Despedida a um Professor Querido
PROFESSOR EDUCADOR
É comum, no período que antecede o início das aulas, terem as crianças uma certa expectativa, um certo desejo, antecipando o que será a escola. Têm, as crianças, a tendência de gostar do professor. É o gosto da novidade, do que não conhecem – é a aventura do aprendizado. Começam as aulas e algumas expectativas são superadas, outras frustradas. Alguns encontros se revelam marcantes, outros nem tanto. Há alunos que voltam para casa, dos primeiros dias de aula, desejosos de narrar aos pais cada detalhe de seus professores.
Em uma leve viagem ao passado, todos rapidamente nos lembramos de alguns professores. Por que desses e não de outros? Porque alguns marcam mais. E é desses professores que a pessoa se lembrará ao longo da vida.
Infelizmente, muitos professores se convertem em burocratas da escola. Estão ali exercendo a profissão de estar ali. E nada mais. Sem perfume nem sabor. Sem encontro nem encanto. Apenas ali, munidos de um programa determinado, e sequiosos do fim, já no começo. Tristes mulheres e homens que embarcam na profissão errada e lá permanecem aguardando a miúda aposentadoria. Não são maus. Apenas não são educadores.
Há aqueles que educam desde os primeiros raios da aprendizagem. Preparam-se para a celebração do saber e do sabor – palavras com a mesma origem. Lançam redes em busca de curiosidades, surpreendem e permitem surpreender; ensinam e aprendem com a mesma tenacidade. Estão ali, em uma sala de aula, desnudos de arrogância e ávidos de vida. Não temem a inquietação das crianças e dos jovens. Não negligenciam o conteúdo, mas valorizam os gestos. Gestos – é disso que mais nos lembramos dos nossos mestres que passaram. E que permaneceram.
Lembro-me de alguns, como a Ana Maria, professora de história, que nos instigava a estudar antes da aula o tema que seria trabalhado. Quando chegava a aula, ela propositadamente errava, e nós a corrigíamos. Era um jogo, uma didática simples que empregava. Eu chegava a sonhar com aquelas aulas. Ela despertava o gosto pela pesquisa e destravava os mais tímidos. Todo mundo queria corrigir a professora.
Talvez um exercício interessante para o professor seja o das lembranças. Lembrar-se, de quando era aluno, daqueles professores que eram educadores, e de repente ter a humildade de imitá-los ou até reinventá-los.
E não há tempo nem idade para fazer diferente. É só ter uma característica que Paulo Freire considerava importante para toda a gente mas essencial para quem educava: gostar de viver.
Quem gosta de viver não tem preguiça de reinventar, nem medo de ousar. Quem gosta de viver não tem medo de ternura, da gentileza, do amor.
Quem gosta de viver, educa!
Ser EDUCADOR, PROFESSOR, ENSINANTE, pode não ser um sacerdócio, uma vocação, um dom, mas com certeza é uma opção. A escolha feita sempre nos remeterá ao comprometimento com o peso da bagagem sociopolítica e cultural de cada um.
O professor também é um poeta que escreve seus sonhos. A diferença é que o professor escreve e exige que você leia.
Quando você olha no retrovisor da sua vida
sempre vai descobrir um professor que foi fundamental
na sua formação.
Já dizia um velho professor: 'Um dos problemas do Brasil é que a maioria das pessoas querem alguém que os adule, satisfaça suas vontades, e, não alguém que governe!'
"Quem nada tem,nada pode dar. Eu só posso doar aquilo que tenho. Sou Professor e Educador. Sei que o outro precisa de mim, portanto preciso ter algo para doá-lo."
Com seus conhecimentos acadêmicos e métodos pedagógicos, o professor faz com que se entenda ao aplicado e faça-se entendido.
Feliz Dia do Professor!
Professor é a maior autoridade que já vi na Terra, pois é através dela que se forma as outras.
Quando me chamam de professor, sinto um peso enorme da responsabilidade do saber e vejo o quão distante encontro-me da possibilidade de não sentir isso.
O professor humilhado dentro da sala de aula por um salário de esmola; enquanto o mundo enriquece, idolatra influencer que faz vídeo no Instagram pra ficar te indicando loja.
A diferença do professor para a inteligência artificial é que esta nunca alcançará a alma e o coração de quem aprende.