Desordem
Entropia é uma integral curvilínea. É o índice de desordem de um Sistema, a marca registrada da atividade política. [...] Os segmentos da sociedade debatem-se em paroxismos espasmódicos.
A paixão venturosa acarreta uma desordem tão
violenta que a felicidade em questão, antes de ser uma felicidade cujo gozo é possível, é
tão grande que é comparável ao seu oposto, o sofrimento.
" Está havendo uma desordem aqui....
um certo tipo de sequestro pragmático....
a minha carne apenas está andando por ai...
A minha cabeça está doendo e já passa das 4 da manhã...minhas pálpebras pesam...pedem repouso...mas minha mente não deixa.....como se quisesse causar uma falência múltipla e repentina.....e isso tudo é porque no fundo a minha mente também pesa e está cansada...porque no fundo talvez, não queira acreditar que está chegando no limite da sua doença...porque no fundo talvez esteja cansada de apanhar...porque na real é difícil estar limitada apenas num único "eu"...e ter que viver no sempre utópico desejo do "como eu queria que entrasse nos meus pensamentos" para poder enxergar cada verdade não acreditada...cada justificativa que foi mal interpretada....cada noite mal dormida devida a incompreensão.....cada sentimento de desejo e/ou sensação de morte com perca inumerada de vezes dentro de uma vida só...."
Ordem e desordem, portanto, são conceitos funcionais. Caos, para o homem, é tudo aquilo que não se ajusta aos seus padrões de ordem, a esquemas perceptuais inatos ou ad-quiridos.
O caos não existe em si, mas referenciado a um dado sistema. Pensamos que a natu-reza é paradoxal, porque acreditamos na repetibilidade absoluta das coisas. Pensamos que só é verdadeiro aquilo que se repete.
Se o homem permanecer durante algum tempo naquilo que ele denomina de caos, em breve descobrirá uma ordem no caos. A ordem é hábito.
Mesmo nos momentos da mais profunda desordem, é segundo as leis da beleza que, secretamente, o homem vai compondo a sua vida.
E me deixa aqui na minha bagunça, na minha desordem, nesse mundo que só eu sei mexer.
Me deixa aqui, solta, livre, sem prender minhas asinhas, sem calar a minha voz, sem podar minhas raízes.
Me deixa aqui sendo eu.
Só eu!
Sem nenhum comprometimento com padrões que não tive chance de escolher, de decidir se seguir ou não, dessas etiquetas pesadas sob minhas costas.
Me deixa aqui, pois é nessa bagunça que eu me encaixo, que eu me encontro, que eu sou tudo o que quero ser.
Me deixa aqui, livre, leve, solta... Me deixa!
Essa coisa arrumadinha demais me bota dentro de um pedestal do qual eu não pedi pra subir.
Me deixa aqui sendo eu, tudo bem?
Sendo eu, de verdade, assim, com toda a minha essência escancarada numa bandeja, à mostra, arreganhada!
Deixa eu aqui me fartando de amor!
De muito amor...por mim!
O quarto em desordem.
Na curva perigosa dos cinquenta
derrapei neste amor. Que dor! que pétala
sensível e secreta me atormenta
e me provoca à síntese da flor
que não se sabe como é feita: amor,
na quinta-essência da palavra, e mudo
de natural silêncio já não cabe
em tanto gesto de colher e amar
a nuvem que de ambígua se dilui
nesse objeto mais vago do que nuvem
e mais defeso, corpo! corpo, corpo,
verdade tão final, sede tão vária,
e esse cavalo solto pela cama,
a passear o peito de quem ama.
Você faz parte daquele grupo de pessoas que sempre vão embora, então não insista em entrar na minha desordem.
Mas a desordem é hoje moda!O belo está no desconcerto; o sublime no que não se entende; o feio é só o que podemos compreender.
"Em meio a tantas frustrações desordem e falsidade, eu sempre acabo me isolando, E deixando os maus ventos passarem para que eu possa me reerguer..."
ARTE POÉTICA
na serra da desordem
no piracambu tapiri
em cada igarapé do pindaré
em cada igarapé do gurupi
existe uma palavra
uma palavra nova para mim
Não se preocupe com a desordem da casa, mais cedo ou mais tarde estarei onde devo estar. E você também!