Destino Deus
Todo vaso quando é feito ainda está flexível, e por isso precisa passa pelo fogo; pois do contrário, qualquer um que colocar as mãos sobre ele pode mudar a sua forma.
O que somos senão o enfadonho tributo dos nossos erros e acertos, sob a impiedosa e imprevisível alíquota do destino?
Não preciso de dinheiro pra ser feliz.
Não preciso de status social pra me sentir importante.
Não preciso de uma multidão de amigos pra me sentir amado.
Não preciso ser diferente pra sentir que faço a diferença, apenas não sou e nem aceito ser tratado como "qualquer um".
Não preciso ir para uma igreja pra sentir a presença de Deus.
Não preciso de livros para motivar a minha fé, me contento em contemplar o poder da natureza.
Não preciso gastar o alfabeto inteiro pra convencer alguém de que sou legal, até porque não sou e nem tenho paciência pra isso...
Na verdade, pra ser feliz, eu só preciso de paz de espírito e estar convicto de que fiz a minha parte. Ser sábio no pensar, ousado no imaginar e justo no agir. Pois tenho a absoluta certeza de que não existe castigo ou recompensa, e que a vida me devolve exatamente aquilo que plantei, uma simples conseqüência dos meus atos.
"As Mãos de Tempo são realmente talentosas, pois usa os dons do destinho para lapidar e despertar toda Beleza do meu SER..."
(Hélia Michelin)
Recomeçando
Não importa em que momento da vida se perdeu, ou quanto tempo desperdiçou com coisas que hoje julga banal.
De maneira alguma o tempo pode ser desperdiçado, mesmo que por vezes sintamos este sentimento e nos culpemos por tantas falhas e erros cometidos, o tal “tempo perdido”. Costumo pensar que tudo que fiz até hoje no qual não obtive os resultados que tanto esperei, não passaram de contra tempos e eventualidade que a vida colocou para eu descobrir algo. Mesmo que este algo tenha me atrasado no percurso.
Atrasar-me? Sim! – Isso mesmo que você leu. Estes dias andei pensando, quantas e quantas vezes nós antecipamos os acontecimentos, bom, tentamos antecipar. Perdemos nosso precioso tempo julgando os eventos e por muitas e muitas vezes quebrando com sua cadeia lógica e precisa. Percebi que tudo, absolutamente tudo tem o tempo certo para acontecer, e julgo este, “o tempo de cada um”.
Por estes dias me peguei rindo do destino, pensando, “que danado, como pode esse tempo todo me atrasar?” – Nesta caminhada toda, sofri, chorei, senti raiva do destino, me revoltei com Deus! Meu Deus, como pude eu me revoltar com o Senhor? - Xinguei o acaso, atirei em todos os lados, cai, me levantei, andei, persisti e persegui o ritmo de tudo. Ora me via com tudo, outrora me via sem nada. Em um momento eu podia tudo, em outro eu não passava de um nada. Muitas e muitas pessoas cruzaram meu caminho e aos pouco iam levando um pedaço de mim. Com algumas eu sorri, com outras me iludi. Com amores eu sonhei, e deixava aos poucos de me amar. Foram tantos contratempos, que creio, alguns de vocês já passou por isso e ainda passam, como eu também, pois afinal, estamos no mundo e vivos, desprotegidos de todas essas adversidades.
- Estamos à deriva do acaso? Meu Deus será isso?
Bom, cada um aprende de uma forma, cada um de nós lidamos com tudo isso de uma maneira. Pois aqui ao criar o desfecho para esta reflexão, vai a forma como eu lido com isso. Será de valor para alguém? Não sei, mas está dando certo pra mim.
“Você não está sozinho nessa! Se olhar pro seu lado verá seu próximo passando pelas mesmas coisas, e sabe por que a vida não é perfeita para todos? Porque Deus não poderia deixar que você, exclusivamente você sofresse sozinho. Deus sofre conosco, mas não pelos mesmos motivos, mas sim, porque Ele deu ao ser humano a profunda capacidade de compreender uns aos outros, de passarmos por coisas semelhantes, por que só assim poderíamos entender a pessoa ao nosso lado, só assim poderíamos descobrir do que é composto o amor, o companheirismo, a amizade, o trajeto da vida. E ainda sim nossos olhos se voltam unicamente para nós mesmos e no tempo que estamos perdendo.”
Enquanto eu achava que estava desperdiçando o meu tempo, a vida se estagnava, mas quando passei a entender a dor, e a viver essa dor junto com meus semelhantes, descobri a felicidade. “A felicidade esta na dor?”. Se é isso que se perguntou, digo então que não, mas sim no fato de finalmente sentir que não estou sozinho nessa, que meu tempo não é em vão e que não importa em que momento da vida eu tenha parado, sempre há uma nova forma de recomeçar. A verdade é que a vida me concedeu tantos contratempos porque a hora do verdadeiro milagre acontecer é agora. Acreditem nessa verdade e entregue ela a Deus, acreditem uns nos outros, nas suas capacidades, não se lamentem, vivam cada dia e acreditem no tempo mas acima de tudo, creia nos milagres que ele é capaz de nos trazer.
A vida é como uma viagem de avião, sempre produz emoções...mas é preciso um bom piloto para se chegar a algum lugar...
As pessoas, erram, fazem escolhas erradas, agem mal, são falsas, infiéis, sugam, mentem. Aí fazem um acúmulo de erros e desacertos em suas vidas. Para suas mentes ficarem em paz, chamam isso depois de destino. Ou de: "Deus quis assim." Ora, Deus ou destino não tem nada a ver com nossas escolhas e erros, somos seres com livre-arbítrio, só plantamos o que colhemos. Que consigamos assumir.
Quer mudar o rumo do seu futuro? Pare de descartar as possibilidades e oportunidades e não ame demais seus medos.
A imobilidade da luz
Agora do mesmo jeito que os fiz, desfazer-los-ei. Morrem uns para existir outros. Às vezes, o tédio ou falta de perspectiva me faz deletar em massa. Assim eu era. Sei que podia parecer algo cruel deletar a existência de “alguém”, (espero que entenda) não fazia isso por que queria ou por que gostava, simplesmente porque era preciso.
A vida foi, a princípio, uma ideia que me surgiu em um momento de tédio; Eu não esperava tanto; simplesmente me surpreendi! Quando tive a primeira ideia da criação, estava passando por um momento conflituoso, tinha me entediado com tantos projetos monótonos e acabei destruindo o meu último projeto que era uma esfera consideravelmente grande de energia branca, e foi aí que tive a ideia de algo mais interessante: resolvi criar uma galáxia invés de constelações e centros sugantes. Mesmo assim, vi que aquilo não passava de uma ampliação dos meus projetos anteriores. Então, fui a pasárgada refletir; estava muito exausto e nenhuma ideia boa ainda me exsurgia. Após algumas consideráveis eternidades, vislumbrei algo que seguia um fluxo próprio e fugia da monotonia; algo que era regido por uma regra geral. Era a gênese da vida. Assim sendo, foi nesse momento que me debrucei em um projeto magnificente: A Criação. Remodelei os destroços da esfera de outrora, criei a natureza e os animais. Com o pulsar das gerações e o dardejar dos milênios, sucumbi ao ver o grande equívoco da criação: foi a pior monotonia que já vivera; antes pelo menos eu podia ter eternidades para outras coisas, entretanto, daí em diante, tive que tutelar esse projeto. Nesse momento, tive muito trabalho, deletando e renovando existências que no fundo seguem uma lógica continua de perpetuação. Isso tudo me dava calafrios em gastar algumas das minhas eternidades nesse fastidioso trabalho. Sei que para infinitas eternidades que tenho, algumas não iriam me fazer diferença. Entretanto, isso me fustigava lentamente e me causava uma monotonia cruel. Foi então que decidi criar uma vida que se destacasse. Por tentativa e erro, comecei por macacos, depois sapos, aliens, e por fim, sapiens. Já estava com as mãos doloridas de tanto misturar. Com o tempo acabei gostando dessa criatura. Pensei, que talvez deveria misturar dois deles. E assim ficou: Sapiens Sapiens. No final do processo, só restou uma criatura, e assim, intitulei-o de Anão. Ah não, não era esse nome; lembrei: Adão. E assim o foi. A criatura a cada “secundos” demonstrava destreza, sabedoria e, assim, me alegrava. Certa vez, resolvi criar o Destino para cuidar da vida e da morte. Com tempo livre, ocupei-me em outros projetos, e acabei deixando a minha criação em segundo plano. E de supetão quando estava no cinturão de Orion, uma ideia catucou a minha mente, sugerindo-me a criação de uma companheira para a criatura. Estava sem tempo para visitar frequentemente a minha criação, e por isso, resolvi dá a luz à ideia. Só que quando fui criá-la, tinha esquecido da fórmula. Misturei sapo, macaco, peixe e acabei criando uma mistura de sapiens com peixes; vi que não estava legal para uma companheira. Chamei-a de sereia para não ser desprezada. E sem obter sucesso, resolvi arrancar uma costela do Adão, e assim, formei uma companheira; intitulei-a de Eva . Vi com o tempo que ambos estavam felizes. Mas isso não me agradava nem um pouco. Felicidade é monótono e monotonia me causava incômodo. Então coloquei uma arvore com frutos afrodisíacos para testar a resiliência de ambos. Eles passaram um tempo se contendo em comer os frutos; foi então que decidi colocar uma serpente para atentá-los. A serpente fez um ótimo trabalho. Ainda me recordo da retórica da serpente que usou para ludibriar Eva:
—Estes frutos têm poderes especiais, por que não comes um?
—Porque fui proibida; estes frutos não fazem bem.
—Não seja tola, se o criador colocou uma árvore desta no paraíso, é claro que foi para vocês. Ele devidamente está testando a inteligência de vocês. E desta forma, ele quer que vocês ultrapassem as restrições e façam a diferença.
—hum, talvez tenhas razão
—É claro que tenho; sou fruto do criador!. venha aqui; Tome este fruto, este é seu; partilhe-o com Adão.
E assim, Eva levou o fruto, e Adão, ingenuamente, comeu o fruto de Eva e não percebeu que caíra na tentação da serpente. Dessa forma, acabei vendo a fragilidade dessas criaturas; vi que estavam muito longe da minha sapiência. E nessa lógica, vi que eles jamais iriam chegar perto dos meus Arcanjos. Com efeito, condenei-os a lei do Destino. E assim ao Destino declarei:
—Estarás incumbido de ceifar a vida deles, toda vez que chegar a hora. Eles terão o fado de nascer, crescer, procriar e morrer. Eles não mais viverão uma eternidade. Vão sentir a dor carnal. sofrerão com os temores e seguirão a Lei Natural.
Depois me ausentei e deixei-o regendo a criação.
Após algumas finitas eternidades, resolvi visitar a criação. Senti um verdadeiro abalo ao ver aonde a minha criação chegara. As criaturas de outrora não mais seguiam a Lei Natural. Criaram a sua própria lei. O Destino estava cada vez mais com problemas. As criaturas estavam dominando cada vez mais a inteligência. Estavam adiando o veredicto do Destino. Guerras, miséria, contrastes, tecnologia, temor, destruição, estavam caracterizando a criação. Aquilo de fato não era monótono, era extremamente inconstante. Talvez a minha ânsia pela fuga da constância tenha a impulsionado à Evolução. Não os via mais como uma criação. Via-os como uma transmutação. E destarte, resolvi me ausentar novamente e esperar mais algumas eternidades para ver até onde eles irão chegar...
Que possamos continuar trilhando esse caminho de autoconhecimento, fusão e transcendência que é o nosso relacionamento.
Que possamos a cada dia nos dedicar para realizarmos um ao outro e alcançar nosso destino espiritual o qual não conseguimos alcançar sozinhos.Talvez levaremos a vida inteira embarcando nessa viagem sagrada. Mas eu tenho certeza que vc é a pessoa certa e o melhor companheiro pra esta viagem. (só vc)
Que possamos a cada nos tratar como gostaríamos de ser tratados e que sempre sejamos realistas e leais.
E ao final, sermos sempre prioridade um na vida do outro. Andando lado a lado.
De repente a insônia...e você acorda de madrugada e se vê pensando na vida e ai que se dá conta que a árvore cresceu e deu frutos e que seu melhor momento é o próximo capítulo no livro da vida... A sombra do projeto que Deus esboçou no ventre materno e entregou pra ti e disse: - Vai e colhe os frutos que caírem da árvore (destino) que Eu adubarei a terra por onde passares... E serei a sombra envolvendo-te em meus braços de amor. Segue e não olhes mais para trás...
Vista a camisa de sua doutrina, mesmo sabendo que outras mostram também, atalhos paralelos que levam ao mesmo destino que é Deus
Estou cativo.
Vivem a minha vida,
não a vivo eu.
Deambulo num mundo de títeres.
Linhas quase visíveis manipulam
o meu devir.
Sinto prazeres que não são meus,
tenho vontades artificiais
inoculadas nos meus sentidos.
Meu pouco por cento de lucidez juvenil
se esvai com o vento inexorável dos anos.
Neves de outono prateiam meus cabelos
enquanto o bridão do destino
já não incomoda tanto minhas gengivas.
Fui um deus
com minha ousadia,
com meus sonhos,
com a minha liberdade.
Sou agora
apenas um pobre diabo.
Deixo o barco correr, sem me preocupar muito aonde vou parar, quem ou quê, vou encontrar pelo caminho, pois acredito que quem está na direção é o maior marinheiro de todos, é quem tem me trazido até aqui. É quem se preocupa comigo. Ele sabe de tudo. Sabe dos caminhos, sabe do que preciso, do que é melhor para mim. Por isso confio. Que ele me guie, então, em direção aquele lago tranqüilo e silencioso que se chama felicidade.
Meu querido, sabe que te amo mais que tudo e que nada nós separara, muito menos a distânçia, pois ela será nossa amiga, à quem confiaremos nosso amor e quando ela for embora, confiaremos no destino, ele será nosso elo mais forte, para contarmos segredos teremos como amiga também a confiança, adotaremos a felicidade para nós divertimos horas, com a sabedoria faremos história e por fim, Deus, o amigo que nós apresentou todos os outros.
Na certeza de dias melhores, vou caminhando... Passos lentos, cansados, exausta de andar, andar e andar e não chegar a lugar algum. Os olhos são como o rio a desaguar, a cabeça já não se aguenta de tanto pensar. A certeza de um futuro incerto é o que me resta. A certeza do caminho longo com destino desconhecido é o que me guia. E Deus? Uma hora me pegará no colo, como a mãe carrega seu filho que acabou de chegar ao mundo.