Deuses
Viajo ao te tocar.
Abra os olhos ou durma.
Te sentir, oportunidade dada pelos deuses
não te troco, te mudo, me mude meu mundo.
A tua respiração é o som do meu universo.
Fazendo oscilação entre o bem e o mal.
No bem te aqueço.
No mal te desejo com toda a intensidade do meu amor
te escolho todos os dias.
Os Deuses têm vários nomes, o que não requer suas existências, nem imagens ou sexos, pois tudo o que foi inventado deva no mínimo ser dado um nome sendo uma matéria ou um imaginário qualquer. Definir Deus é uma tentativa de limitar o indefinido, mas a teologia define o que talvez seja conveniente e necessário. Deus sem mim continua sendo Deus, eu sem Deus continuo sendo eu.
Para a luxuosidade dos deuses, os altares são em ouro nos templos. Os deuses são os vícios da nobreza e o pecado da avareza da humanidade. Há hipocrisia nesse plano em que nunca ouve alguém maior que o homem.
Deuses, uma ferramenta psicológica usada para cobrir dúvidas, medos, incertezas, culpa e milhares de outras. Por este motivo é levado tão a sério.
E lá estava eu, enrolado nos afazeres do dia-a-dia, entregando-me às promessas dos deuses que guardam os segredos do amanhã, deixando que os dias passem por mim sem que eu passe por eles, adorava a automaticidade a que havia chegado, tornava as coisas bem mais tênues e livres de complicações.
Afinal não existia nada de tão inovador em minha vida que me propusesse qualquer perspectiva diferente, mas pensava em muitas, e quase o tempo todo, embora nunca tivesse iniciativa para me propor jornadas tão ao horizonte líquido de possibilidades do desconhecido.
Isso é sempre algo que requer insensatez, intrepidez, para não dizer estupidez. Coisas que não habitam em mim há sabe-se quanto tempo, costumo me convencer de que sou naturalmente inclinado à condutas que traçam linhas retas, sem desvios; retas ao que me prescrevo como razoável.
Mas este não é o ponto a que quero chegar.
Aconteceu que, de repente, algo começou a me incomodar o pescoço, como se alguma coisa tivesse me picado, passei a mão e me comprometi a olhar no espelho, quando chegasse em casa, tornando-me novamente aos afazeres mecânicos do que a sociedade chama de profissão.
Com certeza a dor é algo que incomoda, assim como o caos à ordem. Quando sentimos dor, o incômodo acaba com a nossa concentração e transforma a si mesmo no palco para onde vertemos os holofotes da nossa atenção.
Eu não estava acostumado à incômodos, sempre tinha tudo em ordem, estava completamente habituado ao ritmo sólido e constante com que as coisas vibravam. Mas, hoje, mal podia fazer atividades medíocres, que vinha fazendo há anos à fio.
É bem verdade que essa rotina me transformou em alguém de pouco humor, sempre mordaz com as pessoas, dono de um ceticismo intragável, às vezes, nem mesmo eu suportava conviver comigo mesmo, mas o tinha de ser, se pode fugir de tudo na vida exceto de si mesmo. Esta é uma responsabilidade de natureza perene, que cada um tem para consigo mesmo, a de arcar com aquilo que fizeste de si: ‘criaste-te, agora, suporta-te’ — pensei.
Entretanto, não posso negar, situei-me por tanto tempo fora do espaço comum, que habituei-me a minha individualidade, meu espaço sem estrangeiros, com seus sotaques de ideias, suas religiões de valores, havia muito tempo que não me metia em conflitos, era só eu e eu mesmo.
Chegando em casa, fui logo ao quarto e me dispus a olhar-me no espelho, ali, bem no sítio em que me doía insuportavelmente. Para minha surpresa, não havia nada. Exatamente, nada. Nem mesmo um único vergão, marca, bolha ou ferida. Mas doía como se o incômodo viesse da picada de um escorpião. Dizem que é uma das peçonhas mais doloridas e incômodas. Nunca fui picado, li em algum lugar. Diferente de nada, nada não podia doer tanto.
Era violenta e invasiva, a dor. Não parava de latejar, sentia-a pulsar pelo meu corpo todo, mas se concentrava ali, no pescoço. Malditos calafrios.
Todo este arrebatamento, talvez se devesse a isto estar tirando-me do comum. Deveria ter passado no supermercado depois das vinte horas, que é quando paro no trabalho, e ter comprado algo para entreter meu estômago. Isso, entreter e não alimentar, pois é isso que acontece nas sextas à noite. Mas com toda essa situação me afligindo, mal lembro se desliguei a luz quando saí.
Só consigo pensar nisso, em resolver este incômodo, que parece estar tomando o controle da minha vida. E inimaginavelmente, como pode fazer sofrer tanto algo que começou há menos de doze horas.
Reclamei tanto comigo mesmo, fiz a dor acima de todos os meus sentidos.
O que mais me incomodava talvez fosse a confissão que devia a mim mesmo. E o diabo sabe como machucar. Azucrina com o que de mais importante guardamos no fundo do obscuro baú execrável de nossas almas, mas não podemos mentir a nós mesmos eternamente. Uma hora a verdade nos consome, e o que fazíamos oculto aparece. É como mágica, fingir bem é a chave. Fingir tão bem ao ponto de que todos acreditem. E a mágica só tem poder quando nós mesmos acreditamos nela. É assim que o truque funciona.
No fundo, eu sabia de uma coisa, que quis esconder de mim mesmo, o motivo real da minha falta de controle sobre a situação, com todos esses rodeios mentais. Algo que era comum, ao menos para mim. Rodeios mentais.
Sempre tento argumentar comigo mesmo, como se existissem dois lados em disputa, um dizendo algo e o outro tentando impor suas ideias, seus anseios, em via contrária.
A dor no pescoço, todo este incômodo, esta agonia, sinto-me tirado de mim mesmo, para fora, para longe do confortável buraco onde havia me enfiado desde a pré-história da minha vida, para o horizonte líquido e detestável de possibilidades, como eu o via, mas devo admitir, que ainda sinto os lábios dela marcarem suavemente um beijo de despedida no meu pescoço.
Se o corpo é a prisão da alma, libertem-me os deuses para a vastidão do infinito. Por que não pode ser através da imaginação?
Deuses me castigam do meu erro tirando o único sol que brilhava noite e dia no meu mundo
E hoje procuro esse sol de planeta em planeta para que ele possa me iluminar novamente.
(Frase de um apaixonado)
Que os Deuses do Amor e da Sabedoria tragam a paz a todos aqueles que se lembram do Amor e do exemplo de Nazareno buscando caminhos de fé e compreensão ao próximo.
O deus caído
Todos os dias tento me lembrar
O motivo de pedir aos deuses
Para residir neste lugar,
Com toda certeza foi a pior escolha de minha alma
Dor entre dores,
Sentidos sem motivos,
Jogado no meio do espaço,
Enganado por um imenso olho azul
Julgado como fraco
Mesmo que não exista fraco ou forte,
Riscos despertam ações,
Sons despertam a morte
Um poeta a cada segundo se lamenta,
Lamenta por ter saído de valhalla,
Lamenta por ter sido enganado
Por este pequeno e belo olho azul
Flutuando no espaço
Se desligue e vá embora,
Sonhe novamente com a volta para sua casa
Pequeno deus caído,
Talvez deste modo você possa ter paz por algumas horas.
Gregory Ryan (14/03/2018)
A poesia escorre entre os verdes prados como deuses de leves asas, gotejando o vermelho púrpura dentro taça.
A grande questão não é se existe um Deus ou deuses, e sim como explicar o poder da fé, a fé é algo maior que Deus ou deuses, ela é poderosa e não pode ser questionada.
_Coração dos deuses,
calor descompassado,
de formas deformadas pela desolação,
bem pouco ter respostas num silencio.
tem por si a resposta.
Os criadores para nós mentiram no fim, Pelos deuses nós fizeram assim para agradá-los mantendo tudo em paz, Deixando todos os erros para atrás, Nós nunca deveríamos existir nesse plano dimensional, agora estamos sofrendo e a culpa é sua conhecerá nossa dor final.
Prouvera aos deuses, meu coração triste, que o Destino tivesse um sentido! Prouvera antes ao Destino que os deuses o tivessem!
São deuses aqui, pelas bençãos que chegam de ti, prá lá, felizes são todos em afazeres, artigos do necessitar, prás bem aventuranças no estar.