Devagar
Fui andando bem devagar sem pensar em voltar
Apenas deixei a chuva molhar meus cabelos...
Foram tantas chances desperdiçadas, coisas que eu não quero lembrar!
Com o tempo as lembranças sumiram, apenas restou um pouco de saudade...
Vida cheia de desafios, lutas e glorias
Hoje sou mais forte do que naquela época
Mais ainda me perco entre as ilusões da vida
Talvez um dia, eu entre numa sala e recorde toda minha vida
E me lembre cheia de saudades do tempo que escrevi essa poesia!
No terminal rodoviário
Olhem os ônibus chegando!
Devagar, cheios, quase parando
De repente abre a porta
Para sair a tripulação
Uns sem preocupação
Outros apavorados
Querendo sair às pressas
Para num outro ônibus entrar.
Quanta correria...
Vêm com passos largos
Os olhos ao alto a procurar
Será o meu ônibus estacionado
Ou ainda terei de esperar?
Uns com mochilas pesadas
Trazendo suas marmitas.
Outros com sua bolsa a tiracolo
Materiais didáticos, livros, sacolas
Numa correria para a escola.
É muita gente que vem e que vai
É um encosta-encosta, empurra-empurra
Todos querendo chegar
A um destino que só Deus sabe
Onde vai parar.
As filas cada vez mais longas
A busca por um assento
A lotação é incômoda
E o cansaço se estampa
no começo da manhã.
São rostos desconhecidos
E também desfigurados
Muitos demonstram cansaço
Outros tranqüilidade,
Talvez até dopados.
E lá se vão acomodados, incomodados
Segurando como podem
Equilibrando-se dentro do coletivo
E a atenção na rodovia
Indo cada qual para o seu destino
De um novo dia.
Rosa Ângela
Sem você, a vida passa devagar
Sem você esqueço de respira
Sem você o silêncio vive
Sem você esqueço até quem eu sou
Porque favor, volta e me ensine novamente a respirar.
Você,correndo no seu tempo
as vezes se achando muito lento
no tempo de andar devagar
Você,andando muito lento
pensando em correndo andar
Agora não sabe quem é...
se quer ser água
ou quer ser terra
virou a lua
mais no ar lhe espera
decidir se vai ser " ela"
Você,parando pra pensar como andar...
deixar o lento e acelerar
decidindo ainda quem será!
Você se identificando com a água
gostando de viver na lua
de pisar na terra
e de ficar no ar
Você entre o fogo e a água
entre a lua e o mar
deixando alguma coisa no ar...
Caminho com cuidado e devagar para não tropeçar em maus fluídos imperceptível que possam fazer que minhas pegadas sejam apagadas;
Pois muitas vezes minhas pegadas simples e vagarosas são melhores do que muitas passadas largas sem noções;
Aquele que não perde a meta de vista, embora caminhe muito devagar, chega antes daquele que, embora mais veloz, carece de objetivos.
Às vezes, nada é simples e não são todos que percebem as coisas. Então, elas vão continuando devagar e aos pouquinhos.
Pois é devagar que os passos à frente passam a não ser tão dolorosos, e o que ficou para trás deixa de ser ferida para ser apenas vulto. Os planos se ajustam e os sonhos permanecem, só que em nuvens que cabem apenas um, você e mais ninguém.
Dia nublado
Tarde sem cor
Pensamento caminha devagar
O vento não muda as nuvens de lugar
Segunda feira sem ver o sol se por
E essas noites que passam rápido demais, e esses dias que passam devagar! Um frio incólume, acompanha um vento despretensioso. Ele chega protegido pelo nosso corpo, certo de que o calor dos nossos braços o fará dispersar, ou se prender. Ele sabe que não perderemos calor, mas que o convidaremos para ficar, provando que corpos que se amam incendeiam cada canto onde estão.
Reinventei o amor levando a vida devagar, sem muita bagagem e sem pegar carona no desespero. Abri a porta dos sentimentos nobres e decidi esquecer essa mania de amar demais, querer demais, esperar demais. Aceito metades e me tranquilizo toda vez que imagino-as se transformando em inteiros. Dei tempo ao tempo, fechei os olhos e rezei. Um dia me disseram pra manter os pés no chão e, de distraído que sou, retirei toda a poeira da pureza que em mim habita e coloquei alguns grãos de esperança no bolso. E voei
Às Escuras
Devagar abri a gaveta
um forte cheiro de flor
tomou conta da sala
Na penumbra de um fim de tarde
meu coração acelerou
minhas mãos tremularam
De súbito me veio a memória
a velha flor por anos esquecida
aprisionada em meu caderno de rascunhos
Lembranças que ainda incomodam
verdades que religam o passado
ao presente onde sobrevivo à duras penas
Palavras vivas e libertas que saltam
de dentro da gaveta cheirando a passado
desnudando minha alma inquieta
Um frio me abate e num impulso
fecho a gaveta tentando conter o instante
tentando segurar as fugitivas lágrimas
Lágrimas que não chorei quando devia
que aprisionei, tranquei a sete chaves
junto ao medo de ousar, de ir além...
E porque quando eu te olho o mundo gira devagar, é como se fosse só nós dois … perco o chão perco o ar, é estranho é até meio clichê mas é a verdade!
"Ando devagar, sem pressa de chegar, pois sei que a cada passo fico mais perto de te encontrar e quando esse dia chegar nada mais vai importar porque a unica coisa que vai importar é o nosso amor que esta no ar"
03/08/12.
Correr atrás dos sonhos é preciso.
Quem corre por gosto não cansa , devagar se vai longe e muitas vezes é preciso diminuir a marcha para alcançar o topo.
Aqueles dias que venho devagar
Vagando pelas ruas
De manha,te tarde
So em pensamentos
So em esperanças
Parecem voltar
Parece que nunca se foi
Talvez não mesmo
Mais é difícil de acreditar
É difícil de entender
Mais também sei que vale sonhar
Pois você os torna mais simples e mais legais
Do que realmente são
Sei e desconfio dessa felicidade que um dia possa existir
Mais faço de conta que vale sonha
Mais do que viver
Respondi ao sinal da vida que pulsava devagar, escolhi ir a diante antes mesmo de me preocupar. Quem serei? Tanto faz, já nem sei.