Despir nossa Alma
Hoje, resolvi me despir da preocupação com o futuro, com os desejos, com os medos... Hoje me despi do orgulho e da vaidade, me despi dos laços com o passado, do olhar alheio que me cobre e me enfeitei de sorrisos, arrumei o coração e me vesti com a mais pura alma lavada!
PLENITUDE
Podemos despir, apenas por uma noite,
o corpo de uma mulher qualquer
a fim de saciar o nosso corpo,
nosso instinto, nossos desejos.
Não é difícil, mas é excitante.
Mas, para termos por todas as noites
uma mulher especial ao nosso lado,
precisamos desnudar a sua alma,
seu íntimo, seus segredos.
Não é fácil, mas é gratificante.
(Livro “Arcos e Frestas”, página 34)
Alma despida
Sabe quando falo de se sentir bem,
De estar bem,
De estar feliz,
Se sentir a vontade,
Ter desejos,
Estar inspirada?
Vi você assim ontem.
Além de sentir por você tudo o que já te contei
Sempre reparo o quanto te faz bem estar motivada
E isso é fácil perceber nos seus mais simples gestos
Em frente ao espelho ou em uma sessão de fotos
Quando arruma os cabelos
Ao fazer um biquinho
Ou tentar um melhor anglo.
Te ver assim é o que me faz bem de verdade!
E é isso que amo em você
Sua alma despida.
O que é fazer poesia?
Se não despir,
e conjugar a alma,
em todos os tempos,
para todas as pessoas?
BMelo✍🏼
CORPO E ALMA DA POESIA
Bendita a prosa que segue o rumo
De um coração, quase que despido
Das vaidades, na poética o prumo
Do corpo e alma no canto esculpido
Bendita o verso de uma rima pura
Onde figura a sensação da gente
Com trovas tantas, sem censura
Que a ritmo da imaginação sente
E, um afago na atenção do bardo
De um ardor a vibrar tão felizardo
Faz o jeito de trovar mais afinado
É arte e ato certeiro, prosa gigante
Terna e peregrina, o verso amante
Deixando o sentimento aflorado! ...
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
09 fevereiro, 2022, 10’59” – Araguari, MG
Com a tua alma despida,
a tua essência fica exposta
com uma intensidade que me excita
de uma forma audaciosa e sincera
por seres uma mulher maravilhosa
e cheia de vida como uma chama acesa.
seu rosto é agora um sol posto atrás das árvores despidas, uma visão melancólica que oprime a alma...
Eu despi minha alma pra você
Deixei meus desejos e pensamentos nus ao seu toque
Seu toque, seu cheiro, teu calor
Nunca senti
Mas sempre foi como se sentisse
Como se dividíssemos o mesmo corpo
Minha alma, essa nunca se conectará com ninguém
Não como me conecto a você
Por você me viro do avesso
Pra me fazer sua
Pra ter por um último momento o teu querer.
Eu e minha alma.
Hoje me despi.....
Despi pra valer minha alma.....
Observei e resolvi tirar aquilo que não me acrescenta.....
Se algo me sufoca...
Aqui de corpo nu e cru.....
Me exponho por inteiro......
Me lavo dos pecados...
Me lavo de tudo..
Me lavo das Criticas falsas.......
Essas que vinham me ferir.....
Re-escreverei em minha tábua.....
E no meu interior.....
De frente ao espelho...
Ouso-me então...
Mergulhar dentro de mim.....
E visitar minha alma cansada e ouvi-la......
E falando vou me rasgando...
E fazendo zumbidos em meus ouvidos....
Eu quero...
Um sussurro profundo...
E quero que ela me diz...
Nunca mais se esqueça.....
E vou Perguntar á ela....
De quê.....???
De nòs por favor....!.
Trato feito...
Juízo perfeito...
Para eu você...
Fazermos direito...
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Depois de um dia exausto, cheguei em casa, tomei um banho de água quente; quando me despi - junto com as roupas - tirei todos os aprioris, os preconceitos, os estigmas, ali estava eu, genuinamente. Aos poucos, a água quente foi bailando em meu corpo, escorrendo, com ela, iam as impurezas, um pouco de mim, senti-me energizado. Por um momento pude sentir a pureza de está ali sendo eu em uma das mais lindas demonstrações de autenticidade: a nudez, do corpo, da alma. A pureza invadiu um espaço em mim. Nesse encontro de energias, de uma alma fria com uma água quente, houve a fusão de duas forças. Houve um equilíbrio. Chega o momento tênue de fazer as pazes comigo mesmo depois de um dia longo que me roubara. Dessa pureza que agora me encontro, consigo destilar o que ainda não sei nomear. Mas sei que quero sentir. Só sentir.
ALMA NUA
Ainda que silencioso, a trilhar, eu sigo
Despido de uma sensação que conforta
Tenho emoção, essa sorte que bendigo
Mesmo sabendo que a carência corta
A doce ilusão, como é bom e importa
Tudo é confiança, e nada eu maldigo
Bem sei que no tender se tem porta
E na simplicidade do querer o abrigo
Então, desconfortado, assim vou, eu
Tal qual um poeta sem devoção sua
A procurar o amor que já se perdeu
E nesta de ser feliz na infelicidade
Me vejo no espelho de alma nua
Matutando o mantra da saudade!
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
28/10/2020, 05’34” – Triângulo Mineiro
É uma delícia mandar nudes
da alma.
Despir a essência é o que há de mais profundo em nossa intimidade.