Destinos e Caminhos
Você entrou em meu caminho
Junto comigo, prometeu trilhar
Pelo seu egocentrismo, seu destino já escolhido.
Certamente comigo não mais andará.
“Estou destinado a guardar meu destino a sete chaves.
Eterna porta que não se abre
Enclausurando meu caminho.”
Na estrada da vida, não foque apenas no destino pra não perder momentos durante o caminho, esse não voltam mais...
Felicidade é o caminho, não o destino; são os pequenos milagres diários que iluminam nosso retorno ao lar. Abrace e reconheça-os.
Não existe essa coisa de destino, nem mesmo um destino final. A jornada é o somatório dos passos, e a parte mais fundamental e divertida é apreciar cada etapa do caminho.
O destino não é o fim da jornada; é apenas uma desculpa que você mesmo inventa para justificar as escolhas que faz ao longo do caminho. Aprecie a paisagem.
A felicidade não é um destino; é o caminho. Ela não é uma coisa inteira, mas sim pequenas marcas ou sinais para nos guiar de volta ao lar. O milagre está em aprender a enxergar esses marcos que foram conquistados. Essa é uma mensagem positiva sobre apreciar as pequenas alegrias da vida e aprender a reconhecê-las.
A Liberdade do Não-Destino
Só é livre quem não tem destino.
Liberdade é um fio invisível que o vento esquece de soprar,
quase brisa, quase nada.
Um voo de borboleta que não tem pressa de chegar,
basta o traço que corta o ar e some.
Só é livre quem não tem destino.
Quem não guarda os passos no chão como se fosse um mapa,
quem olha o céu sem querer achar respostas.
Quem escuta as palavras, mas não as quer traduzir.
Quem troca a certeza pelo talvez,
quem não se encaixa na jaula do exato.
Liberdade sem amarras é pleonasmo.
Só é livre quem não tem destino.
Quem, perdido, inventa um caminho,
e, ao inventar, encontra algo novo —
não o que procurava,
mas o que nunca imaginou que pudesse ser achado.
Felicidade não é destino, é caminho. Não está em um lugar específico, mas na forma como escolhemos percorrer cada passo. Quem vive esperando o grande momento de ser feliz perde as pequenas alegrias que surgem pelo caminho.
A felicidade não está num objeto, num objetivo ou num destino, ela é a rota, o caminho ou um a nossa própria jornada.
Um Mundo Cadavérico
Nas curvas da vida, bifurca o caminho,
Escolhas moldando destino e vizinho.
Reside em saber o segredo de amar,
No outro enxergar, jamais ignorar.
A dor que ecoa na pele ferida,
Miséria que assombra a humana lida.
Ser solidário, de hábitos puros,
Sonhar com mundos mais justos e seguros.
Mas, ai, que o homem há muito expirou,
Perdido na terra, seu ser se apagou.
Cadáver que anda, em vida estagnado,
Esqueleto insensível, ao bem fechado.
No peito gelado, pulsa um engano,
Coração necrosado, rancor tão humano.
O sangue que corre não leva calor,
Só vaidade e vingança, desdém e rancor.
E o ataúde, silente, espera o final,
Levando ao abismo o ser tão banal.
Distante da vida, do sonho e da luz,
Onde a esperança já não mais conduz.
Por isso, clamamos por mais sentimento,
Amor que construa um novo alento.
Que o homem renasça em fraternidade,
Tecendo os fios da humanidade.
Sonhemos, pois, mas de olhos abertos,
Por dias de paz, caminhos mais certos.
Sem medo ou bala que roube o andar,
Num mundo de afeto a nos abraçar.
Que floresça a vida em cada jornada,
Com menos juízos, e lei mais amada.
Por um amanhã de amor verdadeiro,
Solidário, humano, mais justo e inteiro.
O destino é um labirinto.
Um caminho que não contém mapa.
Nada é por acaso.
Se for mergulhar no desconhecido...
Aprende a nadar.
De tal maneira havia se acostumado a caminhar de cabeça baixa , que quando chegou ao destino nem se deu conta, e com os olhos vazios e o coração amargurado, retomou a estrada, a mesma que já havia percorrido tantas vezes sem ao menos dar-se ao trabalho de admirar.
SONETO PELO CAMINHO
O meu fado pôs a me versejar
Pelas trilhas do destino nefando
Me fez chorar, rir, foi interrogando
Acerca do amor pôs a ignorar
Subi e desci, e a vida foi forjando
Desafinei certamente ao disciplinar
E pude segredar na noite de luar
Assim, estórias foram desfiando
Por vielas, ruas e, becos a andejar
Andei, e ele comigo foi andando
Pelos caminhos o diverso a poetar
Agora, o canto maduro, no comando
Lembranças, tudo tem tempo e lugar
Na estrada, continuo caminhando...
(até Deus chamar!)
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
20/01/2017, 14'00"
Cerrado goiano
Ninguém sabe o destino de ninguém. Ninguém sabe do próprio destino.
Mas todos apontam os dedos para onde os outros devem seguir.
"Entregamos sonhos, esperanças e suor,
Mas às vezes o destino nos reserva dissabor.
Como a árvore que cai sem ninguém notar,
Nossa entrega às vezes se perde no mar.
Mas mesmo diante do dissabor que se instaura,
A esperança floresce, luz que nos segura.
Como a árvore que renasce após a escuridão,
Continuamos a navegar, em busca de redenção."