Deserto
Canta o sábia que encanta o sertão. A mocinha no portão vislumbra o céu, vê que seu amor vive longe no deserto, espera com seu coração aberto e o seu manancial a chegada daquele que foi em busca de novas descobertas, não sabe ele o quanto ela tem desertos. Canta o sábia sendo o tema dessa história, torcendo para o encontro desse amor, para cantar em outros ares, em outras histórias.
Aos que, como eu, se encontram na solidão de seus desertos íntimos, digo: os anjos nos servirão! Sirvam-se com o Pão da Vida!
A profecia de Isaías (43.19) compara a vinda de Cristo ao mundo a uma coisa nova que vem à luz, a um caminho no deserto e a rios no ermo.
🌷O CAMINHO DAS FLORES🌷
O amor é quem vai me guiar.
No caminho das flores a te encontrar.
No momento de escuridão, tu me trouxeste a luz.
Em dias nublados, tu me trouxeste as cores do arco-iris.
No momento em que tudo parecia deserto, tu me trouxeste flores.
No momento de silêncio, tu me trouxeste uma voz que acalma meu coração.
No momento de solidão, tu me trouxeste o teu abraço carinhoso.
Todo tipo de amor é provado no fogo. Talvez seja possível acrescer que a sua medida é conhecida no "deserto".
Ser verdadeiro consigo mesmo, já uma grande conquista... Seguir modelos de vida vazias que não tem nada a ver com objetivo claros somente, é jogar sementes em desertos. Ser leve, prático e suave, ser capaz de conviver sozinho e se gostar, é enxergar seu interior e poder dar algo de bom a quem vier, e aí a gente agrega experiencias e caminha juntos. E faz disso um paraíso, doce e com Deus!
Tudo o que vejo nada é o que desejo
Mentes que trocam princípios por ambição
Conduzidas por corpos em constante representação
Por vezes fujo do mundo
Procuro por mim num deserto
Tudo o que vejo é natural
É onde me encontro mais perto
A isca e o anzol.
Antes de dar comida a um mendigo,
Dá-lhe uma vara e ensina-lhe a pescar! -
Brada, boca seca, em pleno deserto.
situação paradoxal:
"Havia gente por toda parte, na rua da cidade, mas o forasteiro não poderia sentir-se mais só se ela estivesse deserta".
"Ainda que as dificuldades venham, minhas forças acabem, o cansaço susurre em meus ouvidos... Ainda que o medo, as circunstâncias e a falta de fé tentem impedir... Eu irei continuar lutando, irei persistir. Acredito que Deus não permite que sonhos impossíveis de realizar sejam tão permanentes em meu coração, e é por isso que não posso desistir, ainda que seja difícil, sei que consigo, Ele me fez como uma flor selvagem do deserto, nos momentos mais difíceis, em meio às adversidades e das formas mais inesperadas, irei florescer!"
Não importa o quão estreito seja o caminho com Deus, ele sempre será mais fácil de percorrer que o o largo do deserto. Não pare!
É como estar no mais seco dos desertos e precisar daquele tão precioso liquido para se sentir vivo mais uma vez. É uma necessidade louca de estar do seu lado, sentir sua pele, o cheiro doce do shampoo que usa, e aquele seu perfume tão bom que sempre fica por alguma razão na sua nuca, ouvir sua voz birrenta bem de pertinho, abraça-la e ser um tipo de cobertor contra todos os males. É uma necessidade de zelar o seu sono, cuidar, proteger, não deixar que nem nos seus sonhos, ou piores pesadelos lhe façam mal. É necessidade de você.
Incluir na minha coleção
citação
Nossa ligação sempre foi muito forte e intensa. Mesmo sem qualquer forma de contato palpável fazíamos contato mentalmente. Também não sei ao certo o que tivemos, não é necessário achar conceituacões exatas, nem tudo pode se mensurar por definições.
Não há mais hora para lamentos, nem dor, nem risos, cada um carrega o que merece, ninguém escapa, não há esconderijos...
Sou uma fagulha na vasta imensidão do deserto, nascida das cinzas na fogueira acessa do Oasis. Meu refúgio encontra-se nessa imensidão infinitamente do meu Eu.
Obrigada por ter vivido partes de mim em que pude, através de ti, mergulhar em experiências transcendentais.
Obrigada por causar todas as nuances vivazes e obscuras também.
Estou sempre pela vida! Estou viva! Estou aqui! Sou Cintia! ...
NÚMEROS
(Sinopse)
A CAMINHO DA TERRA PROMETIDA
Este livro se chama Números porque começa com um grande recenseamento do povo hebreu no deserto.
Para os hebreus, a saída do Egito foi uma lenta e penosa caminhada em busca de uma terra. Neste livro a caminhada se transforma em majestosa marcha organizada de todo um povo, como uma procissão ou um exército. As tribos de Israel estão todas presentes, formando os esquadrões de Deus, cada uma com o seu estandarte e avançando em rigorosa formação. No centro de tudo vai a arca da Aliança. Isso mostra que o livro não pretende narrar fatos históricos, mas quer nos transmitir mensagens. Assim como os antepassados saíram da escravidão do Egito para chegar à terra de Canaã, do mesmo modo todo o povo de Deus é peregrino e caminha para o Reino prometido por Jesus. A organização mostra que dentro do povo de Deus as funções devem ser repartidas, mas com um único objetivo: realizar o projeto de Deus. E a arca da Aliança no centro indica que, nessa caminhada, Deus está sempre no meio do seu povo.
O livro mostra também, e com muito realismo, que dentro dessa organização existem fortes conflitos (Nm 16), e que seus chefes estão sujeitos a fraquezas e desânimos, por mais importantes que eles sejam na comunidade.
Em Nm 22 a 24 temos a história de Balaão e a sua burrinha. Essa história mostra como um adivinho estrangeiro se torna um verdadeiro profeta de Deus. Com essa narração o livro quer mostrar que dentro da caminhada do povo de Deus para a Terra Prometida deve haver sempre um lugar para o profeta.
O deserto foi o tempo da grande disciplina e pedagogia para o povo de Deus. Não basta estar livre: é preciso aprender a viver a liberdade e conquistá-la continuamente, para não voltar a ser escravo outra vez. No deserto Israel teve que superar muitas tentações: acomodação, desânimo, vontade de voltar para trás, desconfiança de Javé e dos líderes, imprudência etc. Foi no confronto com essas situações que ele descobriu o que significa ser livre para construir uma sociedade justa e fraterna, alicerçada na liberdade e voltada para a vida. Visto sob essa perspectiva, o livro dos Números nos ensina que qualquer transformação profunda exige um longo período de educação e amadurecimento.
O sorriso abre caminhos, portas, destinos, o sorriso é a ajuda após um dia difícil, mas não a significado maior para esse simples e infinito gesto, que tem a capacidade de em um segundo nos mover para outro universo, ao abrir as chaves de um coração deserto.
Na beira do sofrimento eu pude perceber que no caminho da dor tem algo muito grande a aprender. E que no mar da agonia eu posso ter duas certezas, primeiro cada deserto não é eterno, mas continuo em nossas vidas, pois as lutas fazem parte da nossa peregrinação aqui nesta terra. E minha segunda certeza é, se Deus me levou ao mar da tribulação ele sempre terá uma lição para me ensinar no caminho da dor e ele sempre me dará sustento em cada luta que ele ali me colocar por sua soberania.
Em meios aos maiores desertos é que os odres irão possuir a melhor água
Em meios ás maiores turbulências é que suas asas estarão aptas para voar mais alto
Qual o limite da intolerância?Seria pavor ou apenas bonança. Quem sabe uma dor, embora o mais provável é a falta de amor! Mas seja como for. Se o tempero é incerto, qual a diferença da escrita em prosa e verso? O peso da bola carregada nos ombros ou da roda de quem aguenta um ônibus. Pode parecer fantasia. Ou quem diria, sorria!! Apenas poesia. O certo é um pedaço do deserto, seja com chuva ou sol, desde que não se queime com o uso do formol. Pois goste quem quiser, não importa a beleza. Lembrei do dia de hoje. Então... Feliz dia Mulher!!
A Máquina do Mundo
E como eu palmilhasse vagamente
uma estrada de Minas, pedregosa,
e no fecho da tarde um sino rouco
se misturasse ao som de meus sapatos
que era pausado e seco; e aves pairassem
no céu de chumbo, e suas formas pretas
lentamente se fossem diluindo
na escuridão maior, vinda dos montes
e de meu próprio ser desenganado,
a máquina do mundo se entreabriu
para quem de a romper já se esquivava
e só de o ter pensado se carpia.
Abriu-se majestosa e circunspecta,
sem emitir um som que fosse impuro
nem um clarão maior que o tolerável
pelas pupilas gastas na inspeção
contínua e dolorosa do deserto,
e pela mente exausta de mentar
toda uma realidade que transcende
a própria imagem sua debuxada
no rosto do mistério, nos abismos.
Abriu-se em calma pura, e convidando
quantos sentidos e intuições restavam
a quem de os ter usado os já perdera
e nem desejaria recobrá-los,
se em vão e para sempre repetimos
os mesmos sem roteiro tristes périplos,
convidando-os a todos, em coorte,
a se aplicarem sobre o pasto inédito
da natureza mítica das coisas,
assim me disse, embora voz alguma
ou sopro ou eco ou simples percussão
atestasse que alguém, sobre a montanha,
a outro alguém, noturno e miserável,
em colóquio se estava dirigindo:
"O que procuraste em ti ou fora de
teu ser restrito e nunca se mostrou,
mesmo afetando dar-se ou se rendendo,
e a cada instante mais se retraindo,
olha, repara, ausculta: essa riqueza
sobrante a toda pérola, essa ciência
sublime e formidável, mas hermética,
essa total explicação da vida,
esse nexo primeiro e singular,
que nem concebes mais, pois tão esquivo
se revelou ante a pesquisa ardente
em que te consumiste... vê, contempla,
abre teu peito para agasalhá-lo.”
As mais soberbas pontes e edifícios,
o que nas oficinas se elabora,
o que pensado foi e logo atinge
distância superior ao pensamento,
os recursos da terra dominados,
e as paixões e os impulsos e os tormentos
e tudo que define o ser terrestre
ou se prolonga até nos animais
e chega às plantas para se embeber
no sono rancoroso dos minérios,
dá volta ao mundo e torna a se engolfar,
na estranha ordem geométrica de tudo,
e o absurdo original e seus enigmas,
suas verdades altas mais que todos
monumentos erguidos à verdade:
e a memória dos deuses, e o solene
sentimento de morte, que floresce
no caule da existência mais gloriosa,
tudo se apresentou nesse relance
e me chamou para seu reino augusto,
afinal submetido à vista humana.
Mas, como eu relutasse em responder
a tal apelo assim maravilhoso,
pois a fé se abrandara, e mesmo o anseio,
a esperança mais mínima — esse anelo
de ver desvanecida a treva espessa
que entre os raios do sol inda se filtra;
como defuntas crenças convocadas
presto e fremente não se produzissem
a de novo tingir a neutra face
que vou pelos caminhos demonstrando,
e como se outro ser, não mais aquele
habitante de mim há tantos anos,
passasse a comandar minha vontade
que, já de si volúvel, se cerrava
semelhante a essas flores reticentes
em si mesmas abertas e fechadas;
como se um dom tardio já não fora
apetecível, antes despiciendo,
baixei os olhos, incurioso, lasso,
desdenhando colher a coisa oferta
que se abria gratuita a meu engenho.
A treva mais estrita já pousara
sobre a estrada de Minas, pedregosa,
e a máquina do mundo, repelida,
se foi miudamente recompondo,
enquanto eu, avaliando o que perdera,
seguia vagaroso, de mãos pensas.
(Texto foi extraído do livro “Nova Reunião”, José Olympio Editora – Rio de Janeiro, 1985, pág. 300. Fonte: Projeto Releituras)
Há pessoas que são tão carentes que se apaixonam ao primeiro sinal de afeto tal como alguém perdido no deserto que louva todo o universo por ter encontrado água.