Despedida de Emprego
Carta a quem já me disse Adeus.
Eu não vou me desculpar pelo lado ruim, nem me perguntar por quantas vezes você pensou em ir embora antes de fazê-lo. Não vou me ater aos rabiscos, aos malfeitos, às partes tortas e a nenhuma dessas coisas que passam pela nossa cabeça assim que somos abandonados. Não vou te culpar por alguma crise de choro ou por alguma cirrose futura, nem espalhar aos quatro ventos alguma história que me torne vítima e tiranize você.
Eu vou sentir sua falta. Aliás, eu já sinto. Sinto que eu deixei escapar a minha melhor chance de ser feliz – e isso não é nenhum estado depressivo que se agrava e se repele automaticamente depois de algum tempo. É conformismo. Constatação das brabas. Daquelas verdades inconvenientes que são pregadas na parede do quarto feito papel de parede que a gente não escolheu. E nem adianta tirar porque a pintura vai descascar e esfarelar tudo. Vai sujar o chão. E as marcas de que um dia eu te perdi vão continuar ali – nas ruínas de um quarto velho e torto no segundo andar de uma casa desalmada qualquer.
Adeus serve pra gente reconhecer no rosto de quem vai embora alguma história da qual tenhamos participado. Os traços do outro vão sempre contar um pouco da gente – principalmente quando a gente ajuda a carregar as caixas, com o coração na mão. Você tinha olhos baixos e meio marejados, e eu sabia que era de saudades da brisa da casa de praia. Dos passeios de barco. Do céu estrelado. E me olhou com tanto carinho antes de me beijar a testa – e eu sei que isso significou muito pra você. Que você foi embora com o coração dilacerado. O meu, em 3/4 e o seu em 7/8. Grudou as mãos suadas antes de devolver as alianças. Mas parece que fez uma força extra-humana para tirá-las dos dedos – é que o costume molda a gente, ainda mais se é voluntário. Moldou o seu corpo. Desacostumou-se aos outros. Se rendeu a minha forma. Mas agora você vai embora quebrada, e eu também. Cada caco reunido com o pouco de força que a gente ainda tinha. E nós deixamos as fotos na estante. Pra lembrar que aqueles dois se amaram, e que amor que é amor não se acaba.
Você foi a melhor coisa que me aconteceu em muito tempo – e só Deus sabe como eu amei você. Do meu jeito, mas amei. Com pretensões, com modos de indicativo e imperativo, sem modo algum, com gentileza e cadeiras puxadas pra você cair diretamente nos meus braços. Com trinta e sete minutos de conversa antes do dentista, com pano e água gelada pra baixar a febre, com o coração na mão pra pedir desculpas depois de ter feito você chorar. Amor não se acaba, morena. Amor fica intacto no espaço e no tempo. A gente é que muda e faz dele fantasia. Abstração. O factual continua com a vida, mas o amor ficou guardado entre o dia em que você me disse que não entendia nada disso de amor, e o dia em que me deu Adeus. Suspenso no ar. Como se ele desacreditasse piamente naquele vocabulário extenso que englobou a nossa despedida.
"DIZER ADEUS"
Estás sempre a dizer adeus
Estarás sempre de partida
Tenho medo da dor da tua ausência
Que me queima por dentro
Que devora-me a carne
Da tua ternura é que eu tenho medo
Da beleza das nossas noites secretas
Quando chegas é como se fosse a última
Medo de chegares um dia queiras apagar
Ou cessar este fogo das águas ardentes
Onde as nossas almas, os nossos corpos
Queimam de desejo como uma fogueira
Na areia escaldante do deserto, que desfaleça
Como um rio, solitário que caminha para o mar.
Ao ver algum sorriso de alguém para você, é hora de dizer adeus à solidão. O sorriso é a chave que abre até as portas de toda escuridão.
Olha ali, o sol já vai embora sem dizer adeus
Mas sei que não demora pra voltar,
Faça o que tem que fazer, sem se arrepender
Mas me dê aquele seu sorriso que tanto me trás paz.
Se eu insistir agora você não vai crer, vai rir de mim,
Vai me deixar sozinho aqui.
Se você sorrir agora eu vou me encher de esperanças
E como uma criança resolver voltar, mas não vou voltar
Não faz sentido esperar que o tempo
Mude o que há tanto tempo sempre foi igual,
E tanto faz, deixe o dia amanhecer
Vamos conhecer o que o sol trouxe de novo pra nós.
Só pra nós!
E eu sei, se eu insistir agora você não vai crer, vai rir de mim,
E me deixar sozinho aqui.
E eu sei, se você sorrir agora eu vou me encher de esperanças,
E resolver voltar mas não vou voltar
Não faz sentido esperar que o tempo
Mude o que há tanto tempo sempre foi igual,
E tanto faz, deixe o dia amanhecer
Vamos conhecer o que o sol trouxe de novo pra nós.
Só pra nós!
ACENO DO ADEUS
Caminho só
Sem o toque da sua mão
Segurando a minha
Trêmula
Mas não parei
É preciso seguir
Ainda que sem o esteio
Da sua mão
O caminho é turbulento
Cheio de pedras e espinhos
Mas caminho
Sem a sua mão
Não por querer
Mas por ser preciso
Caminhar até chegar
A hora de parar
A estrada é longa
Sem parada para o descanso
Mas agora estou calçada
E sigo andando só
Ainda sinto no tato
O calor da sua mão
Que se soltou da minha
Sem me avisar
Meus passos ainda trôpegos
Vão se firmando aos poucos
Nesse caminhar solitário
Mas preciso
Chegará o dia
Em que o meu caminhar
Não mais precisará
Da sua mão
Mas levarei comigo
A eterna gratidão
Do aprender a andar
Que começou com a sua mão
E passado todas as dores
Olharei o caminho percorrido
E acenarei com a minha mão
À sua mão deixada lá atrás...
(Nane-23/03/2015)
Adeus poeta...
Toda e qualquer morte afeta
porque nos rouba a alegria
deixando a alma incompleta
de engasgar a cantoria
e quando morre um poeta
quem mais sofre é a poesia.
No silêncio
Nem mesmo um Adeus
Foi capaz de me fazer te esquecer
Vejo você em tudo
Sofro sozinho, no silêncio do entardecer
Sempre que penso em você
Procuro um lugar pra chorar
A dor é intensa e machuca
Me fazendo sofrer e chorar
Lembro dos seus beijos
Meu lábio no seu
Nossos corpos em frênese
Éramos um só corpo uma só alma
Sofro sua ausência
Sofro calado
Choro no canto jogado
Choro sem sua presença.
Como posso te dizer adeus..
Se essa vontade não é minha..
Como posso apagar da minha vida..
algo que já está gravado..
sacramentado.. e faz parte de mim...
Como posso esquecer vc..
Se já fazes parte de mim...
Dê adeus ao seu antigo "eu". Dê adeus à aventura que já devia ter acabado. E dê boas vindas para a nova que se inicia. E ela, meu amigo, começa agora.
Adeus
Vá embora
Saia pela mesma porta que entrou
Adeus
Já não cabe mais no peito
Já ficou sem jeito
Já perdeu o sal
Adeus
Pela última vez:
Fique!
Você é o tchau contido querendo voltar. Você é simplesmente aquele Adeus que não se despede..." (...)
Oh não
Você diz Adeus, e eu digo Olá
Olá, Olá
Eu não sei por que você diz Adeus
Eu digo Olá, Olá Olá
Eu não sei por que você diz Adeus
Eu digo Olá
Você foi embora e nem ao menos me disse adeus, agora volta e nem sequer me pede perdão! Que posso fazer, se não consigo desobedecer meu coração...
Ele me disse Adeus profundo e eu respondi acho que ele se foi de verdade, algo em mim inda diz que ele vai voltar, inda se iludo com palu, mas sei que não é verdade não que a vida é esse terror.
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