Dessa Vida Nada Se Leva
Pra viver, preciso de quase nada...
Nesta espinhosa e feliz jornada; preciso de quase nada.
Levantar cedo, se preciso, porém, evito as madrugadas.
Creio que, neste sentido se aplica a desejada felicidade.
Simples assim, ser feliz foi única boa escolha que eu fiz,
Vou mais longe; pra um velhote o qual dispensa idade.
Adotei logo a simplicidade da velha sensatez, eis o xis
Da antiga questão, comerei feliz no simples prato raso
Carne de pato, ou saboroso arroz e feijão, e que arraso
Se lá tiver vinho, moqueca de camarão... E por que não
Meu bom vizinho, não pense que vivo a comer sozinho,
Não, a ninguém espezinho tendo esta mortal condição.
Quando não, meus netos, filhos, irmãos, até sobrinhos.
Na realidade tenho a liberdade quando estou sozinho.
Bem, meu irmão, tenho por fiel companheira a Solidão
A dona do meu encanecido coração! As minhas vestes:
Que tolice, há muito já lhe disse: uso uma peça por vez,
No meu carro, apenas um assento, e no meu pé direito,
Eis mesmo sapato outra vez. Eis o belo teste de lucidez
Da pureza singela à vida vívido-vivida em rosa-amarelo.
Ah... Aqui se encerra toda a sábia filosofia, na geografia
Desta bela existência na qual vivemos sem transparência
Da simplicidade da divina sabedoria, sendo que a veraz
Felicidade se encontra no coração de qualquer idade az,
Ei-la: Grande sabedoria que os sábios jamais saboreiam,
Vivem alheios em seus devaneios, em busca das glórias
Que se acabam aqui, sapiências quais ficam pra história
Já há muito conhecida, porém, por poucos apreendida.
Seja rico, seja pobre, seja humano, seja tudo, seja nada,
Quando for quase tudo isso, ao menos terá vivido a vida.
Terá aprendido a antiga maneira-fabulosa de bem-viver.
Comece agora, sendo humilde pra estas práticas exercer.
O seu erro pode estar ao se comparar com seu vizinho,
Pois, ainda não aprendeu a viver sozinho nesta clara
Solidão, cuja negritude está na cabeça pobre e podre
Do racista qual não se põe na lista de pobre-nobres
Mortais a fazer distinção de cores de seu espectro
De solidão insólita...
Sucesso nesse mais alto empreendimento de sua vida!
Seja feliz!
jbcampos
As vezes, leva-se uma vida inteira para aprender, que leva-se uma vida inteira para aprender, a viver.
Já noutras, não se aprende nada, e se vive.
VIDA VERTIGINOSA
Desta vida vertiginosa, sei que nada levarei, posto que tudo pertence ao plano material e, por assim ser, aqui ficará. Conforme tenho certeza, sou um ser espiritual; Não sou deste plano e sim, do domínio espiritual e este percebo com nitidez. Do mundo material, nada levarei, pois é substância física e deverá ficar no plano físico. Aspiro apenas que se cumpram os preceitos das Escrituras Sagradas, pois aqui plantei coisas boas e espero colhê-las no esboço anímico, mas, por ser imperfeito, sei que, inconscientemente, algumas vezes, semeei mal e, por esse motivo, peço perdão a D'us e o aguardo sob forma da graça procedente d'Ele, pois assim está escrito: "Todo pecado e blasfêmia serão perdoados aos homens"... Desde que eu não afronte o Espírito Santo de D'us, poderei, se assim Ele quiser, ser perdoado e assim espero que aconteça.
"Nós aqui movendo as águas
e as pedras, desta maneira!
-Pois, não deixaremos nada:
nem o nome da caveira
Que a nossa vida
é a mesma coisa que a morte
-noutra medida"
FIGUEIRA DA VIDA
Eu nada sou, para lá desta dor
Recolho os pedaços, fio das lembranças
Gritos na alma dos meus contos
Que são quadras de amor, de dor
Recomeço na figueira da vida
Já não tenho tempo para ilusões
Sei que a figueira que plantei
Olha-me entre as ramagens das suas folhas
Observa-me nesta minha quietude
Quietude onde agradeço todas as decepções
Em cada dificuldade e nos tombos dados
Que tive ao longo da minha vida
Sei que a figueira que plantei
Alberga agora um ninho de pássaros
Que as folhas veem-me entre os livros
Desfolham-se nas asas em lágrimas de pedra
Resguardo sem destino de sol e chuva
Envolto de nevoeiro nas palavras
Orvalho nos lábios das folhas da figueira
Que plantei com o recomeço sem ilusões.
Nada sabemos desta vida, a não ser especulações desencontradas.
O que deixamos para traz não é o fim e nem o começo de nada.
Pode até ser a continuação de alguma coisa, porém a única certeza serão nossas ações concretizadas, para o bem ou para o mal.
Porém tais heranças são tão tênues que se perderão no tempo.
Somente as divindades irão perceber, avaliar e finalmente arquivar.
(Teorilang)
Caminhada ao talvez nada Ou tudo!
À começo desta caminhada já reflito,
Com mas Simplício Deste olha perimetral bilateral de mim
Não que seja só minha
Essa útopia
Que me desatina
Cada andar
Cada passo, que vivir.
O que será daqui para frente?
Talvez o que está na minha mente;
Ou simplesmente o que não está veementemente, programado à mim.
Dúvidas sempre aparecerão , até porque nunca saberei ao certo o que acontecerá
Todavia uma coisa é fato como todo homem haverá de amar, plasmar esse sentimento oblíquo que muitos têm , sem querer, sem pensar, sem tentar, sem nem merecer.
Se mereces , que entrega-te a mim
Porque se não , deixarei-te a encontrar.!
Nada é definitivo em nós. Estamos sempre de mudança. É desta forma que entramos na história da vida e deixamos a nossa marca na película do tempo.
"Somos aprendizes desta extraordinária jornada humana, em que absolutamente nada nos é seguro, exceto nossa própria finitude."
Vamos entender e viver bem o que há de bom para ser vivido e sentido,
sabendo que desta vida nada levamos, além de lembranças de bons momentos vividos...
Ósculos e amplexos,
Marcial
EXISTEM COISAS BONITAS DE SE VER E SENTIR
Marcial Salaverry
Com toda a certeza, nem tudo está perdido neste mundo, eis que existem coisas na vida que são mesmo uma beleza, muito gostosas de se ver ou sentir, coisas que merecem ser vividas e sentidas, e que devemos saber viver, numa espécie de agradecimento a Deus, que nos proporciona esse bem viver...
Bonitas são as coisas vindas do interior da alma, as palavras simples, sinceras e significativas, quando procuram sempre trazer e fazer algo de bom ou de útil para alguém...
Bonito é o sorriso sincero que vem lá de dentro, indicado pelo brilho dos olhos, mostrando o desejo de espalhar amizade, amor, carinho...
Bonito é o dia de sol depois da noite chuvosa ou as noites enluaradas de verão estimulando-nos a passear, a namorar, a amar, a sentir como a Natureza é bela e pródiga nas benesses concedidas por Deus, nosso sempre querido Amigão...
Bonito é procurar estrelas no céu e dá-las de presente ao amigo, amiga, namorado, namorada, a quem estiver precisando de carinho, de amparo, de compreensão...
Bonito é achar a poesia do vento, das flores e das crianças, a poesia da Natureza, é sentir que realmente, a vida é bonita, é bonita, é bonita...
Bonito é chorar quando sentir vontade e deixar que as lágrimas rolem sem vergonha ou medo de crítica, pois lágrimas estão mostrando a verdade da alma, e se nossos sentimentos querem se manifestar, deixemo-los à vontade...
Bonito é gostar da vida e viver do sonho. Bonito é ser realista sem ser cruel, é acreditar na beleza de todas as coisas. Bonito é a gente continuar sendo gente em quaisquer situações. Bonito é você ser você, oferecendo-me sua amizade, como eu lhe ofereço a minha... Bonito é saber viver, e igualmente deixar viver, é amar, saber amar e saber ser amado...
Bonito, finalmente, é saber apreciar as belezas de UM LINDO DIA, saber vive-lo, e desejar que todos, sem exceção, amigos ou não, igualmente possam desfrutá-lo num clima de LUZ, PAZ, AMIZADE, AMOR...
Cada segundo desta vida eu vivo uma hora da vida futura.
Se não te amas nada importa o amor dos outros por ti.
Acordar com a vida lúcida
Porque, sei desta Sra. dura e rústica
nada de escravidão, nem chicote na mão
que esta me trague e saboreie ávida
embriague-me de amor a glote
voraz me tome feito o mais puro scotch.
“Se vc não entende nada desta vida,entenda que fostes convidado a passar da morte para a vida é porque segues para a sepultura como se não tivesses saída”.
“Se desta vida, não levamos nada... devemos tentar deixar: um futuro para que todos possam sorrir, um futuro para que todos não venham a chorar.”
Desde pequeno tive que me fazer a vida,
batalhar e nunca parar de aprender,
nada desta vida foi de mão beijada,
é um dilema de vida que nunca irás compreender.
ERGÁSTULO
Ergástulo sombra, desta escura vida
Uma prisão solitária, onde nada mais
Posso, fazer se não chorar, chorar e
Nas lágrimas vertidas peço o perdão
De todos aqueles que em vida, não pude
Mas que também nunca quis, quis amar
Ó rude este caminho de fragas no monte
Que levam as águas turbulentas para o mar
Calabouço na alma presa entre as grades
Liberdade mortal para um pobre imortal
Rasga a carne entre os grilhões de mudos
Dentes, almas presas, abandonada prisão
Masmorra fria, labirinto perdido de sombras
Carcereiro de rosto atroz, silêncios solitários
Aprisionando amordaçado de correntes no chão
Cárcere de amargura, chave na imensa solidão