Deus Conta as suas Lagrimas

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O horror ao trabalho dá trabalhos sem conta.

O inferno é darmo-nos conta de que não existimos e não nos conformamos com isso.

Momentos houvera em que fora feliz, mas não dera conta.

Estar sempre entre os primeiros e saber, é isso que conta.

o lutador, na velhice,
conta à sua mulher o combate
que não devia ter perdido

Yosa Buson
O livro dos haikais. São Paulo: Massao Ohno, 1980.

Inflação é a arte de falsificar a moeda por conta do Estado.

Um vale para mim por trinta mil, mas por nada os que não têm conta.

Poucos se dão conta de que a sua morte coincidirá com o fim do universo.

Um rei muito bom

Conta-se que um fanático rei mandou construir uma cama de ouro,
muitíssimo valiosa, adornada com milhares de diamantes e mandou
que a colocassem no quarto de hóspedes do palácio. Sempre que
havia convidados o rei elogiava a cama e dizia do prazer que
sentia por receber pessoas tão ilustres. Porém, existia uma
condição: o convidado teria que se encaixar na cama que fora
fabricada sob medida. Se fosse gordo, o hóspede deveria ser
cortado para caber na cama, com a desculpa do preço e do valor da
cama.

Era impossível encontrar alguém que se ajustasse ao tamanho do
leito real, porque o homem médio não existe e o móvel do
político-rei era de tamanho único, mas as pessoas são diferentes.
Sendo o rei matemático, mandou medir a altura de todos os cidadãos
e dividiu o resultado entre os cidadãos de sua cidade, assim
obteve o tamanho do homem médio.

Na cidade havia pequenos, gente jovem, gente idosa, pigmeus,
gigantes, porém o homem mediano não havia. E a cama do rei
continuava matando o gordo, o magro, o baixo, o alto... O rei não
tinha culpa nenhuma, ele tinha o maior prazer de receber as
pessoas, elas eram culpadas, porque não cabiam na cama preciosa do
rei. Tão hospitaleiro e tão bom! Ele tinha uma equipe de
funcionários aptos para esticar o baixinho até caber na cama.
Chegava morto, claro! Eram muito esforçados aqueles funcionários
públicos, mas o homem era baixinho, a culpa era dele!

Que lição pode-se aprender! As políticas públicas existem, lindas,
perfeitas, humanas, caríssimas, preciosas! Só que o cidadão não se
ajusta a elas; eles não se encaixam nos hospitais abarrotados e
com filas de espera, não se encaixam nas escolas sem professores,
não se encaixam nas ruas infestadas de bandidos soltos, atirando
pra todo lado, mas o rei tem o maior prazer de fazer o enterro do
hóspede de graça - de graça não - toma o dinheiro do baixo, do
gordo, do magro, do alto e o investe num cemitério pobre, cheio de
mato, abandonado e triste, sem flores. O defunto foi culpado,
porque não teve dinheiro para fazer um plano de saúde e um plano
pós-vida. Que culpa tem o rei?

A educação, esta sim, é a verdadeira culpada! Por que não se educa
para a competência de enxergar e distinguir políticas públicas de
políticas privadas, mas, principalmente, aquelas que deveriam ir
diretamente para as privadas públicas?

Os homens não são importantes. O que conta é quem os comanda.

Desejais que vos tenham em boa conta? Nada de o dizer!

As lágrimas são o supremo sorriso.

Eu acredito que as lágrimas foram dadas ás mulheres para se rirem dos homens.

O vento leva
as folhas e a poeira...
voam as lágrimas

Em cima do túmulo,
cai uma folha após outra.
Lágrimas também...

lágrimas na face
lenço nas mãos -
fim de romance

A bondade é um rico manancial, que brota lágrimas ao toque da menor comoção.

Que ninguém me honre com lágrimas e homenagens fúnebres. Por quê? Permanecerei bem vivo na boca dos homens.

De que adianta?

De que adianta ter amigos e se sentir sozinho.
De que adianta nascer, sem receber carinho.
De que adianta acordar e não se sentir vivo.
De que adianta ter saúde e tudo ser cansativo.

De que adianta crer em Deus e se sentir ignorado.
De que adianta ter um coração e não ser amado.
De que adianta pensar e não ter coragem de agir.
De que adianta ter tempo, sem vontade de sair.

De que adianta lágrimas, se uso somente na tristeza.
De que adianta ter uma base e não ter firmeza.
De que adianta receber conselhos, se ninguém me entende.
De que adianta uma surpresa, se nada mais me surpreende.

Deus, para a felicidade do homem, inventou a fé e o amor. O Diabo, invejoso, fez o homem confundir fé com religião e amor com casamento.

Machado de Assis

Nota: Autoria não confirmada.