Despedida
Bésame en la tormenta, bésame en la calma, bésame en la alegría, bésame en la tristeza, pero no me beses diciendo adiós.
- Eu pensei que nunca mais te teria!
Olhos nos olhos.
Respiração ainda ofegante.
Nenhuma palavra.
- É, infelizmente não te tenho mais mesmo, concluiu ele. Alguns amores reclamam uma cerimônia fúnebre.
Só isso.
Sem epitáfios.
Guardei momentos lindos
O resto joguei fora
Guardei do riso
O mais lindo sorriso
Da boca o que dela foi preciso
O resto joguei fora
Guardei o silêncio do aconchego
O eu te amo, te desejo
O barulho do seu beijo
O resto joguei fora
Guardei e muito bem guardado
Tudo que me foi doado
Em cada toque compartilhado
O resto joguei fora
Guardei momentos lindos
O resto joguei fora.
Cacofonia
Enquanto te espero
Não realizo o que quero
Melhor deixar-te partir
Sei bem por onde eu quero ir
Um amor que se despede, desejando a felicidade do outro. A história finda, mas a lembrança e o carinho permanecem. Seguir em frente é a prova de amor.
Porquê me seduziste?
Nem ao menos te toque
no teu corpo não peguei,
do teu espinho não tirei.
O Porquê deste aroma?
me prendendo com teu feito,
me envolvendo desse jeito,
me deixando sem noção.
O que fiz foi passar do teu lado,
mesmo mal intencionado,
com a morte não merecia ser enganado.
Me feriste quando te olhei.
Marcaste-me com as armas que te dei!
Mesmo que eu vá, marcas tua levarei.
"Conhecer-te"
Durante a madrugada eu fiquei a pensar
Isolado e profundamente a devanear
Sobre coisas complicadas como o destino
Que tem o seu laço certeiro e ferino
E que marca em meu peito a profunda dor
Uma mais dolorosa que a do amor
Uma dor viva em meu pensamento
De um futuro triste em contento
Que será me afastar de você um dia
E assim morrer de vez minha poesia
Aleatoriamente você veio guiada pelo Universo
Inspirando-me a criar cada palavra deste verso
E florescendo em minha alma o desejo
O mais latente, porém verdadeiro almejo
Que uma alma errante é capaz de apreciar
Uma deusa de beleza que me tira o ar
Mas eu tenho medo de apreciar tal beleza
Infelizmente há temor em minha natureza
Tenho receio de me afastar de você um dia
E assim morrer para sempre minha poesia
Aprecio seus cabelos como a Lua prateada
Sua face de beleza nunca antes imaginada
Seus lábios ecoam em minha mente
Em um desejo intimo e latente
Suas palavras são doces como o mel
Por ti escalaria a torre de Babel
Se fosse para ver novamente seu esplendor
Porém que me desperta tanta dor
Por saber que talvez me afaste de você um dia
E assim morrerá toda minha poesia
Se for pra ser que o inferno seja meu destino
Que do céu eu nunca ouça o derradeiro hino
Se este for o preço de estar contigo
Mesmo que sofrer seja meu castigo
Já que conhecer você foi crueldade
Porque me despertou a maldade
Para de essa forma blasfemar:
- Nem mesmo Deus me impede de te amar
Mas quem sabe isso acabe um dia
E essa seja nossa última poesia...
Passarinho
É chegada a hora de se despedir, de descobrir e se reinventar. Logo eu que nunca fui de dizer adeus escrevo esses versos, como prova do meu desalento e mesmo querendo tanto estou indo embora para não mais voltar. Tão de repente você passou pela minha vida mostrando que o inesperado pode acontecer em um beijo dentro do carro em qualquer lugar. Mas insistir não é mais a solução, é necessário deixar fluir para limpar o coração. Me despedir agora é a única opção, quando se já não tem mais emoção. Ficam as lembranças e os dias se vão, guardo no coração momentos que não se repetirão. Mas de tudo tirarei uma lição, um passarinho inesperado te espera em qualquer estação, no estacionamento, na academia ou na fila para comprar pão. O importante é seguir o coração, em uma outra perspectiva agora a visão, de que amor é libertação. Deixar ir é a minha decisão, e dos meus últimos versos faço a minha confissão.
Carta Aberta: Cansei, Lutei Até Meu Limite
A quem ainda se importa,
Eu lutei. Lutei com tudo o que tinha, com tudo o que restava de mim. Dia após dia, me levantei quando queria ficar no chão, sorri quando minha vontade era desmoronar, fui forte até quando a força me abandonou. Mas agora, cansei.
Cansei de fingir que estou bem para não incomodar, de carregar um peso que ninguém vê, de gritar sem que ninguém ouça. Cansei de ouvir que tudo é fase, que vai passar, que basta ter fé. Porque não é assim tão simples. Nunca foi.
Não peço que me entendam. Apenas que saibam que eu tentei. Tentei ser quem esperavam, tentei encontrar um lugar no mundo, tentei carregar minha dor sem transbordar. Mas há batalhas que não se vencem, há cansaços que não se curam com descanso.
Se eu partir, saibam que foi depois de uma longa guerra, não de um único dia ruim. Se eu ficar, saibam que estou além do limite, e só preciso que alguém perceba sem que eu precise explicar.
Cansei, mas ainda estou aqui. Até quando, não sei.
[JB]
A Arte Secreta de Partir
Não ficaremos presos ao sofrimento para sempre. Haverá um momento em que o cansaço vencerá o choro, em que o silêncio será resposta, e a aceitação, descanso.
Aceitaremos que chegou ao fim. Que nada mais mudará.
Mas não partiremos de qualquer jeito. A despedida precisa de tempo, de rito, de memória.
Então, nos ergueremos. Nos arrumaremos. Sorriremos para que fiquem as melhores lembranças, para que até o perfume da pele se transforme em saudade boa.
Arrumaremos a casa. Veremos os amigos. Daremos abraços longos— daqueles que dizem, sem palavra alguma, que ali, naquele calor, se pudéssemos escolher, ficaríamos para sempre.
E talvez gargalhemos, para que o som ecoe na eternidade.
Antes de partir, a gente se deixa. Porque, embora a decisão já tenha sido tomada, o desejo é ficar.
Ficar no olhar de quem nos viu, no toque de quem nos sentiu, nas memórias de quem nos amou.
E ser lembrada da melhor forma possível.
Sorrindo.
FUI QUANDO NÃO ESTAVA
Parti tantas vezes sem me mover.
Deixei que o silêncio me carregasse,
tornei-me ausência antes mesmo de partir.
Houve dias em que fui sombra,
presença sem voz,
um nome dito sem significado.
Eu estava ali,
mas não me sentia,
não me encontrava.
As palavras se calaram,
as vontades murcharam,
e no espelho, vi alguém que não reconheci.
A vida seguia ao meu redor,
mas dentro de mim,
eu já tinha ido.
Agora percebo—
partir nem sempre significa ir embora.
Às vezes, é apenas desistir de permanecer.
E o mais difícil não é partir,
é reaprender a estar.
Será que tive que cruzar o oceano para encontrar você?
Será que fui tolo de me declarar sabendo que não poderia te ter?
Sera que nosso fio vermelho é tão forte ao ponto de não se romper?
Queria querer estar com você, mas me impede a certeza pois tão grande é a dureza de ter que sofrer.
Entrando em meus silêncios,
A alma a me abandonar,
Afogando-se no véu
Do tempo a me assombrar.
Vejo a cor, que se desfaz,
Rastro tênue de um luar.
A paisagem em minha voz,
Chama que vem me queimar.
Não és um sonho fugaz,
És meu pranto e meu pesar.
O medo de te perder
É a dor que nunca há de calar.
Olho a cor da despedida,
Chama que insiste em arder,
A paisagem que me fere,
No receio de te perder.
Não és miragem ou sonho,
És o brilho no meu olhar,
Mas o medo, persistente,
Torna o amor a me sangrar.
És a luz que me consola,
Na escuridão do existir,
Mas se fores, minha alma
Terá no vazio seu porvir.
A vil cor que me abandona,
Chama fria a me envolver,
Na paisagem de incerteza,
Sinto o medo de te perder.
Não és miragem nem ilusão,
Mas a luz do meu caminhar,
E o temor que me consome,
Faz o peito quase calar.
És o lume da minha noite,
O eco que me faz seguir,
Mas se fores, meu destino
Será vazio a me consumir.
Como se mede a importância de alguém na nossa vida?
Quando a saudade já é enorme antes da despedida.
É doloroso dizer adeus para coisas ou pessoas que fizeram parte da nossa história, mas mais dolorido ainda é passar pela vida e não ter nada nem ninguém pra dizer adeus.
Alguém que queria se comunicar com essa dimensão, resolveu nos enviar mensagens de orientação, uma espécie de mapa.
Essa foi a estratégia mais perfeita que eu já conheci. Por saber que temos preguiça de ler livros inteiros, nos foi dada a oportunidade de lermos e ouvirmos mensagens e respostas.
Por isso, para mim, pessoas não são meramente pessoas, são mensagens e tentativas de conexão; e por se tratar de um território ainda em progresso, haverão ruídos.
É melhor prestarmos mais atenção, antes que as mensagens tão caprichadas se acabem.
Sergio Junior
No efêmero palco da existência, o dia de viver desvela-se como uma dádiva única: o hoje. É na efervescência desse momento presente que tecemos a trama das nossas experiências, entrelaçando sonhos e realidade. Assim, o hoje se torna o epicentro da nossa jornada, o lugar onde a vida pulsa com vigor.
O amor, esse sentimento intrínseco à nossa essência, também encontra sua morada no hoje. Cada batida do coração ressoa a melodia da afetividade, convidando-nos a mergulhar nas profundezas desse oceano emocional. Nesse dia, os laços se fortalecem, e a beleza das relações floresce como um jardim em plena primavera.
Contudo, a complexidade humana traz consigo a necessidade de reconciliação. O hoje se torna o cenário propício para o ato nobre de perdoar e pedir perdão. Nas interações intrincadas da vida, reconhecer nossas falhas e estender a mão da compreensão é um gesto de coragem. O perdão, qual bálsamo para a alma, liberta-nos das amarras do ressentimento, permitindo-nos avançar com leveza.
Portanto, que cada nascer do sol nos lembre da preciosidade do hoje. Que cada batida do coração ecoe a sinfonia do amor. Que, no palco efêmero da existência, o perdão seja o protagonista, transformando o hoje em um eterno presente de oportunidades para viver, amar e reconciliar-se.
Homenagem à Rainha Elizabeth II
O fim chegou sem aviso, pegando o mundo inteiro de surpresa.
Encerrado está o reinado mais longo da história do Reino Unido. Nossa querida rainha se foi, para estar ao lado de Deus.
A monarquia jamais será a mesma sem ela. Seu legado nunca será esquecido marcado por suas conquistas e também por suas polêmicas.
Elizabeth II deixou um reinado que foi um símbolo de força, determinação e dedicação absoluta ao trono britânico.
Para muitos, ela tornou-se uma referência constante em um mundo de mudanças rápidas e imprevisíveis.
Seu sucesso ao preservar a monarquia durante períodos turbulentos torna-se ainda mais extraordinário ao lembrar que, em seu nascimento, ninguém imaginava que o destino a levaria ao trono.
Descanse em paz, rainha. Em nossos corações, você será eterna.
Adeus à Rainha Elizabeth II.