Desespero
Sou amante, sou amado, sou desejo, sou desejado, sou amor, sou amado, sou desespero, sou desesperado, sou intensidade, sou intensificado, sou fogo, sou queimado, sou frio, sou queimado, sou paixão, sou apaixonado, sou carinho, sou acarinhado, sou cheiro, sou cheirado, mas não deixarei de ser Objeto Amado por Ser Amante.
Sinto.
Sinto tanto.
Sinto muito.
Sinto sempre.
Da calmaria da alma ao desespero do coração.
Sinto da melodia, sinto da alegria.
Sinto do abraço apertado e do beijo sentido.
Sinto da lágrima quente que escorre, da boca
que confessa, do suspiro que não morre.
Sinto do lado a lado.
Sinto do gesto distante.
Aceita meu amor, sem palavras complicadas,
aceita o meu amor?
Enquanto você brinca com as palavras e se distrai, corações em desespero busca outros rumos, outras vidas, outros amores.... e vai continuar assim até encontrar, e quando isso acontecer, você terá sido apenas um fragmento de memória...
Pense nisso...
A alma outrora presa e adormecida agora grita de desespero e agonia. expressando a alegria
em meio as trevas da noite fria.
que acalenta os que a apreciam e sufoca os que a abominam.
Faço a alegria beirando o desespero; faço a paz vivenciando a guerra; brigando com tudo, brincando com o tempo, gritando a dor, semelhando o amor. Faço o que posso, na medida que quero.
Bem vindos ao mundo de estrelas invertidas e formas de ilusão que nos consola e adia nosso desespero.
Desespero provisório
Ser caniço, ser pensante, enfrentar tormenta
Até onde, até quando,coração agüenta?
Aprender com os seus erros, sim, mas até quando?
Sempre tatear em volta, sempre ir tentando?
Para onde seguirá, alma insensata,
Se a jóia cobiçada não passou de lata?
Um momento de amor com penar se paga.
Para a praia tanto faz que será da vaga.
O tributo pagarei, ano após ano.
Vitimado pelo meu colossal engano.
Cambaleio ao caminhar, sem querer, aderno
Só me resta constatar: nada é eterno.
Cabisbaixo integrar o rol dos vencidos,
Fortunados por deixar de ser iludidos.
Até quando lamentar minha triste sina
Verter lágrimas sem fim em cada esquina?
O regalo que restou, brinde postimeiro
Foi não ser original. Não fui o primeiro.
É melhor me conformar :É assim a vida
Voam horas de prazer, sobra a ferida.
Vendaval ou aquilão, o caniço agüenta
O desânimo passou. A poeira assenta.
Sei que há de me chamar com voz doce :Venha!
Só me restará pegar uma nova senha.
O desespero a angustia e os pedaços,
Vidro, espelho e me vejo, quem sou eu?
Vidas, tempo, caem remontam, descontam e somam, consomem.
Não tenho tudo o que tive, tenho o que tenho agora, tenho o que posso ter. Meus troféus, minhas medalhas agora não valem nada, só historia. Em frente ao espelho da minha vida, em frente ao reflexo de outra vida.
Desespero, desejo quebrar tudo e acabar. Acabar com meu passado, meu futuro. Já tinha vivido uma vida que não deveria ter sido somente um reflexo.
Uma sombra e sim uma vida viva, com propósito.
E fujo do meu reflexo no meu quarto e lá do alto do meu alto, vejo.
Quando me imaginava aqui em cima, e no alto, como cheguei aqui?
Como chegar lá, e como começar de novo.
Começando aqui dentro, tudo de novo.
Na eternidade de um segundo me liberto e caio lentamente.
Me liberto de você, me liberto de mim.
Sou eu, eu mundo, eu caverna, eu espelho, eu reflexo, quero viver sem mim, quero viver de novo, me deixa, eu vou, eu fico, eu estou, livre.
Escrevi isso, vivi isso, vi em algum livro, não lembro.
É difícil escapar do desespero quando a saudade insiste em machucar. Não há razão no mundo que fará extinguir esse amor designado por Deus. Sou sua e assim será. (*)
Cada passo para o envelhecimento é um passo para o desespero, morrer e te deixar sozinha, sem deixar um alguém para dividir suas dores, alegrias e seu amor, espero que você parta antes de mim, e se você partir “que se vá sonhando comigo”.
No toque o amor.
No olhar o desespero .
Nos lábios o acalanto.
Entre corpos o desejo.
Entre almas a tristeza.