Desilusão
Ultima dose
(2003)
Qual peças dispostas em pontos marcados,
Sem chance, sem saltos, sem pontes, sem par,
Fugindo apressados dos falsos afagos,
Dos risos infames de amores lesados,
Dos males e enganos que tanto me assombram
se juntam em combos pra ser companhia,
Qual restos de pragas, antigas, salgadas
Mantidas a base de banho-maria
Estou só´no meu quarto,
A janela é uma lente aberta pro espaço...
Sem sentido de tudo ... um saco, estou farto...
Sou presa no laço, levado em escolta,
Com os olhos da morte grudados em mim,
Perdido num mar de intenso receio,
não sei ou não creio, se os quero por perto...
Aguardando, impassível, o montar da revolta
Que vem toda noite ao findar cada dia,
Peço à noite: protele, se arisque
Só permita que o dia amanheça,
Quando eu já não mais tiver mais cabeça
Ou depois que eu me for, adernado,
E não vir derramar, a meu lado,
Minha última dose de uísque ...”
"Nós colocamos muitas vezes nos nossos próprios abismos...
Seja aceitando um desamor, uma traição ou a dolorida desilusão...Dependendo da escuridão que queira afundar"
Devagar que eu sou de barro,
Só o sopro da poeira,
da porção interesseira,
Como quiser me tenhas,
pelo bem ou mau que me queiras,
Sem oferta ou sacrifício,
sem ofensa e sem castigo,
nem promessa alvissareira.
(Edvan Souza)
Contrastes de um único tom.
Caminhos percorridos, sem volta.
Até o doce pecado vira dom,
Quando o verdadeiro amor se revolta!
A injustiça da vida e a ironia do amor fazem com que seu coração bata pela pessoa que mais bate no seu.
Quando tudo parecer perdido, lembre-se que você tem apoio, que você tem para onde voltar, tem para onde seguir. Pegue seus pedaços, coloque um fone de ouvidos, ouça sua musica predileta, jogue algumas roupas na mochila e aproveite a próxima oportunidade. E se não der certo novamente, faça de novo, de novo e de novo, até esvaziares por dentro e perder a sua estrada. Nesse momento poderás dizer: "tentei ser feliz, mas ninguém me mereceu".
O que era quente,
Se tornou frio.
O que fazia sorrir,
Hoje faz chorar.
O que fazia bem,
traz dor.
O que era amor
Se transformou.
Firmei mais que apreço
Santa
Irmã
Candura
Ternura
Consoladora
Profetiza
Ungindo
Sacramentando
Teus pecados mais vis
Doce amor comparsa
Mãos límpidas de minh´alma
Que desconsolada caminha
Por entre os versos e memórias
E agora somos apenas eu e minhas pernas errantes
Similar a pedra solitária
Sem seu melhor camarada
Ambos mazelando a amizade
Toma lá teu caminho
A teia construída se arrebentou
Por meio dos laços quebrados deste fraterno amor
Outrora me edificarei em braços castos ou sozinha
Sem vestimentas de ilusões
Certa que nossa casa não está de pé sob a areia
Rochoso é o nosso solo
Seguiremos avante
Cada um por seu percurso
Braços fortes e relutantes
Pernas vigorosas
Cabeças erguidas
Mãos sempre a germinar o doce caule torto
Das nossas existências
Cumpriremos nossa sorte
Sob membros fortes
Sem choros ou melúrias
Visto que tudo foi esplêndido
Cruzaremos outros caminhos
Outros destinos
Dentro de mim tudo vai cortando
Rasgando
Dilacerando
Um punhal de dor trinchando por dentro
Ferindo
Abrindo
Raiva
Ódio
Dor
Lamento
Confundindo tudo
Sentimentos puros
Perturbando o tino
Entre mim e meu mais fiel amigo.
Eu esperei. Confesso que esperei. Lá no fundo, eu fiz orações, fiz uma prece, e tinha muitas esperanças e expectativas. De que você iria reaparecer um dia qualquer, do mesmo jeito ou melhor do que o dia em que você surgiu inesperadamente na minha vida. Eu tinha aquela esperança boba, aquela certeza incerta de que você enxergaria sei lá o que no fundo do seu coração, e que finalmente despertaria de um sono profundo e notaria o nosso relacionamento de uma forma diferente. Que você veria com todas as letras tudo o que faltou você fazer por nós enquanto eu estive do seu lado. Que uma luz surgisse na sua cabeça, e que a distância finalmente te chacoalharia os miolos, neurônios, e, principalmente, os sentimentos. E que a venda caísse e surgisse aquele amor puro e profundo, que eu sempre pensei que estivesse adormecido, encoberto, ou abafado dentro de você. Eu acreditei sim, que seria pra sempre, e que você me amaria até ficarmos velhinhos e esquecidos. Tipo “Diário de Uma Paixão.” Quem nunca fantasiou com esse filme tão maravilhosamente perfeito? Sim... eu raciocinei que o tempo te faria bem. Que seria uma fase de descobrimentos. Que um dia, tudo o que eu criei tanta expectativa iria finalmente acontecer. A vida juntos, a segurança, o casamento, a família, o companheirismo. Mas os dias foram passando. No começo me senti livre, depois me senti bem, depois me senti feliz. Mas, eu não tinha percebido que parte desta plenitude morava na esperança que eu tinha de que tudo ficaria bem. E melhor. Que um milagre iria acontecer. Que tudo seria como deveria ser. Como poderia ter sido. Diferente. Completo. Bom. Ótimo. Maravilhoso. Esplêndido. E os dias passaram. E tudo aconteceu de uma forma surpreendentemente igual. Mensagens vazias. Iniciativas em cima do muro. Correr atrás? Melhor dizer que você apenas correu os dedos pra digitar uns 2 e-mails. E algumas palavras no WhatsApp. E aí eu parei pra pensar. Pra definirmos que estávamos namorando, eu tive que tomar a iniciativa. Pra decidirmos noivar. E pra decidirmos terminar. Que diabos, então, eu estava esperando? Aliás, que mundo eu estava vivendo até ontem, quando finalmente me toquei de que não, não vai acontecer nada, a menos que eu mesma faça acontecer alguma coisa?
E aí, eu senti. Toda a realidade caindo sobre as minhas costas... tão dura quanto um pedaço de concreto de 200 kg. Tão áspera quanto um asfalto velho e cinzento. Tão difícil quanto um problema de cálculo 5. Tão dolorosa quanto bater o dedinho do pé na quina da mesinha da sala. É. Não vai dar. Dessa vez, não vai dar pra eu me auto-sabotar buscando amor no vazio que é você. Não vai dar pra eu transformar o seu ponto de interrogação em uma exclamação, apenas em um simples ponto final. É isso. É o fim das esperanças, das orações, das olhadas no celular pra ver se acontece algo. É o fim do fim, o fim da nossa vida, e o começo da minha, sem você. Sem carregar aquele sorriso besta de esperança de que você irá voltar com um buquê de rosas vermelhas e a certeza no seu olhar e no seu coração. Parei. Chega de ilusão. É hora de partir pra um caminho sem você. Sem expectativas. Sem mentiras. Sem confusão. Sem insegurança. Mas com muitas possibilidades. E nenhuma que envolva você.
Confusão ou sentimento ?
Um sentimento confuso ou confundindo o sentimento ?
Quem sabe...do que se sente...
Só quero que você cumpra o que me prometeu um dia, pois até hoje, não tem um dia que se passe e eu não esteja esperando por isso...