Devagarinho
Recebo-te de braços abertos, certa de que a maturidade chega devagarinho e acompanhada da tal profundidade.
Não tenho mais os olhos de menina, mas a alma sempre será.
A maior de todas as minhas buscas será purificar o meu coração. O que te posso dar são minhas virtudes: uma delas, certamente será a bondade.
Eu quero governar o teu interior, abra a porta devagarinho, não tenha pressa, quero o beneplácito da sua guarda, abra a porta afavelmente, deixe entrar o jubiloso namorado, não é general para ser inopino, abra com gentileza a porta para o menino tomar posse com satisfação.
Borboleta
É arco-íris voando
Pousa devagarinho
É amor de asas
Nuvem passando.
É canção de ninar
Borda carinho
Baila no ar.
Borboleta é alegria
Num jardim de flores
Pousa levinho
Vira poesia.
Irá Rodrigues.
...
Eu tenho pressa em viver e ao mesmo tempo quero que o tempo passe devagarinho pra eu aproveitar cada pedacinho de segundo dessa aventura que é a vida.
Eu tenho tanto pra contar e ainda tanto pra ouvir que meu peito chega a acelerar de ansiedade só de saber que tudo que sei ainda é tão vago perto da imensidão que existe aí fora.
Eu quero poder seguir minha jornada sem olhar pra trás me lamentando pelo que já se foi e não me pertence mais, sem me prender as coisas que já vivi tendo a certeza que tudo me impulsionou pra estar hoje onde estou, sendo quem sou e caminhando pra quem ainda vou ser.
Quero a certeza de uma vida leve, mesmo sabendo que existem tantos obstáculos que eu ainda vou ter que ultrapassar pra chegar no meu lugar e poder enfim entender que a vida é finita e que cada um de nós tem um destino final.
...
Você me faz feliz
Você chegou de mansinho
e agora não deixo você ir
Me conquistou devagarinho,
do nosso amor não vou desistir
Minha vida não tem mais sentido,
você é tudo que eu sempre quis
Não existe eu sem você comigo
Você me faz feliz
Você é tudo que eu sempre quis
Você me faz feliz
Devagarinho vamos parando de sentir falta. Há um espaço maior entre os nós na garganta. O coração já sossega mais no peito. E o silêncio já não machuca com a mesma intensidade. Esse é o poder do tempo. Por mais cruel que a despedida seja, o tempo arranja tudo. Muitas vezes o silêncio é um grito que ecoa e agride o alma. Mas o tempo restaura... ele põe tudo no lugar.
Yara Alves
@linhas.da.alma
O dia terminou, o manto amarelo do Sol no céu fechou, e as cortinas bem devagarinho vem abrindo a noite, acendendo o amor, descansando a esperança, para amanhã recomeçar, assim que o sol se acordar!
E a vida vai passando devagarinho, sem pressa alguma... No balanço preguiçoso das ondas do mar beijando a areia.
A dúvida nos prende, sufoca, tortura, rouba nosso sono, nossa paz, faz nos sangrar devagarinho até que não reste em nós nenhuma gota de vida; a certeza, ao contrário, liberta independente do tamanho da dor que ela provoque.
Ninguém nasce pronto, é devagarinho que a gente vai se construindo, até chegar na nossa melhor versão.
No cardápio da vida só existem dois tipos de pessoas: as que a gente saboreia devagarinho como um vinho caro e as que a gente tem que engolir como pinga barata.
O abraço é como um band-aid que cola na pele e devagarinho vai liberando a essência que alivia a dor da nossa alma.
A gente colhe um punhadinho de paz aqui, outro ali e devagarinho vai neutralizando as guerras diárias que travamos contra nós mesmos.
A gente coloca um punhadinho de doçura aqui, outro ali e devagarinho vai neutralizando os azedumes diários.
Embora as pessoas não notassem, a menina de coração alegre e feliz, que esbanjava vida, devagarinho havia morrido. Ao seu redor cresceu uma escuridão densa e triste, que a luz da vida não era mais capaz de penetrar.
Bem-vindo outono
Os ventos frios de outono fazem vibrar as cordas do tempo. Devagarinho espalham pelo firmamento a canção da renovação. Ao som dessa melodia quase imperceptível as folhas alegres dançam no ar, até que exaustas, rendem-se à lei da vida e sem alarde deitam-se sobre o solo perfumado, dando a cor da primavera das folhas à estação do recomeço.
Depois que a gente decide soltar a mão do medo, devagarinho tudo se ajeita. As dúvidas vão se dissipando como nevoeiro em dia frio, depois que o sol nasce. O passado não nos assusta mais e as angústias ficam para trás. O futuro deixa de nos causar insegurança e a gente segue confiante na coragem que tem. Depois que a gente solta a mão do medo, o presente sorri para nós como nossa única e resplandecente dádiva.
Devagarinho, vão-se ao chão os finos véus da timidez, revelando toda a sensualidade que tem um corpo de mulher vestido somente de amor.
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