Desumano

Cerca de 205 frases e pensamentos: Desumano

Cansado de frieza recebeu o abraço da imensidão!

Por tantas noites mal dormidas, com fome, pavor, frio e na solidão.
Uma noite chuvosa entre tantas outras, mas essa continha um desespero voraz que lhe tomava a alma e o coração.
Na angústia e tentativa de fugir de seus pensamentos e sentidos, elege a bebida como companheira, irmã, amiga de todas as horas.
Deitou-se ao vento num sofrimento profundo em seu último leito embriagado de mundo.
A calçada fria e molhada tomou seu corpo frio e anestesiado pelo vício, esse mesmo vício que também lhe aquecia a carne mas não o livrou da solidão.
Apiedando-se desse grande e agora pequeno homem, recolheu seu sofrimento na imensidão.
Pela manhã seu corpo gélido e molhado pouco sendo notado pela multidão, sem comoção.
As vezes olhares curiosos ou até de inquisição, mas logo seguiam seu caminho e não sofriam.
Foi nesse momento que um pensamento sombrio e recorrente invadiu a minha mente.
Quando foi que deixamos de nos olhar a todos humanamente?

Inserida por MarcelainePorteiro

Sensacionalismo

Exausto de assistir à guilhotina,
o estomago se acostuma,
os olhos não mais vê,
o coração é incapaz de sentir.

Sangue e miolos não assustam mais.
Naturalidade desumana.

Existem pessoas que choram com a maldade humana, isso não significa que elas são frágeis, mas sim, almas elevadas que sentem como o ser humano ainda é desumano.

Inserida por DamiaoMaximino

Um artista forte mata em si próprio não só o amor e a piedade, mas as próprias sementes do amor e da piedade. Torna-se desumano devido ao seu grande amor pela humanidade — esse amor que o impele a criar a arte para o homem. O gênio é a maior maldição com que Deus pode abençoar um homem. Deve ser sofrido com o mínimo possível de gemidos e queixumes, com uma consciência tão grande quanto possível da sua divina tristeza.
(Aforismos e Afins)

Inserida por EmOutrasPalavras

Um artista forte mata em si próprio não só o amor e a piedade, mas as próprias sementes do amor e da piedade. Torna-se desumano devido ao seu grande amor pela humanidade — esse amor que o impele a criar a arte para o homem.

Inserida por EmOutrasPalavras

"Se alguém não se comove com uma vítima real por não partilhar de sua visão de mundo, este alguém não tem humanidade real - e tem uma visão de mundo realmente horrenda".

Inserida por OswaldoWendell

A VALA

Dos esgotos ao riacho, a água suja levando todo tipo de relaxo humano. Aqui embaixo, no vale dos escrotos, pouco se vê daquela selva de concreto onde a vida abstrata torna a todos os cinzentos viventes robôs, inorgânicos por natureza consumista destrutiva.
Minha pele ferida pelo tempo passado dentro de manilhas ásperas e contaminadas, enfraquecida pela carência do sol, marcada pelo desespero. Considerava-me parte deste submundo de fezes e lixo, entre os ratos e as baratas, partilhava de suas rotinas o mesmo espaço, porém, hoje percebo que sou apenas mais um fruto da desumanidade, um resto inútil que um dia foi descartado.
Pelos canos rastejei buscando abrigo, porém minha presença opressora prejudica a liberdade no esgoto, não sou resto suficiente de algo, talvez seja eu restos de nada, talvez nada. O córrego de merda desperta-me o desejo de navegar, de sair pra ver o céu, respirar um pouco melhor este ar.
Principio de um desejo a jornada rumando junto à corrente, das paredes abissais escorrem desesperança, mas, o trajeto da grande valeta parece me trazer o sentimento de um futuro favorável. Segui-lo hei na minha aventura, embrenhado na pequena mata baldia sigo, e a cada passo que dou me sinto um pouco mais vivo, pelo menos, a sensação de que o coração ainda bate me conforta.
Ruídos, buzinas, freadas, sirenes, latidos, roncos, pancadas, batidas. A cidade é um monstro estranho, não pretendo compreende-lo. Deveria me assustar, apavorar, mas ele já arrancou de mim todo o medo, consumiu-me até não restar bagaço à desfazer, ando por suas entranhas como um fantasma anônimo, perdido, avulso, perambulando leve nulo desumanizado.
Avanço pela fenda cada vez mais larga, distante dos tubos, enquanto acompanho o escorrer do denso regato fétido sou observado pelos habitantes das fossas, um desirmanado só, errando extraviado de todo o resto, perdido. Mas por que julgar de tal modo o olhar curioso das criaturas? Por que estabelecer tais qualidades tão desprezíveis à mim mesmo? Talvez minha imaginação tenha sido arruinada, uma cabeça desprovida de sonhos e esperanças, uma cabeça oprimida e comprimida de forma a servir um propósito alheio não mais pensa livremente para si.
Deparo-me com uma comunidade às margens do riacho, estranhamente sinto pelos que ali vivem o horror de ser humano lixo, descartados como bosta deste monstro conhecido como cidade. O crepúsculo triste de um sol que não se vê, torna aquele lugar mais estranho. Na escuridão vejo uma tímida fogueira, queimando lixo, iluminando e aquecendo rostos anônimos a queimar e fumar a dura pedra da decepção, cravando desilusões na mente já ludibriada pelo desapontamento vívido vivido desde a infância.
Peço-lhes fogo, para atear em minha própria fogueira, longe da desesperança e do lamento, aquecerei meu desejo de seguir adiante e matarei minha sede longe do olhar desconfiado dos que receiam. O cheiro das fezes lançadas pelos tubos empesteia a noite, e não há noia que catingue tanto a ponto de nos fazer esquecer que o vale dos escrotos foi enterrado com esterco e pavimentado com ignorância.
A chuva cai sobre nós lixos, evaporando do solo toda a podridão tornando o fedido cânion um caldeirão infectado, que logo é tomado por uma enxurrada de chorume decomposto lavado das ruas levando indiferente tudo o que havia ou não pela frente.
Fui junto, tornei-me mais um corpo inchado boiando na merda removido com repulsa e enterrado com repugnância, despido de qualquer pingo de empatia tido como resíduo inútil de uma existência desnecessária.
Tornei-me lembrança passageira de alguns ratos de esgoto, o homem que foi lixo do homem, um lixo de homem na vala de lixo.

Inserida por crislambrecht

⁠Aprendi em sala de aulas no Vale do Mucuri, que a dogmática do sistema de freios e contrapesos, conhecida como teoria da Separações de poderes, é uma espécie de controle do poder, pelo próprio poder, sistematizada em 1789, no artigo 16, na conhecida tripartição clássica dos poderes da Declaração Francesa dos Direitos do Homem e do Cidadão. Hoje, com a missão de ensinar, tenho a vergonha de repassar o modelo do Brasil, uma ditadura que mudou de lugar. Coisa nojenta, interferência de um Superpoder, um modelo Top 10, oneroso, arrogante, ineficiente, seletivo, paupérrimo de espírito, moroso, injusto, hipócrita, desumano e ideológico.

⁠GUERRA INSANA

A guerra foi declarada
De um lado a força desenfreada
Exterminando inocentes
Alegando emboscada.

Do outro lado a resistência
Suportando a guerra armada
Sonhando com a paz
Na guerra não desejada.

Muitos jovens se alistando
Pra defender a pátria amada
De armas não entendem
Mas se jogam de almas lavadas
Se espalhando pelos campos
Com armas empunhadas.

As crianças assistindo
Toda aquela confusão
Teus pais fugindo
Para dar-lhes proteção
Atravessando as fronteiras
Em busca de outro chão.

Enquanto isso acontece
O agressor reaparece
Comendo frutas no salão
Sorrindo ele anuncia
Diante da televisão
Que o ataque continua
Até que haja rendição.

O mundo todo assistindo
De ataduras nas mãos
Pois não pode interferir
Sem que haja retaliação
Nova guerra pode surgir
E exterminar a população.

O agressor enlouquecido
Pode apertar o botão
E lançar bombas de grande destruição
Para a guerra se espalhar
Jogando nação contra nação.

O agressor não é humano
Não tem alma
Nem coração
Deve ser interditado
Tirar de circulação
Resgatando assim a paz
Trazendo mais união.

Inserida por jorge_gomes_da_mota

⁠Alguém já reparo que este lugar é um Paraíso .. ,
tirando as desgraça dos seres desumanos,
este lugar é um Paraíso .. .

Inserida por ThallTALBonbor

O amor é incolor, não tem cor, nem forma. Por que não amamos a todos? Só o de pele clara, isso é muito desumano e perverso.⁠

Inserida por DamiaoMaximino


UM MOMENTO INUSITADO . . .

É patético num planeta que sofre degradação ininterrupta, extinção de flora e fauna cotidiana, desigualdades desumanas, trabalho escravo, e outros tantos descalabros, sermos convidados pela mídia á acompanhar uma coroação, isso mesmo, uma coroação.
Há também atualmente, á dúvida constante sobre quem está do lado certo na guerra, é certo que NINGUÉM, porém sim, especialistas debatem fervorosamente qual deles pode matar, mutilar, deixar órfãos, ruínas, fazem parecer que alguém tem razão, ou, alguém tem direitos á promover á calamidade.
Já refletiu acerca de tema tão atroz?

Inserida por Jboavajr

⁠Quando você desumaniza o seu próximo, qualquer atrocidade cometida parecerá nada demais.

Inserida por RogerioMoreira

O ser humano se comporta com tanta desumanidade que em algo momento, não, mas chamaremos de humano.

Inserida por DamiaoMaximino

“Mais são essas pequenas motivações incomum que nos encorajam, nos impulsionam a querer melhorar. Ainda credito que há no mundo muito mais pessoas ruins do que boas. Mas, são as pequenas exceções, são os pequenos gestos diários que nos deparamos no dia-a-dia que nos faz crer, ou, me faz crer que ainda é possível acreditar em uma nação que tenha coração. Que ainda há alguns que fazem a prática diária do amor ao próximo, do respeito, da empatia, da solidariedade. É necessário ter fé em uma sociedade que anda tão desumana."

Inserida por DriuKilberg

⁠"Apresento-me como gente não para amedrontá-los, mas para não ser confundido com eles."

Inserida por gilsonjs

Por que razão as humanidades, por que razão a ciência, a arte, a literatura não nos deram nenhuma proteção diante do desumano?
Por que razão podemos tocar Schubert à noite e cumprir o dever, no dia seguinte, matando nos campos de concentração? Nem as grandes obras, nem a música nem a arte impediram a barbárie total.
Como era possível tocar Debussy, escutando os gritos daqueles que passavam pelas cercas de Munique, a caminho dos campos de extermínio.
Por que a música não disse não? Por que as humanidades não nos humanizaram, por que as culturas não nos libertaram?
Francis George Steiner, professor, crítico e teórico da literatura e da
cultura.

Por que razão as universidades não nos educaram e não nos pacificaram? Onde estavam as universidades diante das duas guerras mundiais e frente às mais de duas centenas de guerras do século XIX e XX?

Inserida por Luciano_180o

⁠A humanidade é desumana, cabe a cada um de nós sermos esperança, de nossa própria existência.

Inserida por GustavoBertelli

⁠Lamentável é o tempo no qual vivemos atualmente, onde vale mais ter um motivo de se gabar por ter a posse de um recurso de última geração do que sustentar uma boa relação.
Triste século, onde os produtos são mais valorizados do que as pessoas; as ambições tem mais valor do que as relações.
Decepcionante é saber que se tratando disso, o consumo é mais alto do que o consolo, que o ter é melhor do que o ser, que a compulsão é mais extasiante do que a emoção e o possuir é melhor do que o sentir, e assim, cada vez mais nos distanciamos de nossas verdades para satisfazer nossas falsas vontades, escondendo tudo aquilo que nos tornam humanos somente para sermos usados, já que o que consumimos também nos consomem.
E você? O que te consome?

Inserida por BrunoMarcussi

⁠Penso em um dia ensolarado;

De céu azul, com nuvens que se transmuta.

Em morros verdejantes,;

Com flores silvestre.

Fontes de água cristalina;

Penso em ventos uivantes;

É! Eu penso em dias melhores;

Na esperança segura.

Penso no dia que as tempestade não serão devastadoras;

Que o barulho da chuva será uma doce melodia.

E Não a trilha sonora do terror.

Penso em harmonia, sem animosidade.

Em equilíbrio todo dia.

É! Eu penso num tempo florido.

Na doce candura.

Penso no dia que ninguém vai ocultar sua verdadeira face;

Quando todas as máscaras se dissolverão.

Penso no dia que todos serão humanos;

E o desumano só nos livros de história.

Penso em um lugar, vejo afinal o novo rebentão

É! Eu penso em "você"...

vejo sua figura.

Inserida por MaryaFerreira