Destino
Fazer parte da espécie humana é um destino glorioso, mesmo se nossa espécie se dedica a muitos absurdos e comete muitos erros terríveis: apesar de tudo isso, o próprio Deus gloriou-se de vir a fazer parte da espécie humana. Parte da espécie humana! E pensar que essa percepção, que é um lugar comum, pode subitamente parecer uma notícia de que você é o detentor do bilhete que ganhou o primeiro prêmio na loteria cósmica.
Reflexões de um espectador culpado, Thomas Merton
A gente coloca um peso exagerado no destino. E isso é injusto. Eu acredito que o destino é uma conjunção de fatores que levam a um futuro. É como se a base do passado se mesclasse com nossas escolhas e ações e tivesse um resultado. Na verdade, é tudo consequência das nossas escolhas, do nosso próprio tempo, dos nossos medos e das nossas sutilezas. É verdade que o acaso é algo que tira o ar, é inesperado e ele existe. A verdade é que a gente põe a culpa no destino para justificar tudo: “Se for pra ser, o destino vai mostrar”. “O que é meu está guardado”. “Tudo aconteceu como deveria”. São muletas que a gente usa para seguir em frente, razões que a gente encontra para não olhar pra trás. O problema é que a gente olha muito pro passado e também olha pro futuro, mas esquece de olhar pro presente. É fácil a gente falar que tudo poderia ser diferente ou quem sabe tudo poderá ser diferente. Difícil é falar no presente. Olhando nos olhos. Tomando iniciativa. Difícil é dizer que SENTE falta e que não QUER que vá. Difícil é falar naquela hora sem medo do que pode acontecer. Não temos absolutamente nada do que passou e muito menos do que virá. Acredito que a única solução é encarar a vida como uma incerteza, um ponto de interrogação. Hoje você está aqui, amanhã não mais. Então se você pode lidar com a certeza do hoje por que vai trocar pela incerteza do amanhã? Diga o que você tem que dizer. Faça o que você tem que fazer. Só não dê espaço para culpas e arrependimentos do futuro, porque lá eles não farão diferença nenhuma.
Por mais distante que seja o destino, a boa companhia faz do percurso um prazeroso momento de lazer.
Nem eu mesma sou como penso ser,cócega na alma
Sou um pensamento louco por aventuras
Sem destino, em um mundo onde não há limites\o/
Soltando minha alma como um balão,onde o seu destino não sabe ao certo
Mas sei que está sendo guiado com muita fé e perseverança, sempre confiando em um DEUS que não me deixa cair jamais.
Somos todos donos do nosso destino, escolhendo, a cada momento, uma das infinitas possibilidades que o universo nos oferece para realização de nossas vidas.
Não hesite em dar o primeiro passo em direção a um novo destino. Tudo começa com uma decisão. O universo se encarregará de conduzi-lo após mudar de direção. Estacionar e esperar que o que lhe aflige passe não é atitude de vencedor. Transforme seu pensamento antes do comportamento. Seja você mesmo a manifestação viva de seu próprio destino, tome as rédeas de sua vida enquanto ainda tem tempo e força. Só os fracassados esperam no outro as mudanças para si.
Não procure em desculpas, razões que justifiquem problemas, mágoas e desamores. Use isso como trampolim para o salto da virada, para o novo ponto de partida, para a nova largada. A chegada pode estar longe, mas não está na redoma do impossível. O que for bom para você permanecerá contigo e o que não for se perderá pelo caminho. Entenda que mudanças irão trazer perdas, mas a coragem pra perder, trará coisas novas.
Com fé em Deus e vontade própria dá pra mudar o mundo e, principalmente, mudar a nos mesmos! Se tudo está maravilhoso, dê Graças à Deus, fique, aproveite. Mas se quer mudanças, mude o rumo, gire a chave, saia da gaiola e dê asas à liberdade, o céu é seu, o mundo é seu, escolha o melhor caminho!
Desconfie do destino, mas nunca do amor...
Por que embora se tenha frustração em dor
Ainda sim se tem a curo no amor;
Ao desenvolver disciplina e coragem, podemos evitar que as variações de humor governem nosso destino.
Chega! Quero ser livre, como os pássaros, voar sem destino para um horizonte qualquer. Ser livre pra cantar, dançar, escrever e desenhar. Ser livre pra viver meus sonhos, livre pra fazer o que eu quero o que eu achar certo, livre das opiniões alheias, até porque, no final tudo o que realmente importa é o que somos para nós mesmos. Tudo na nossa vida só depende de nós mesmos, vamos perder o medo, parar de nos esconder e viver a liberdade antes que seja tarde demais.
AO PROFESSOR QUE NASCEU PARA SER PROFESSOR
Agradeço todos os dias ao destino, pela graça de ser educador. Arte-educador. Inserir-me nesse contexto como profissão me fez mais do que um profissional: alguém que se reconhece como quem nasceu para isso. Tenho, evidentemente, minhas angústias relacionadas a proventos, condições ideais de trabalho e as grandes dificuldades externas que acompanham nossos alunos até os espaços formais de aulas, oficinas e projetos educativos, tanto no conceito pedagógico, especificamente, quanto nos conceitos da arte e da cidadania.
Sou um professor que não dá nota. Que pode mudar, todos os dias, as estratégias para vender suas ideias e seduzir os alunos. Atraí-los para contextos mais prazerosos do que a obrigação de alcançar notas e pontos para passar de ano. Às vezes, adulá-los. Talvez por isso, eu não tenha nem condições de alcançar a grandeza dos esforços diários dos professores em disciplinas obrigatórias, que têm a dura missão de preparar pessoas para o mercado de trabalho. Para disputas mercadológicas e a sobrevivência em uma sociedade competitiva e cruel, devido à falta de espaço confortável para conquistas.
Não tenho a mínima condição de avaliar precisamente a realidade total das salas de aula, mas sempre que vejo um professor de pelo menos alguns anos de profissão, admiro-o profundamente por ter atravessado esses anos, diante do que vejo. São muitos e muitos os professores que portam condições plenas de abraçar profissões muito mais rentáveis, e o fariam competentemente, mas não fogem do que escolheram, porque seriam somente profissionais. E como nasceram para ser professores, não seriam felizes se não fossem profissionais e seres humanos, como tem que ser, mais do que ninguém, quem nasceu para ser professor.
Reitero, portanto, meu profundo respeito e minha admiração aos que trabalham com amor e sofrimento; com revolta e dedicação; com sorrisos muitas vezes salobros, porque se misturam ao pranto, mas logo se sobressaem, porque o amor ao que fazem tem sempre reserva de otimismo.
Ao mesmo tempo, meu desprezo profundo e a não admiração aos patrões da educação tanto particular quanto pública e aos cidadãos de má vontade responsáveis pelo sofrimento, a revolta e as lágrimas do professor que nasceu para ser professor.
O homem só vive para aprender. E se aprende é porque é essa a natureza de seu destino, para melhor ou para pior.