Desigualdade
Será que eu sou por todas as pessoas que se sacrificaram por uma ideologia e nada mudou ou pelos que estão vivos mas desacreditados da sociedade?
Foi sem querer querendo que aceitamos mais de 3 milhões de cearenses vivendo na extrema pobreza.
Foi sem querer querendo que conseguimos conviver com centenas de pessoas morando nas ruas em Fortaleza.
Foi sem querer querendo que nos isentamos da responsabilidade, com a desculpa que a sociedade não tem mais saída.
Foi sem querer querendo que ficamos muito ocupados defendendo às nossas verdades e acabamos nos esquecemos da vida.
Em que medida os sistemas educacionais, os aportes dos egressos universitários e os modelos adotados de ensino superior latino-americanos estariam contribuindo para a redução da desigualdade econômica e social?
Um jogo que é uma vergonha
Imagina um jogo deste jeito: o campo é de pedra bem pontuda e acontece num dia muito frio.
Num time, os jogadores têm tênis e camisa de manga comprida e, no outro, os caras jogam
descalços e só de calção.
O time que tem tênis e camisa ganha fácil, dá aquela goleada! O outro fica a maior parte do
tempo tomando cuidado pra não cortar os pés ou então esfregando o braço arrepiado de frio.
Times iguais.
Pra mim, a diferença da vida entre nós, que temos escola e casa e as crianças que não têm é
um jogo assim. Quem não tem, perde sempre.
Não acho que todo mundo que tem as coisas é culpado por causa dos outros que não têm, mas
isso não quer dizer que a gente não possa fazer nada. Porque pode.
Porque, se a gente quiser jogar um jogo justo, pode exigir que os dois times sejam iguais, para
começar. Casa e escola.
Não acredito que as crianças de rua viveriam na rua se tivessem outro lugar melhor pra escolher.
Se a gente não exigir que todo mundo tenha casa e escola, vai sempre ficar jogando esse jogo
besta.
Ganhando de dez a zero de um time tão fácil, mas tão fácil, que não vai mais ter o gosto da
vitória, vai ter só vergonha.
Na atualidade, as pessoas ficam preocupadas com o politicamente correto das palavras, no entanto, o mundo não vai mudar por causa disso.
15/12/2022
É mediocremente conveniente defender meritocracia, aquele que ja nasceu com a certeza vitalícia, que só vai faltar carne no seu prato, se algum dia optar em ser vegano.
As desigualdades raciais só existem porque falta educação nas famílias e nas escolas, que façam uma abordagem significativa do tema.
Sem a aceitação das diferenças naturais entre o homem e a mulher acaba se buscando igualdade onde não se pode ser igual, o que acaba gerando verdadeira desigualdade.
Pedras da Labuta
No palco da vida, os contrastes se entrelaçam,
Onde uns têm praias e outros, a labuta sem parar.
Choro e fome afligem os humildes,
Enquanto fama joga prata ao vento no ar.
Tempo impiedoso no ambiente ruge,
Escurecendo lembranças na memória,
O calor arde, o dragão voraz.
Partimos repentinamente,
Sem delongas, seguimos em frente,
O passado não mais nos satisfaz.
Ser feliz é sonho a alcançar,
Sorrir e cantar é a essência a buscar,
Mil invenções borbulham em nossa mente,
Mas é quando a poesia se arrebenta,
Que as pedras, enfim, revelam seu canto apaixonado.
Neste mundo diverso, desigual,
Paisagem que oscila entre luz e sombra,
A música dos destinos ecoa, sem igual.
Quem é próspero vive à beira-mar,
Mas quem labuta sem ter lar.
Quem não chora, passa fome a penar,
Mas quem tem fama, joga prata no ar.
O tempo, implacável, impõe suas marcas,
Nos desafios, construímos nossa história,
Caminhamos sem parar, em busca do lugar
Onde a felicidade vem nos abraçar.
Com sorrisos e canções a acompanhar,
Criamos o verso, a prosa, a melodia no ar,
E quando a poesia ressoa e se liberta,
São as pedras que cantam, enfim, com alma inquieta.
É tão sem sentido.
Ver os ditados de quem sabe o que é sofrimento.
Questionando os que vivem no relento.
É certo que o livro alimenta a alma.
Mas não se consegue ler com fome.
Enquanto o governo saqueia a merenda.
Tudo que se investe é em seus próprios.
Pés de meia.
A população menos favorecida.
Vivem nas ruas esquecidas.
Sem títulos, sem igualdade.
Sem teto e escolaridade.
Se aprofunde seus segredos.
Cada um com sua história.
Brancos, pardos ou negros.
E uma única bandeira os descobre.
A que deveria protegê-lo.
Dando dignidade.
E uma cesta de verdades....🇧🇷
Um homem sem capital pode ser equiparado, em um contexto social, a um cachorro literal. Ninguém se interessa em saber o lado daquele que nada tem a oferecer.
É engraçado, para se dizer o mínimo, que o Estado exista para conter as desigualdades e crimes que muita das vezes pessoas de dentro do próprio Estado fomentam e estimulam direta ou indiretamente.
RACISMO NÃO
Ela pode ser passista,
jornalista, cientista, ministra.
Mulher negra, decidida,
pode ser o que quiser.
Ele pode ser atleta,
poeta, astronauta, desembargador.
Homem negro, destemido,
pode chegar onde quiser.
Eles podem escolher qualquer caminho, seja ele, o caminho que for.
Sabem, bem, por experiência,
não há caminhada sem dor.
Ambos sabem que vivem a triste realidade de um mundo absurdo
que separa as pessoas
pelo seu gênero e cor.
Ambos sabem que suas escolhas enfrentarão barreiras invisíveis, disfarçadas, dissimuladas ou não.
Barreiras de segregação.
Barreiras, por vezes, escancaradas
que envergonham os cidadãos
de bem de uma nação.
Herança de um período cruel
em que irmão escravizou irmão.
Discriminação racial, social, cultural.
Discriminação ancestral.
Racismo estrutural.
Enraizado em mentes estúpidas
Continua semeando o mal
Mesmo que não seja esse,
exatamente, o meu "lugar de fala"
deixo aqui e agora
a minha posição.
Racismo não!
Valéria R. F. Leão
A próxima revolução deve ser contra as grandes corporações. Eles, se acham autênticos donos do mundo. Eles, são os que criam desigualdades e fomentam as guerras. Mas eles colapsarão se nós não consumirmos seus produtos. Boicote, já!
Se há inferno, com certeza está esperando aqueles que se mantém neutro diante das desigualdades sociais
O acúmulo de capital estrangeiro e a entrega do país pelo estado a preço de banana são projetos em que os ricos ficarão mais ricos e os pobres mais pobres. É um pagamento destinado à campanha.
A escravidão moderna não acorrenta corpos, mas aprisiona mentes e almas através da exploração disfarçada de oportunidades, perpetuando desigualdades sob novas máscaras.