Desordem
Eu não tenho medo das idéias, este é o meu mundo, o mundo dos pensamentos, eu sou o escultor da minha consciência.
O que temo é grande rebanho doutrinado, o grande exército de imbecis coletivos prontos a obedecer ordens de ditadores cruéis e ai então abrirem a caixa de pandora trazendo desgraças ao mundo...
Uma coisa é certa, o Estado sempre perseguiu os livres pensadores, visto que eles seguem na direção contrária, sou um deles!...
Um Anarquista interior!
Mas os dias passam-se sem dificuldades desde que se tenham criado hábitos. Sob este aspecto, sem dúvida, a vida não é muito emocionante. Mas, ao menos, não se conhece entre nós a desordem.
A incivilidade, a brutalidade, o egoísmo e o desrespeito pleno as naturais emoções me assustam em muito hoje, perante todas as humanas relações.
Aprendi a gostar do caos a partir do momento que ele olhou pra mim e disse: vem comigo que eu te mostro as estrelas do céu.
[28/08/2014]
O tráfico de drogas é um governo paralelo que existe e está presente na maioria dos países do mundo e não um refúgio para os excluídos, como politicamente ele é tratado. Ricardo Fischer.
Dentre os conteúdos da Educação Física Escolar considera-se o esporte como ferramenta de aprendizado e significância principalmente no que diz respeito aos valores morais e éticos. Este que jamais deve-se ser associado a desordem e desrespeito por aqueles que o organizam, pois tais atitudes deixam de mãos atadas aqueles que executam as ações.
Então compreenda, o “Seu Amor” não é uma pessoa em si, mas sim “O Seu Dom de Amar”, o dom que nasceu com você, tão singular, distinto, como uma impressão digital. A desordem está em associarmos “O Amar” ao ser, aquele que nos despertou a capacidade de amar, e que você aceitou dedicar todo o “Seu Amor“.
É comum culparmos os outros quando algo de ruim acontece. Dificilmente nós colocamos no papel de culpados, é sempre mais cómodo ficar no papel de vítima. Se prestarmos bem atenção no que acontece no nosso entorno, perceberemos que aquilo que nos faz mal, está, e permanece ao nosso lado, porque muitas vezes somos incapazes de entendermos que nos somos responsáveis por nossas escolhas...
Não adianta ficar culpando o outro pela desordem se fui eu que abri a porta para o causador da bagunça entrar.
Outrora um mundo iluminado, hoje perdido em tantos acasos acaba sendo repleto de feras, tu que era um iluminado hoje vive em tamanha desordem regozijando a tua alma em merda.
O mundo já não é o mesmo, e tu ainda contribui para que ele permaneça em tamanha desordem, te acalma, a tua alma ainda tem esperança, perdidas em tantas lambanças o teu Deus ainda acredita em ti, seja puro, o iluminado, e não se perca nesse mundo feito pelo descaso onde vive em feras quem já foi iluminado.
Quando eu deixar de escrever, neste dia,
Ah neste dia, triste estarei. Só por
Favor descubra o porque me ocorreu. Por
Desordem mental ou porque não tenho mais
O controle de mim.
Sonhos, riscos e carros
Olhos correm a velocidade
Banco de trás, passageiro passivo
Cidades cúmplices do desrumo
Morro atos, ladeiro consequências
Ficção da realidade de Morpheu
Vida do espelho de Narciso
Sinto des segurança
Solto, amarras do destino
Pedais pisam harmonias anárquicas
Impotência ao caos
Espectador do silêncio
O nada de sempre
A muda da estação
Lixão de belezas naturais
O big bang se reorganiza
A desordem faz sentido
Tudo tem pra quê
O porquê Deus não visualizou ainda
Desalinhada
Sempre quis ter um caderno arrumado
Uma mente organizada
Mas são sempre bagunçados, estropiados e desordenados
Desfeita de macumba mal amada
Gosto da forma que agiu em minha vida
Desse antro de criatividade sem porque
Essas idéias bem vividas
Com cheirinho de saquê
Perfume francês, cigarro e café
Tal moço reparou um dia
Concordei com sua palavra de fé
E gosto de minha anomalia
Do meu cheiro e manias
Cada uma desenvolvida pro meu nascer
Cantiga dos aristogatos das gatas vadias
Ter tanto prazer em analisar meu próprio ser
Principalmente antes de dormir
Injustiça
Aqui jaz um novo eu.
Que esqueceu o eu passado.
E que encara o novo agora.
Que se despede do que há lá fora.
E se prepara pro futuro.
Saiu de cima do muro.
Pôs-se a refletir.
Porque Deus criou esse animal?
Essa espécie que só mata.
Essa espécie psicopata.
Que clama por sangue.
Aqui jaz um novo eu.
Que lutou pelos direitos.
Que mostrou o que era certo.
Que ensinou o caminho mais perto, pro céu.
Que cumpriu o seu papel.
Mas não conseguiu salvar a humanidade.
Aqui jaz um novo eu.
Que soltou os passarinhos.
Que no bichano fez carinho.
Que plantou uma floresta.
Mas não pode impedir, que cortassem o que lhe resta.
Aqui jaz um novo eu.
Que ouviu a canção.
Que lhe livrou da escuridão.
Mas não lhe salvou do medo.
Do sangue, ou óleo preto?
Aqui jaz um novo eu.
Que combateu a injustiça.
E que hoje perde a vida.
Iludido.
Enganado.
Pelos malvados odiados.
Leva um tiro do diabo.
Que Deus me tenha.
Temos regredido intelectualmente na mesma proporção em que progredimos cegamente em direção ao fim dos tempos.
Parece-me absurdo o sofrimento, enquanto lá fora o momento se faz presente. Custa-me acreditar que há desordem emocional, enquanto o sol nasce e se põe, enquanto o vento dança num ritmo harmonioso, enquanto a vida borbulha numa taça de cristal e o mundo respira amor.
Roubaram a nossa merenda
E, consequentemente, escrevemos no quadro da sala de aula:
"Roubaram também, nossa educação".
Roubaram a nossa dignidade
E, consequentemente, nosso sorriso
Levaram toda a esperança que tínhamos
E, constantemente, levam ainda mais
Publicamos nos jornais.
Roubaram todo o ouro dourado que puderam
E, consequentemente, fomos apunhalados
De forma cruel
Nos mantivemos vivos
E, escrevemos toda a história nos livros.
Como se não bastasse
Roubaram também o Ouro Verde
E, consequentemente, a nossa saúde
A saúde de milhares de pessoas
Que irão morrer por uma conduta incorreta
Por falta de atendimento digno
Por falta de atitudes fraternas
Iremos escrever em suas lápides:
"Saudades Eternas".
São tantas decepções dessa politicagem
Transformando os cidadãos de CARNE e sentimentos
Em cidadãos de PAPELÃO.
É preciso não ter sentidos, para se viver nesse lastimoso cenário.
Meus sinceros sentimentos.
Quando cheguei do trabalho o corpo clamava pelo sossego da casa vazia.
Os ombros espremidos feitos limões depois de um dia inteiro vivenciado no antes e depois. Nunca agora.
O agora pertence ao reino das pessoas bem resolvidas, do presente selvagem, da ausência de dores e dúvidas. Por isso tal lugar me é tão fantasioso e desconhecido. Estou sempre presa entre dois tempos. Meus limões e eu.
E a silenciosa ordem da casa vazia era a única coisa de que precisava para que o dia terminasse afinal. Não haveria ninguém me esperando, não precisaria contar como foi o dia, o que fiz. Tudo estaria no exato lugar que a mão desatenta deixou pela manhã.
Estaria… do Pretérito mais que perfeito condicional.
Condição em que eu teria encontrado a casa se tivesse deixado a bendita janela fechada.
Mas a mão (aquela mesma descuidada que nunca repara o que está fazendo) abriu a janela antes de sair e foi embora despreocupada como só as mãos sabem ser. Nem pensou em olhar a tempestade que se anunciava desde cedo no horizonte.
Suspeito, na verdade, que exista uma relação profunda entre mão e vento. É o que percebo toda vez que minha mão esgueira para janela aberta do carro quando ninguém está olhando. Estende-se para o vento que corre livremente do lado de fora, finge que voa enquanto o ar se espreme entre suas partes sempre tão guardadas por anéis.
Em todo caso, a mão não estava lá quando o vento entrou enfurecido procurando por ela. Raivoso brandiu com força papéis para todos os cantos, derrubou aquele vaso feio que ficava sobre a mesa, o único que aceitou receber a estranha planta que eu nunca sabia se estava viva ou morta. Agora entre os cacos de vidro no chão não restava dúvida: morta.
Os papéis que permaneceram sobre a mesa molhados pela água do vaso, o restante espalhado no chão.
As cortinas caídas sobre o sofá como se cansadas de lutar contra o vento e tivessem simplesmente desistido. Ficaram observando enquanto o caos reinava na casa.
Nada naquele lugar lembrava a paz que eu buscava quando entrei.
A mão primeiramente cobriu os olhos com mais força do que o necessário, foi se agarrando a cada osso do rosto até se prostrar entre os dente a espera de ser castigada. Respirei fundo e a coloquei em seu devido lugar ao lado do corpo.
Caminhei entre vidros, cortinas, papéis e flores que já estavam mortas muito antes do vento chegar.
No meio da sala olhei para as mãos descuidadas e famintas por vento. E por um instante me senti bem em meio ao caos. Não sabia por onde começar a arrumação e, sinceramente, não havia qualquer pressa para isso.
Soltei o peso dos ombros que pela primeira vez eram nada além de ossos, músculo e pele. Fiz um azedo suco com o saco de limões que carregava e bebi inteiro, sem açúcar.
E ali, cercada pelo silencio caótico que se estende após a tempestade não havia nenhum outro lugar em que eu pudesse estar. Só o famigerado momento presente e eu em meio a sala. Sós.