Despedida a um Professor Querido
A aula que vale a pena é aquela que satisfaz o aluno e o professor.
É a aula que inquieta, instiga, provoca o pensar.
É a aula, na qual não existe quem sabe mais ou quem sabe menos. Ao contrário, é a aula onde aluno e professor, são parceiros na grande aventura de aprender.
É a aula que possibilita a invenção e a reinvenção da história de cada um; que possibilita a leitura e interpretação do mundo de um modo crítico, porém, humano.
É a aula que permite o “boom” do conhecimento de modo suave, numa atmosfera de conforto emocional...
É a aula que resulta em crescimento e realização pessoal.
Não existe aula ideal, nem aluno ideal, nem professor ideal. Há sim, a aula real, a que atende ou não as demandas do aluno. Há o aluno real, que traz potencialidades e dificuldades a serem trabalhadas. E há o professor real, que a partir da realidade de seus alunos, de seu arcabouço cultural e repertório de vida, trabalha o conteúdo, bem como a forma de comunicar. Penso que aqui está a chave: saber comunicar, como despertar a atenção e o interesse do aluno em situações em que ele não está disposto a aprender. Cabe ao professor demonstrar seu interesse pelo aluno, proximidade, fazendo o aluno compreender que o professor não é seu inimigo, mas um parceiro, um aliado na construção de seus conceitos e conhecimento.
Uma aula que vale à pena é aquela que consegue transformar professor e aluno; ou como dizia Alicia Fernandez, psicopedagoga argentina, é quando o professor consegue assumir papel de aprendente e dá a seu aluno a chance de ser o ensinante. Essa troca inteligente e humilde torna significativo o processo de ensino-aprendizagem e permite assim que aluno e professor tenham êxito na aula em questão. Afinal, uma aula que vale à pena tem de fazer sentido para todos que estão envolvidos nesse árduo processo que é a arte de ensinar. Um filme que me tocou muito e exemplifica claramente esse questão é Como estrelas na terra. Vale à pena assistir e refletir sobre o papel de cada personagem, trazendo em seguida para nossa realidade e adaptando de acordo com nossos conceitos e necessidades.
A aula que vale a pena é aula que há aprendizado dos envolvidos, professor aluno e vice versa. Pode ser uma visão utópica demais para os dias atuais de nossa educação. Vejo nos meus alunos, quando o assunto é despertado pelo professor o tema é bem desenvolvido, as visões, opiniões e a teoria complementam e refletem o conhecimento sendo aplicável ou não. O importante são as relações construídas. A educação precisa humanizar pra encontrarmos os melhores caminhos. Bj amiga espero ter ajudado mas é o que penso pois é o momento que vivo hoje...
Dizem que juiz tem que ganhar muito porque estudou muito... E o professor que o formou quando deve ganhar?!
O tempo didático (para ensinar) é igual para todo professor e corresponde ao tempo da duração da aula, porém o tempo de aprendizagem é diferente e particular para cada aluno. Professores temos que respeitar isso!
...quando estou em aula, não consigo falar, participar ou perguntar algo para o professor: a minha garganta trava, sinto insegurança minha voz não sai.... não gosto que as pessoas me olhem quando alguém me pergunta algo em público..."
“Para o professor ter condições de transformar a realidade do seu aluno, precisa primeiro aceitá-lo do jeito em que se encontra”.
Quando a dor vem da alma
Quando ainda era acadêmica ouvi de um professor algo que nunca esqueci "quando tudo dói a dor não é física"...
Talvez eu não tenha dimensionado naquele instante a grandeza desse diálogo. Hoje geriatra, vivenciando diariamente a rotina dos meus pacientes, vejo o quanto esse olhar me abriu para compreender cada um que chega com dores por todo corpo; muitas vezes não sabendo nem por onde começar ou sequer explicar como acontece. Ouço com atenção às queixas de dores de cabeça, no estômago, musculares, ósseas, palpitações, náuseas, coceiras...
Depois faço apenas uma pergunta " o que está realmente acontecendo com você? " Após um minuto de hesitação e até espanto, a maioria cai num choro convulso e doloroso. Deixo o choro libertador acontecer e então no lugar das queixas álgicas ouço término de relações, perdas de pessoas queridas, problemas financeiros, medos, angústias e ansiedades... Novamente lembro - me da frase " quando tudo doi a dor não é fisica"... Não é! A dor é na alma...
Tudo que nos faz mal e guardamos, por um mecanismo de defesa, vai sair de alguma forma... muitas vezes em forma de doença! É nosso corpo físico gritando pelo resgate da nossa alma... É nosso corpo nos confrontando com nosso eu... É nosso corpo nos mostrando o que não vai bem... É nosso corpo dizendo " olhe pra você "
As vezes é difícil compreender e até acreditar nisso. Normal! Estamos tão mentais, tão obcecados pela objetividade que só mesmo adoecendo, doendo, machucando é que paramos para valorizar nossas sensações e nos perceber. ..
Ninguém gosta de sentir dor, ninguém quer adoecer, todo mundo teme se machucar...
Alertas!
Quantos alertas nosso corpo precisa nos enviar para olharmos pra ele, de verdade!
Sejamos mais atentos , gentis e cuidadosos com nosso corpo...
Sejamos mais atentos, generosos e amorosos com nossa alma...
Toda dor é real...
Toda dor é tratável. ..
Todo corpo deve ser templo...
Toda alma deve ser leve...
O tempo,um grande mestre em fazer mudanças,um grande professor que silenciosamente faz todos um dia compreender.
O professor já foi autoridade em sala de aula, um profissional de respeito, mas agora fazemos o que dá, o que é possível ou nos deixam fazer. Somos regulados por denúncias de populares comuns a algozes de plantão, só porque têm filho na escola e não confiam na escola. Então descontam em alguém. E os noticiários cobrem tudo.
Antes dos governos petistas, o professor era a figura principal da escola e a cozinheira, secundária. Depois deles, a cozinheira passou a ser a figura principal e os professores ficaram em segundo plano. Antes os alunos iam à escola para se educarem, hoje, eles vão à escola para tomarem refeição e de quebra alguma coisa da parte dos professores.
Um professor desconhece os perigos de sê-lo. Mas, as forças do além fazem-no permanecer vivo, porque ele precisa exemplificar o que ensinou! É professor e cobaia de si mesmo!
O professor de AEE deve ver o professor Regente como o seu cliente, o aluno deve ser um sucesso na sala regular, pois sala de aula é o que mais imita a sociedade (pares, tarefas, desafio, hierarquia, relacionamento, regras).
A profissão de professor, não permite permanência na zona de conforto!Temos que aprender sempre mais para tentar ensinar sempre melhor!
Falar mal do trabalho de um Professor, Advogado, Jogador, Treinador ou Médico é fácil! Difícil é fazer o trabalho melhor que eles, não como passatempo mas como profissão!
A gestão democrática supõe a redefinição do papel do educador. O professor deixa de lado a função de depositador de conteúdo e se torna um design da informação, tutorando o conhecimento. Como o processo de ensino é intencional, o aluno se torna protagonista da aprendizagem.
Nunca compreendemos melhor a loucura de ser professor público do que quando libertados das fantasias academicistas.