Desigualdade
Em seus passos............... gingado
em seu olhar.....................desesperança
em sua boca.....................um português desordenado
em seus gestos................ansiedade
em sua volta.....................violência e desencanto
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em seus passos...................firmeza
em seu olhar.........................esperança
em sua boca.........................palavras polidas
em seus gestos.....................emoção
em sua volta..........................segurança e uma rede de proteção
Isso tem nome... Falta de equidade
Me esforço como poucas pessoas que conheço, mas não posso ignorar que tive muitas oportunidades que outros não tiveram, também por ser branca. Nunca caí nesse mito de “quem quer consegue”. Tenho consciência da desigualdade, sei que tenho sorte, sou privilegiada. E, quando falo da minha realidade e da vontade de mudá-la, as pessoas acreditam em mim e na minha proposta.
Entre gritos e suspiros,
O ceifeiro não se cala.
Casa-grande traz o vírus,
Mas quem mais morre é senzala.
se usarmos o cérebro de forma plana a sociedade estaria em outra realidade, entretanto não usamos e ficamos voltados às emoções primarias de manutenção da Sub-existência! Garantindo apenas alcançar ganhos próximos e unilaterais em sua maioria!
"No Brasil coberto de lama, corrupção, tragédias, impunidade e desigualdades rotineiras, jornalistas engajados e professores resilientes só são lembrados depois que morrem"...
É preciso unir forças para vencer as desigualdades sociais e juntar todas as pessoas na mesma luta, reivindicando os direitos.
As favelas representam a ferida aberta de um Brasil que proclama crescimento enquanto despreza sua própria gente, relegando vidas à margem em um cenário onde o descaso estatal se traduz em uma sentença cotidiana de exclusão e resistência forçada.
Sintoma da dissonância pós-moderna: síndrome do bilionário bonzinho. A pessoa quer ser bilionária e também quer acabar com a desigualdade no mundo.
Uma folha amassada
Assim como uma folha amassada, cada indivíduo traz consigo marcas e dobras que contam a sua história. É exatamente nas “imperfeições” que reside a beleza da experiência humana.
As desigualdades sociais podem apresentar diferenças marcantes, mas lembre-se: as folhas mais amassadas podem conter as ideias mais vívidas.
Conseguiremos valorizar cada narrativa sem considerar a sua aparência?
Conseguiremos reconhecer que tudo e todos têm algo a oferecer?
Não sei ao certo... Mas tenho certeza de que cada folha amassada guarda uma profundidade que espera ser descoberta.
...
A rotina encaixa, percebemos alguns passos fora do compasso e nos apoiamos nas referências para seguir em frente - mesmo que o mundo esteja diferente.
Nossa mente se adapta, sonhamos acordados e nos distraímos com coisas completamente desconexas - algumas pessoas estão reticentes.
Estamos longe do que era normal e mais perto de tudo que achamos certo. Ao passo que nossa mente se distancia do coletivo, nos aproximamos individualmente daquele que nos criou - algumas pessoas estão descrentes.
A lucidez e a realidade ao nosso redor cobram respostas intuitivas. O instinto vital nos impulsiona para o nosso propósito, o ontem desmorona e o hoje exige criatividade - algumas pessoas estão carentes.
Embora a diferença, a reticência, a descrença e a carência nos tornem desiguais, precisamos emoldurar o nosso amanhã - mesmo que o mundo esteja doente.
Eu imagino um mundo onde todos os pobres voluntariamente parassem de ter filhos, pensando no bem dos mesmos, e só restassem os ricos: seria questão de tempo para que os "mauricinhos" e as "patricinhas" tivessem que fazer o serviço tido por desprezível, indigno e humilhante que os filhos dos pobres faziam. Num mundo sem pobres, quem teria que limpar o chão, varrer as ruas, coletar o lixo? Todos os filhos dos que hoje estão confortáveis em suas poltronas, debaixo da sombra e ar-condicionado.
Pedras da Labuta
No palco da vida, os contrastes se entrelaçam,
Onde uns têm praias e outros, a labuta sem parar.
Choro e fome afligem os humildes,
Enquanto fama joga prata ao vento no ar.
Tempo impiedoso no ambiente ruge,
Escurecendo lembranças na memória,
O calor arde, o dragão voraz.
Partimos repentinamente,
Sem delongas, seguimos em frente,
O passado não mais nos satisfaz.
Ser feliz é sonho a alcançar,
Sorrir e cantar é a essência a buscar,
Mil invenções borbulham em nossa mente,
Mas é quando a poesia se arrebenta,
Que as pedras, enfim, revelam seu canto apaixonado.
Neste mundo diverso, desigual,
Paisagem que oscila entre luz e sombra,
A música dos destinos ecoa, sem igual.
Quem é próspero vive à beira-mar,
Mas quem labuta sem ter lar.
Quem não chora, passa fome a penar,
Mas quem tem fama, joga prata no ar.
O tempo, implacável, impõe suas marcas,
Nos desafios, construímos nossa história,
Caminhamos sem parar, em busca do lugar
Onde a felicidade vem nos abraçar.
Com sorrisos e canções a acompanhar,
Criamos o verso, a prosa, a melodia no ar,
E quando a poesia ressoa e se liberta,
São as pedras que cantam, enfim, com alma inquieta.
A Educação nunca dará certo no Brasil enquanto mantivermos os atuais níveis de pobreza, concentração de renda e desigualdade.
O mais estranho é perceber que o ser humano não gosta da ideia de uma sociedade justa, sem desigualdades, fome e pobreza. Isso é resultado direto de relações cada vez mais desumanas e do egoísmo.