Destruição
O mundo que vivemos hoje foi construído com destruição e morte, nada construído assim pode dá certo.
A destruição ocorreu, pois, um dia o ódio foi lançado na árvore da ingenuidade, posta em grades no fundo do mar.
A lama
Mar de lama que trouxe a destruição e nos arrebatou a todos fortemente
A barragem que implodiu a paz e inaugurou um novo tempo
Reapresentando a dor e todos os antigos lamentos “já esquecidos”
Insidiosa indústria de extração mineral
Algures estrada caminho onde se equilibra o bem e o mal
N’algum sítio de minério onde operam maquinário bruto antes nunca visto
Assolando o solo fazendo-o tremer em explosões múltiplas e desgaste desmedido.
Brumadinho... Paraíso encravando logo ali, ladeado a Mario Campos.
Minas Gerais... Das inúmeras minas que lhe facultaram o nome e que agora lhe envergonham e causam a todos largo espanto.
Paraopeba, Rio Doce, São Francisco, Córrego do Feijão... Ambos agonizam.
Romperam com a nossa paciência, reinaugurando a nossa indignação
Óbitos múltiplos
Xisto pedra em verdes folhas, dólares
Indústria torpe em vil revide
Minas matam e matam por dinheiro
As vítimas nem se dão conta que a conta mais cara será paga por eles.
Assoreamento dos córregos, canais e cursos d’água
Depósito de sedimentos e esterilização da vida local
Memórias de uma vida inteira enterradas na lama
Morte no leito do rio transmitida ao vivo pela televisão
Perplexidade estampada no rosto incrédulo dos sujeitos perdidos
Dispersos em seus sentidos
e assolados pelo banzo coletivo que aflige a multidão.
Às vezes, o que a gente acha que é destruição, nada mais é que uma ajudinha do universo para juntarmos os entulhos num canto e abrir passagem em nosso caminho.
Nenhuma maldição hereditária, ou traumas de infância, justificam a auto destruição, nem a destruição do próximo (...).
A destruição da fé e das religiões como um todo é assunto corriqueiro entre pseudointelectuais quando se reúnem. Aliás, tem gente que se autointitula ateu apenas para parecer inteligente. Acontece que você seguir uma religião não é um atestado automático de inteligência, e nem mesmo da ausência da inteligência. Deus é um conceito sutil e elegante. E falar de Deus é a mais pura filosofia.
Não é porque meu rostinho bonito tem um aviso de destruição que tudo que eu vou te causar é ruim. Algumas pessoas precisam ser destruídas para que finalmente percebam o quão frágil elas eram.
Transformação
Para que tanta guerra?
E tempestades de destruição,
Se os motivos, no final
São sempre em vão.
Para que tanto ódio?
Contra o próximo sentir,
Onde não há diálogo
Para um consenso surgir.
Para que tanto preconceito?
Respaldado em razão,
Razão esta, que não sustenta
A sua própria definição.
Para que tanta ganância?
Da sede insaciável pelo poder,
A ponto, de extinguir
O lado "humano" de ser.
Para que tanta inveja?
Rodeada de tanto rancor,
Que ignora as consequências,
Causadas por seu dissabor.
Para que tanta desunião?
E exaltação da individualidade,
Fazendo do egoísmo
A sua maior vaidade.
E todas estas indagações
Infelizmente é uma verdade,
Infiltrada nas ações
De toda a humanidade.
Afinal é muito cômodo
O erro do próximo apontar,
Difícil mesmo é o contrário
Os seus erros enxergar.
E começa neste acaso
Os conflitos e a intolerância,
Que sempre por trás carregam
A amarga ignorância.
Mas pense agora um instante
Há ainda uma solução,
Uma simples e poderosa palavra
A "transformação".
A transformação interior
Dos sentimentos e da razão,
Buscando o entendimento
E também a compreensão.
Não precisa de guerra
E as mãos de sangue, sujar
Às vezes uma simples conversa
Pode tudo acertar.
Que se cultive o amor ao próximo
E que cresça os laços de união,
Pois aos olhos de Deus
Somos todos irmãos.
E que pai que fica contente
Vendo seus filhos brigarem,
Quando na verdade deveriam
O amor e a paz compartilharem?
Que tenhamos mais caridade
De ao próximo ajudar,
Pois todo bem que fazemos
Um dia a nós irá voltar.
De que adianta guardar riquezas
E maravilhas materiais?
Um dia partiremos deste mundo,
E destas coisas levaremos, quais?
O que levamos desta vida
É a nossa experiência,
As lembranças, os sentimentos
A esculpida vivência.
E o que deixamos na vida
Além das pessoas que amamos,
É o resultado de nossas ações
Enquanto aqui moramos.
Assim, reflita um instante
Deixo aqui uma pergunta no ar,
Ao decolar do aeroporto da vida
O que pretende deixar?
Eu sou o horror da destruição, do ódio, do rancor, da miséria; tu és a serena brisa de verão, a maré que entra em contato com as praias, o oceano que solta ondas magníficas de felicidade.
Vermelho Atraente, Vermelho Paixão
Vermelho Sangue, Vida que Sente
Vermelho Morte, Destruição
Vermelho que Limita, Vermelho Raiva ou Amor quer sempre se impor, Difícil alguém que resista,
Seja o Vermelho que For.
O propósito humano é completamente em vão. Qualquer que seja o caminho sempre o levará a destruição.