Despir nossa Alma
Temo à exposição,
mil olhos despindo a alma.
Um preço tão alto, tão injusto!
Sorrisos irônicos, vazios,
vasculhando expressões
parafraseando com verbos que sequer ousamos dizer.
Evitei tanto os toques, desejando tanto o seu!
Perdi tempo, chances, beijos, momentos, sorrisos e o colorido da vida.
Aprendi a ser só, vestir a solidão como um escudo,
esconder sentimentos, sem deixar de senti-los realmente.
Amar me inspira, amor!
Fogo que arde sem queimar, fazendo delirar.
Tantas bocas não falam nossa língua;
tantos olham sem enxergar.
Se encantam com o canto, com a arte,
apenas "desejam por desejar".
Aprendi com a exposição a gritar,
expressar o que sufoca sem matar;
a amar sem medo e a viver toda falta que sobra em mim.
O que é fazer poesia?
Se não despir,
e conjugar a alma,
em todos os tempos,
para todas as pessoas?
BMelo✍🏼
Permita-me ser a voz que ecoa o amor em sua vida, quero despir sua alma com meus versos e tocar seu ser com a poesia que emana de mim.
Mais do que preocupados em despir o corpo, deveríamos estar dispostos antes de mais nada, a desnudar a alma
Com a tua alma despida,
a tua essência fica exposta
com uma intensidade que me excita
de uma forma audaciosa e sincera
por seres uma mulher maravilhosa
e cheia de vida como uma chama acesa.
ALMA NUA
Ainda que silencioso, a trilhar, eu sigo
Despido de uma sensação que conforta
Tenho emoção, essa sorte que bendigo
Mesmo sabendo que a carência corta
A doce ilusão, como é bom e importa
Tudo é confiança, e nada eu maldigo
Bem sei que no tender se tem porta
E na simplicidade do querer o abrigo
Então, desconfortado, assim vou, eu
Tal qual um poeta sem devoção sua
A procurar o amor que já se perdeu
E nesta de ser feliz na infelicidade
Me vejo no espelho de alma nua
Matutando o mantra da saudade!
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
28/10/2020, 05’34” – Triângulo Mineiro
CORPO E ALMA DA POESIA
Bendita a prosa que segue o rumo
De um coração, quase que despido
Das vaidades, na poética o prumo
Do corpo e alma no canto esculpido
Bendita o verso de uma rima pura
Onde figura a sensação da gente
Com trovas tantas, sem censura
Que a ritmo da imaginação sente
E, um afago na atenção do bardo
De um ardor a vibrar tão felizardo
Faz o jeito de trovar mais afinado
É arte e ato certeiro, prosa gigante
Terna e peregrina, o verso amante
Deixando o sentimento aflorado! ...
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
09 fevereiro, 2022, 10’59” – Araguari, MG
Que na presa de seu olhar, não dispa meu traje, mas sim a carne por este corpo que esquenta minha alma!
Ainda não é tarde demais para um verão
Dê uma alforria a este inverno
Que ainda há dentro de você.
Ofereça a mim um pouco de ti
Trajando junto teu sorriso.
Que assim terei um prazer
Em agasalhar teus sentimentos
E em despir tua alma.
Como é gostoso te amar
E como tu me faz sentir
Teu rosto colado
E o beijo calado
Pronto para me despir a alma
Dívidas de Karma
Aos trinta e três e só me resta esta cruz pesada
esses olhos cheios de lágrimas
esse corpo (já) inadequado
que carrego a tanto tempo comigo pra todo lado que vou.
Só me resta esse corpo estranho que se veste de mim
e doura minhas retinas nos domingos de lua brilhante no céu.
Só me resta este peso extra que não me serve a nada,
quase um meu martírio, que trás consigo minh'alma
aprisionada em suas entranhas.
Só me resta esta minha alma, que segue calma
a espera de ser um dia realmente feliz.
Pra'lém desse corpo cansado, quase centenário
que segue aprisionado nesse mundo e se sente tão infeliz.
Se descobrisse um jeito, me livrava desse corpo
antes mesmo d'ele estar morto ou d'ele voltar a viver.
Seguia só, de braços dados com minh'alma
passo a passo, seguia pra longe de toda essa confusão.
Se pudesse, me despia desse mundo e nu mudava de direção
deixava de herança essa cruz pesada que carrego a tanto
e pisando duro, seguia firme marcando os passos no chão.
Se pudesse, caminhava pra longe dessa história vazia
cheia de dívidas de Karma.
Só caminhava, nem pra trás olhava!
Seguia em frente, pra longe de toda essa gente
que nem se vê ou vê alguém a sua frente.
Se pudesse, despiria o mundo de seus corpos mudos
lhes mostraria o brilho que trazem consigo em suas almas aprisionadas.
Se pudesse, despiria toda essa gente de seus corpos mundos
só pra que pudessem enxergar o que trazem por dentro
além do lamento desse intermitente refrão triste que ecoa agora.
Se pudesse, pagava a dívida do mundo
e livrava toda essa gente desse maldito karma.
Jamais deveríamos permitir-nos acordar de manhã, levantar e sair desprovidos de alma. Pior do que andar despidos seria deixar que outros nos vissem desalmados. E que triste seria um corpo vazio de amor, já que pessoas sem vida são incapazes de amar.
Pretendo conquistar a tua confiança tratando-te como mereces de um jeito que outro não fez, sem falsidade, sem pressa por resultados, com sentimentos honestos e atosque comprovem o meu apreço, que transmitam de verdade que faço questão de estar contigo até chegar o ponto de ficares à vontade para estares despida de corpo e alma na minha presença, desta maneira, contemplarei a elegância dos teus traços e o ardor da tua essência externado na graciosidade dos teus movimentos. É evidente que serás admirada dos pés à cabeça, será o nosso grande momento e que seja o primeiro de muitos com amor, respeito e também alguns atrevimentos. Uma dádiva e tanto se ficarmos juntos, este é o meu sincero desejo.
Boa noite
Simplicidade é o despir da alma, corpo e sensações
porque simplificar se podemos complicar, né
complexidade são alvos de muitos,
simplicidade...de poucos!
complexidade dos mais ousados e audazes,
simplicidade é da da gente, como a gente que não busca alvos, mas objetivos,
complexidade.... hum tão salutar
simplicidade tão perto do coração,
complexidade...prá quê
se a simplicidade sempre nos norteou e nos conduziu até aqui,
Mas olha...precisamos da ousadia, complexidades, simplicidades,
os avanços e destemores sem se esquecer que tudo termina e dorme no berço da simplicidade
Forte, é todo aquele que tem coragem de despir a sua alma, e diante do espelho do seu carácter, parar, refletir, identificar e assumir os seus erros, as suas quedas e fracassos, pedir perdão, assumir quedas, para depois, com Deus, usar tudo para cultivar uma nova forma de caminhar no terreno pedregoso da vida!
Assim, seremos espelhos que refletem a imagem de Deus!