaneio pelo sabor dos teus beijos...
Sigo sentido uma dor distante...
Sigo em silêncio constante!