Despedaçado
É sobre amar e não ser amado
É sobre cuidar sem ser cuidado
É sobre meu coração despedaçado
Que sonha um dia em ser concertado.
Em todas as experiências que vivi até aqui, em toda dor que senti e em toda lágrima que chorei, não consigo compreender...
Até quando um coração pode ser despedaçado e continuar batendo?
Já era hora da despedida, os olhos estavam vidrados. Não era o que realmente queriam, o amor sempre falou mais alto. Mais era hora, momento de dizer adeus. Adeus, palavra tão triste, despedir-se de quem se ama..Mais era preciso a despedida era inevitável. As lágrimas eram impossíveis de se controlar. A cada lágrima uma jura de amor e a promessa de um dia, (ah esse dia...) e se acaso permitir, de se reencontrarem para tentar mais uma vez buscar a felicidade.
Somos os supostos ladrões de nota de alunos ruins, eles nos acusam! E como os "moinhos de vento" espadados, continuamos lá, fazendo nosso antitrabalho, rasgados; despedaçados: Até quando?
Pego-me em alguns momentos da vida como uma criança perdida no parque.
Sabe, quando sentimos no nosso mais profundo que perdemos ou que estamos perdendo algo ou alguém?
É, me encontro neste momento agora.
Incapaz de conseguir agir, porque todas as ações, são vistas de forma errônea e depreciativa.
Mas, o que fazer, continuar e me sentir assim, ou parar?
Mas porque só de pensar em parar, eu sinto como se minha respiração também parasse junto?
Porque os sentimentos abalam tanto uma pessoa equilibrada mentalmente?
É, me pareço com uma criança perdida no parque, sem saber para onde ir, nem para onde fugir nem a quem recorrer...
Corações de cristal quando se encontram aos cacos costumam ferir quem neles pisam, costumam machucar quem neles moram
Porcelana
Tão singelo em natureza
tão belo quando formado.
A fragilidade de sua delicadeza,
de fato, todo cuidado.
Se simples for manter,
tão fácil quanto quebra-lo.
A sutileza requer a todo momento
gentileza, carinho, cuidado
Frágil porcelana
Que requer todo cuidado.
Frágeis sentimentos
Que jas despedaçados.
E chega a hora de dormir,
A aversão paira na noite fria,
Se de dia é possível notar gentileza e sorrisos,
A noite as respostas são ríspidas como sobreavisos.
E então vai cada um para o seu quarto,
Ela na ânsia de contar seu dia para as amigas,
Ou talvez relaxar assistindo filmes até altas horas.
Ele, debruçado em suas mágoas,
Perambula por onde pode,
Vai até o fim do corredor procurar,
Mas procurar o quê?
No fim o cansaço bate,
E então se entrega na cama,
Para mais uma noite de solidão.
Ainda acordado, sonha com ela chegando,
Devagar e nua, se enfiando por baixo do cobertor
E fantasia isso noite a dentro
Não são poucas as vezes que acorda apavorado,
Com a possibilidade de nunca mais sentir
Essa alegria que lhe de deixa suado.
Um novo dia começou, e com ele tudo de pior retornou,
O sorriso falso, o balançar dos cabelos,
Que acelera meu coração com desesperados anseios.
Mas com ele também vem o cochicho despretensioso no celular,
Os sorrisos de canto de boca, tudo parece querer me irritar.
As horas vão passando e só um pensamento ocupa minha cabeça:
Será que hoje algo vai mudar?
E são dias e semanas sem nada mudar,
O coração cada vez mais pesado,
As feridas cada vez mais abertas,
E não tem álcool que faça curar.
O desespero e insatisfação com tudo que existe na terra,
Não emociona mais esse coração que só pensa nele.
Todas as relações são afetadas,
E o temor é que não haja mais volta.
Uma viagem no tempo mostra o quanto já errou.
E chora, chora por não ter feito diferente,
Chora por não poder mais fazer diferente,
Chora porque tudo que fez, não funcionou.
Quando a noite retorna,
O que já era ruim....só piora.
Mais uma noite irei dormir só,
Sem ninguém para abraçar, beijar ou chorar,
O que sobrou da minha vida de casado?
Meia cama com meio quilo de pelo de gato.
A vida torna-se triste demais para ser vivida.
O trabalho que antes fazia com maestria,
Torna-se maçante para minha pseudo sabedoria.
Nada mais me interessa além das minhas filhas,
As quais sequer consigo ouvi-las,
Não que antes fosse o maior dos ouvintes.
Mas hoje me falta força para pode olhar nos olhos,
Pois a mãe me rebaixou a um pedinte.
Me pergunto como alguém pode sofrer tanto
Por alguém que tanto mal lhe causou,
E não consigo nunca explicação, deve ser o amor.
Aquele maldito amor que não nota que não é bem vindo.
Pois amor não pede licença,
Ele empurra a porta,
Senta na sua poltrona com indiferença,
E o que você sentia antes, não mais importa.
Eu nunca quis amar como um cachorro,
Um cachorro que ama o dono truculento
Que só lhe da porrada e má fama.
E mesmo sangrando e enraivecido,
Eu não consigo deixar de amar,
Eu não consigo deixar de ser o cachorro na lama.
Se o maior sonho dela é ver-se livre de mim,
Fora da sua vida, cada um no seu canto,
Essa deve ser a minha última saída,
Pois não aguento mais vê-la e não poder tocá-la,
Acariciar seus cabelos, beijar seus lábios.
Nessa época de quarentena,
Onde a família deveria prevalecer,
A minha sucumbiu.
Estou distante do mundo e de quem amo,
No momento que seria de aproximação,
Eu virei o morcego do sótão,
Que tudo ouve, mas nada sente.
Me distanciei até de mim mesmo,
De tudo de bom que EU achei que fosse,
Ou pelo menos que um dia seria.
Porque eu não suporto mais nada,
Nem eu mesmo me aguentaria.
Tudo que sonhei esta sendo destruído,
Meus anseios despedaçados
E os planos cancelados.
Eu não sei se essa dor vai passar um dia,
Não me resta esperança além de fugir,
Fugir da casa que batalhei anos para possuir,
Fugir da família que aspirei loucamente
E briguei com tanta gente para conseguir.
Fugir de todos os sonhos que sonhei e não vivi.
O que me resta é isso, a fuga.
Sem amor, sem família, sem amigos.
E torcendo para que minhas filhas
Possam querer estar comigo
Mais do que eu quero estar vivo.
Sou alguem intenso, a quem emoções a meio termo nunca me satisfazem. Eu não sou um poeta obsessivo,apenas um irônico e despedaçado escritor.
Meu coração é como uma rosa que foi despedaçada a cada atitude sua e restaurada a cada pensamento meu ,porém você destruiu meus pensamentos além de meu coração
E isso me tornou mortal assim como a sua paixão por alguém
Sempre que preciso, eu costumo me munir de ódio. Caso contrário, eu sempre me apresentaria despedaçado.