Devagar
Ando assim, devagar e urgentemente,
Sofisticadamente muito mais simples,
Ferozmente mansa, vagarosamente ágil,
Fortemente frágil e sinceramente, muito
Mais propensa a ser intensamente intensa!
Guria da Poesia Gaúcha
Ando assim, devagar e urgentemente,
Sofisticadamente muito mais simples,
Ferozmente mansa, vagarosamente ágil,
Finitamente infinita, fortemente frágil, e
Insuportavelmente bem propensa a ser
Muito mais intensa, e verdadeiramente,
Intensamente, ando pra lá de indecente!
Guria da Poesia Gaúcha
Que eu olhe devagar para o que é belo. Que meu olhar seja esquecido sobre essas coisas e pessoas, que não haja pressa.
Alessandra Gonçalves
Ando assim, devagar e urgentemente,
Sofisticadamente muito mais simples,
Ferozmente mansa, vagarosamente ágil,
Fortemente frágil, propensa a ser a cada
Dia mais intensa, politicamente incorreta,
E sinceramente, discretamente indiscreta!
Guria da Poesia Gaúcha
Não faz assim, vai devagar
tem pena de mim
só sei fazer poema
e tenho ponte de safena
o coração pode nem suportar...
Outono é quando a Natureza poetifica as suas próprias cores e devagar desnuda as sombras dos arvoredos.
Meu coração se recusa a viver batendo devagar e eu prefiro a vida assim. Não que eu queira me apressar, não é essa a intenção, é que essa vida morninha com tudo no lugar não foi feita pra mim. Prefiro a incerteza do amanhã, o frio na barriga do não saber a ter que planejar, até mesmo o meu fim.
Conto Invertido
A rosa está na redoma,
e as pétalas,
à sua espera.
Abra bem devagar,
passe os dedos nelas.
Quem sabe com tanto zelo,
meu Belo,
você ainda amansa essa fera.
Que sentimento é este?
Que sentimento é este que me consome?
Que me mata bem devagar?
Que faz minhas pupilas tremer
E o meu coração palpitar.
Que sentimento é este que me consome?
Que insiste em me torturar?
Que vontade é estar garoto
Que eu estou de te mandar ir se danar.
Que sentimento é este que me consome?
Que mexe com minhas emoções.
Que perturba os meus pensamentos
E acaba com as minhas ilusões?
Que sentimento é este que me consome?
E faz meu estômago doer,
Deixa as minhas pernas bambas
E não acaba com meu sofrer?
Que sentimento é este que me consome?
Que raiva é esta que estou sentido de você?
É o ciúme maldito,
Que insiste em dentro de mim sobreviver.
Que sentimento é este que me consome?
E tira todo o meu sossego.
Esta noite eu não durmo.
Rogando-lhe pragas a noite inteira.
Que sentimento é este que me consome?
E de mulher me transforma em menina.
Que de noite sozinha chora,
Desejando a sua companhia.
Autora: Khenya Tathiany
Pensamentos
Madrugada escura
Levanto-me devagar
Não raiou o sol
Mas já estou a pensar
Muitas coisas vem na cabeça
Muitos pensamentos me rodeiam
Como um trem que passa
e leva por inteiro
Pensamentos vão e vem
uns bons outros maus
Devemos sempre superar
Para a vida melhorar
Dominar os pensamentos
Uma batalha constante
Conseguimos ou não domina-los
Mas sempre avantes
Você escorada na janela
devagar chego por trás
você acha graça
te beijo de leve no pescoço
o vidro embaça
Andar devagar é reflectir sobre os seus actos morais, é reparar erros e vitorias, é corrigir o ontem e organizar o amanha.
Ah querida ilusão... Me embale assim, devagar para que eu não acorde de ti e me assuste com o mundo real
"Gente
Peço que pense
Mas não pense devagar
A Terra é quente
E tem gente pra daná
Alguns têm fome
Alguns têm dinheiro
Alguns são brancos
Alguns são negros
Gente que é gente
Ta difícil de encontrar
Gente esconde o medo
Gente que tem segredo
Gente que faz da sua tristeza um samba enredo
Gente que tem amor fugaz
Gente que tem amor
Gente de guerra
Gente incapaz
Gente de lua e flor."
E o tempo passava devagar, as nossas mães arrumavam as nossas roupas na máquina de costura que tinha em casa, a gente comia aquele doce de banana com colherzinha de madeira, e o futuro parecia distante como algo que não se pode alcançar."
Cansada de tudo, preciso andar devagar, nada me “corrobora” mas que o silencio, então me calo diante das indecisões e vou seguir a vida de uma maneira meio estranha, porque o que desejamos nem sempre se concretiza.