Desilusão Amorosa
#12;
QUANDO CHOVEU
(reflexão sobre uma melodia homônima)
Em uma bruma qualquer da vida
Encontrei algo próximo da plenitude
Sem feridas ou chagas em nenhuma parte do corpo ( ou de mentes)
Chovia...
Era o céu em desmantelo ...
Suave derramar de um cheiro de alegria e fantasia
Transeuntes desatentos e ignóbeis em seus "possantes"
Pareciam vermes rastejantes alheios ao que ali acontecia
Naquele dia choveu...
Corpo que queria e transpirava a outra face
Jazia estatelado em frente à Deusa (chuva) e à outra parte em uma audiência de corações
Ah! Como é doce o poder que todos temos, que é a simples fantasia
Renegada por uma triste maioria
Que preferem o real ao sonho
Chovia fantasia naquele dia
Vem, ó magnânima e pungente chuva!
Vem e roça meu rosto alegre e revigorado por seu cheiro e sabor
O que era tristeza naquele dia
A sacramentada água da chuva
Consigo levou
Ainda que tardia
A alegria e esperança
Virá e verá com sua face enluarada
Tudo o que um dia o amargo levou
Naquele dia chovia união
Naquele dia choveu a mais cândida emoção.
Naquele dia, simplesmente chovia
Uma leve afeição.
Choveu quando encontrei a Deusa despida da angústia e aflição.
Naquela chuva toquei os pingos
Quando choveu as cordas do pinstrumento caíram em pranto.
Choveu.
Guarde-me como uma fotografia
Sou como poesia alimentada de palavras
me disfarço entre segredos teus
onde andarei de pés descalços
vou em busca dos passos da minha existência
restam-me as feridas nas juras mentirosas
do seu audacioso rosto, a falta do beijo seu.
Relembro seu cheiro, em primavera em flor
e nas pétalas da bromélia, sorria uma poesia
beijava-te em silêncio,até essa música acabar.
E de tão cheirosas as lindas rosas
com delicado suave agreste bálsamo
de puro odor derramado e exalado
lembram-me seus lábios perfumados
que eu recebia como flor, os beijos teus
e meus olhos se abriam como rosas no escuro.
Ferida agora a poesia despedaça
vou alinhavando com a agulha da lembrança
fantasiando as mentiras nas verdades
remendando a vida do cruel desgaste
costuro sua alegria embrulhada num papel
e te trago esse meu amor em poemas
destes simples versos que te fiz como serenata
da minha história de tristeza banhada.
Permita-me acordar com seus beijos
só te peço que não demores tanto.
Guarde-me como uma fotografia
e volte a florir meu jardim abandonado.
Poema mudo
Com a alma despida de beijos negados
entrego nos versos meus dias escuros
de trêmulos risos calados
deixei -me ser esse poema mudo.
Perdendo as minhas penas no vento
dentro da alma, sabor de despedida
E me calo nessa existência sentida
turvo mundo surdo de pranto.
Despida , peregrinam os sentimentos
por minhas trilhas, por labirintos
e sem medo, corro os riscos
que minha alma acredita, desafiar o tempo.
Nas tramas da noite, perdem o enredo do poema
letras entrelaçadas, na urgência dos minutos
costurando trovas, serenatas e cores
Eu me enviarei a ti, cheia de flores.
As horas são implacáveis no meu mar de ilusão
os sonhos inventados buscando explicação
viajante do tempo a velejar fantasias
mera aprendiz nas ondas bravias.
Exposta aos quatro ventos
dançando entre as estrelas
escuto pássaros cantando poemas
... de versos que eu ainda não escrevi
No pouso forçado dessa poesia.
Sinto saudade de ti!
Sinto saudade de ti, sua inconstância agride
Guardo esse segredo só pra mim...
Mas meus versos chegam para denunciar
Com meus dedos a digitar no teclado
Como lâmina chega a me machucar.
Você é um livro que passei a escrever,
Canto dos pássaros no alvorecer,
Silêncio calado que chego a sofrer,
Saudade que me assusta ao entardecer.
Saudade de ti, mesmo quando está por perto
Pois se esquece de mim a te querer,
Pois sendo a razão do meu viver,
Prossigo te guardando em versos...
Sinto os vastos abraços da deusa sabedoria
Amante única, a busco intensamente companhia
Meu corpo se preenche escrevendo versos ilimitados
Na completa satisfação de confessar minha solidão.
Estranha sensação confessar- me abandonado.
Vivendo como um camaleão camuflado
Meu poeta, traga-me flores!
Olhei, até onde a vista alcança
Sua imagem em minha mente dança
Com seu corpo brilhando ao luar...
Caminhei, apesar da distância
Quis te tocar além do possível
Seu amor se tornou divisível...
Voltei a chorar feito criança
Queria um amor indestrutível...
Errei, meu poeta insubstituível...
Agora choro sob o luar
Com vontade louca de te amar
Mas se acaso vier, traga-me flores
Perfume minha vida
Sozinha fico a te esperar...
Mas se o acaso não permitir
E dessa vida eu...Você...Partir...
Haverá flores ...No ritual da despedida!
Sentirei o perfume das flores recebidas
Viverei ou morrerei por te amar!
Caminho agora sem alma amiga
Com problemas, dores, felicidades tão somente meus
Peito e abdome ardem
Diante do pleito derramado travado entre nós
Duas almas celestes, orgulhosas
Assim,
É,
Não deveria ser,
Uma alegria em conta gotas,
O gosto de álcool na boca,
Misturado ao sangue quente que corre nas veias,
Do coração que bombeia forte,
Incendeia a paixão,
Paixão de quem só quer perder a razão.
De tanto amar errado me desgastei,
desgastei sonhos e sorrisos,
não me sobrou nada.
Procurei, andei, rodei e nada,
ficou o nada.
Sentei no barranco, bem rente ao rio,
toquei meus pés na água,
procurava por algo de mim, que perdi.
já que me sobrou o nada.
Nem água de rio, nem beira de estrada,
eu ainda estou, um nada.
Quem dá tanto de si a quem não merece, maninha,
acaba com o nada.
Dizem que a verdade nos liberta. Talvez por isso nos desprendemos de algumas tão facilmente quando elas se revelam o oposto de tudo aquilo que imaginávamos.
Dar a outra face não é apanhar ou se decepcionar duas vezes.
E sim perdoar, ressignificar e para outra direção.
Jesus fala disso, pois se não te respeita e não pode ajudar, é melhor que dê a sua outra face e se afastar!
Nunca se relacione com uma pessoa para preencher um vazio , ou com outra pessoa em mente, só se relacione se realmente for amor, pessoas indecisas estragam pessoas incríveis.
Um dia passa rápido
Um dia foi e talvez
Um dia será.
Fomos felizes e, por isso,
não tenho mais em que pensar.
Custa muito deixar para trás,
momentos incríveis,
sorrisos partilhados e
a sensação de amar.
O abraço, o beijo,
o carinho que não volta,
doí tanto que perdemos
a força.
Todos erramos, algum dia,
todos julgamos, sem apontar
o dedo para si.
Todos falamos, algum dia,
todos adormecemos quando ouvimos
o que não queremos ouvir.
Amores vêm e amores vão,
mas não me vou esquecer
da minha primeira paixão,
aquela que me aqueceu o
coração, que esteve lá
quando precisei e que no fim
abandonou-me e deixou-me
sem chão.
Se não estás pronto,
um dia estarás,
sendo comigo
ou não.
Os dois tão novos, tão imaturos,
prontos para amar,
mas não prontos para o futuro,
futuro ambicionado
que no final não conseguiu
ser alcançado.
Cabeça ao vento que
se deixa levar, pelas águas
do mar. Mar vermelho,
cheio de dor, cheio de sorrisos
e cheio de amor.
Pegue uma mágoa bem passada
tempere com choro
O coração endurecido deixe marinar em suco gástrico – até que arda o estômago
cometa o pecado da gula
mastigue a raiva até queimar a língua
depois que o amor esfriar
engula sapos
sirva com o pão que o diabo amassou
defume os pulmões com cigarro
cozinhe o fígado com vício em álcool
brinde com seu amigo imaginário
quando se empanturrar de mentiras
Enfie o dedo na goela
provoque vômito das lembranças boas
Jogue os restos no lixo
até se sentir vazia
evite a próxima indigestão
coloque na balança cada ato falho
estoque amigos a granel
faça jejum intermitente
adote um gato
e nunca mais leve pra casa amor tóxico