Despir
QUERO ME DESPIR DE TUDO QUE ACHO,DE TUDO QUE ME CONDENA;MERGULHAR EM MIM E ENCONTRAR-ME COMIGO;QUERO PLENA LIBERDADE DE EMOÇÕES SEM ACUSAÇÕES;QUERO ME TOCAR DELICADAMENTE E ME SENTIR...QUERO SER LITERALMENTE LITERAL.
Rasgue minha roupa
Atice meus instintos
Vem despir a minha pele
Domina-me!
Me inflame os desejos
O prazer,tesão...
Uma fêmea vorás tu terás
Presa em delírios por teu
Louco desejo de possuir-me
Hannah Lessa
Algumas coisas podemos despir como se fossem roupas, mas há certas peculiaridades que seriam como se tirassem nosso sangue.
Feliz o homem que chega a ser maquiavélico na sua verdade. Saber despir a crueldade com requintes de sarcasmo e elegância de príncipe não é pra qq um. É preciso ter uma bigorna no fundo do âmago para não flutuar na demagogia. Maquiavel era a bigorna em pessoa.
Sagaz era meu desejo
ver-te em belas vestes
e ao despir-te
vasculhando cada parte de ti
dando evasão aos mais intrepidos anseios
onde olhos cultuam-se veementemente
os lábios tocam-se
os corpos em uma voluptuosidade
em um dualismo carnal/moral
mas desprovidos de tabus
rendemo-nos
delatando nosso amor
uma ardente paixão
em meio ao tempo
e ao vento
registrando tudo em
res cogito
res externa....
Carolzita
Publicado no Recanto das Letras em 05/03/2007
Código do texto: T402324
É uma delícia mandar nudes
da alma.
Despir a essência é o que há de mais profundo em nossa intimidade.
“Quando se veste mais de Deus, experimenta se da tua honra, porém ao se despir a vergonha da nudez ilusória é escancarada.”
Giovane Silva Santos
"Tenha humildade em despir diante do altíssimo, porém necessita do espírito de coragem para sair da nudez."
Giovane Silva Santos
Retrato ou Paisagem
Atento-me sutilmente a não despir meu sorriso quando inapropriadamente me insultaria. O encantado não descortina com os olhos contudo a alma se conecta em calmaria. "Errado", permitir abrir o que deve resistir fechado mesmo quando aspiro o verso. Adoto sim, tal movimento, quando confortável estou. E caso contrário aceito e respeito a tão solidão dos meus lindos lábios. Afinal o que ganho e perco, logo presumo. Então! Naturalmente percebo que "assim"é acolhedor e devastador. E se me permite dizer! Faça o que lhe bem entender. Devasto é ser o que não é, despindo "minhas roupas" para vestir um número que não já cabe. Uma avalanche com fim e final sem fim. Contento em dizer que mais belos são pequenos momentos de paisagem do que um retrato qualquer. Por mais beleza que aja em ambas, se a escolha que mostro fora dessemelhante ao que navego mundo a dentro, a frieza de um conduz a leve e sutil aversão bela da verdade.
beijo é
medo de se despir da própria vida,
e como uma roupa vestir-se com a vida do outro,
medo de se esvair do seu existir,
e renascer na existência do outro,
é medo de se ver sumindo do seu aconchego
e se deslocar para um novo lar,
lábios..
Decidi me despir, tirar a roupa, esvaziar a mente, arrancar a coroa e lavar o rosto.
Descobri em mim, algo que nem mesmo eu sabia: Eu sou melhor nua.
Queria me submeter ao tempo.
Ser Érico! Escrever sobre o vento.
Despir os grilhões da cruel armadura..
Ser Coralina! Envelhecer com candura.