Deserto
Não está entendendo por que está doendo
Mas é preciso passar por este tempo
Quando você adora, alivia a alma
Não se desespere
Deserto não é pra sempre
Não existem barreiras para a poesia, ela está dentro e fora de nós, poetas, que a absorvemos sem parar, sedentos como num deserto.
Meus Jardins e Meus Desertos
E foram tantas
as flores que eu colhi,
ao longo da vida!
Plantei em terra firme.
Reguei com meu amor.
Suores e sonhos.
Floresceram.
Sorrimos.
Cada amor foi um
jardim de flores encantadas.
Enamorados!
Vivemos momentos só nossos.
Mas tudo tem um tempo!
Jardins desfeitos!!
Hoje vejo a terra fértil.
Porém seca!!
Sem flores.
Sem sementes.
Quase sem sonhos.
Desejos permanecem…
Mas o deserto de mim
seca a minha pele.
Racha o meu chão…
E sozinha!
Escuto apenas
ventos que passam
arando os meus desertos.
Lilás
Tem que ser espetacular para ser verdadeiro?
Tem que ser famoso para ser de Deus?
Tem que ser BONITO, ENGRAÇADO ou LILÁS?
Quando lembro daquela multidão indo até o deserto ouvir a pregação de João Batista, concluo: As necessidades das pessoas de hoje são as mesmas daquelas, mas a sede não.
APROFUNDANDO A FÉ NO CAMINHO DE SANTIAGO DE COMPOSTELA
(França, Espanha e Portugal)
De uma forma ou de outra, desde pequena, tenho buscado aquela fé que consegue remover a inquietude humana e proporcionar a paz essencial à vida neste ou em qualquer outro plano.
Quando criança e adolescente, acreditava que tinha essa fé, isto porque participava ativamente, mesmo de forma ingênua, em atividades da Igreja Católica.
No entanto, a idade adulta, ou seja, a vida no Colégio Central em plena ditadura militar, na Universidade e, depois, como docente, aluna de mestrado e de doutorado, envolvi-me em movimentos político-sociais, na luta por uma sociedade mais justa e igualitária, por um ensino de qualidade, por melhores condições de vida, entre outros, ficando invisíveis muitos dos valores religiosos que foram inicializados na minha infância.
Não mais livros religiosos, procissões, palavras proferidas em missas, novenas etc, mas livros que mostravam a realidade mundial, brasileira, baiana: desigualdade social, pobreza, desemprego, inacessibilidade a serviços básicos como educação e saúde, além da baixa resolubilidade desses serviços.
Uma mudança, por que não dizer, radical!
Essa nova vida não me deixou perceber que a vida com Deus é, como diz Frei Inácio de Larranaga, vida de fé, e fé não é sentir, mas saber; não é emoção, mas convicção; não é evidência, mas certeza.
Viria compreender um pouco essa mensagem algum tempo depois, ao vivenciar a dor de perdas acumuladas, especialmente a do meu filho de 20 anos, que me levaram a um estado de “cansaço” intenso! Não tinha a ideia de que procurava um deserto, isto é, sair do lugar onde vivia, trabalhava, e retirar-me para um lugar solitário: campo, bosque, montanha...
Teria que ser algo que me fizesse conhecer melhor o meu eu para superar a dor, para me superar.
Caminhar/peregrinar foi uma opção pois cada caminho é um caminho que nos leva ao desconhecido, ao que esse desconhecido é capaz de nos ensinar.
Em apenas uma semana lá estava eu fazendo, a pé, como peregrina, o Caminho de Santiago de Compostela, inicialmente, o Caminho Francês (33 dias pelas montanhas).
Ao chegar à Santiago e assistir à tradicional Missa dos Peregrinos, senti um “vazio” profundo, uma necessidade de continuar caminhando rumo ao desconhecido. Foi incrível! Ainda estava faltando algo!
Então, decidi fazer o Itinerário Santiago/Fisterra-Muxia (Costa da Morte), não aprovado, naquele momento, pela Igreja Católica, porque era permeado pelo misticismo.
Foram mais 96km pelas montanhas, com apenas três albergues à disposição do peregrino. Ao chegar em Fisterra-Muxia, onde fiquei uma semana bastante envolvida pelo seu misticismo, vivenciando momentos especiais, tudo ficou mais confuso. Descobri que ainda não havia conseguido a revelação que buscava e que não era muito clara para mim.
Continuar caminhando/peregrinando, não mais pelas montanhas mas por terras planas, vales e montes, seria uma saída: o Caminho Português ao “reverso”, isto é, de Fisterra-Muxia (Espanha) para Porto (Portugal). No entanto, encontrei-me em um “Caminho” sem “calor humano”, com poucos peregrinos, albergues vazios mas fui parcialmente compensada ao participar, em Redondela, durante três dias, como voluntária, da construção de tapetes de flores, com desenhos religiosos, nas ruas desta cidade portuguesa.
Ainda inquieta, tomei a decisão que deveria estar “guardada” no meu íntimo: de trem, fui de Porto para Fátima onde tentei deixar uma medalhinha desta Santa, que meu filho usava quando mudou de plano. Fátima não era o seu lugar! Uma freira orientou-me a levá-la de volta para o Brasil, onde, num certo dia, ao mirá-la, de forma especial, levantei-me repentinamente, fui ao cemitério e mandei cravá-la no túmulo do meu filho. A partir daí, não mais me preocupei com a medalha uma vez que ela já estava onde deveria, provavelmente, estar há muito tempo.
Bem, consciente ou inconscientemente fiz um deserto, um tempo forte dedicado a Deus em silêncio, solidão, e pude sentir como na fé Jesus toca as nossas feridas, especialmente aquelas que nos machucam muito!
Para Frei Ignácio, a vida de quem crê é uma peregrinação. Mas eu não sabia o que é “ser peregrina”. Aprendi no Caminho que o peregrino não sabe nada: onde vai dormir nem o que fará no dia seguinte; que fadiga, incerteza e insegurança são o pão do seu cotidiano; e que ele tem uma meta mas não consegue vê-la claramente. Assim, comecei a entender que as duas forças dialéticas da fé podem ser a certeza e a obscuridão.
Dessa experiência existencial, um dos grandes aprendizados na minha vida: quando pensei que o objetivo infinito estava ao meu alcance, nas minhas mãos, Deus se ausentou e silenciou; apareceu, desapareceu; aproximou-se, afastou-se; tornou-se concreto e se desvaneceu. Foi nas montanhas, em direção à Astorga (Espanha), onde me perdi por 14h. Pedi socorro a Ele mas tão logo encontrei o “sinal” do Caminho, deixei de crer e me perdi de novo...
Apesar do meu “afastamento/alheamento”, passei a perceber que deveria reduzir a silêncio a minha mente quando ela tentasse se rebelar e que deveria abandonar-me na fé.
Mas, como é difícil ter “aquela” fé que tudo suplanta!
Só Ele sabe como tenho tentado/venho tentando...
Quem dera se cada lágrima de sofrimento fosse uma gota de água pura e que ao tocar o solo germinasse uma semente.
Quem dera corresse em mim rios de água viva para que eu pudesse fazer crescer flores no deserto.
Carlos Alberto Pinto Duarte
PoetaDuarte
Do que valem palavras não ditas? Sentimentos abafados? Sonhos não vividos? Metas não cumpridas? Apenas grãos de areia no deserto do tempo perdido.
Olho pela janela, imagino...
Ao chorar em silêncio,
desejo ver a chuva
Imagino que cada uma de suas gotas
possa ser uma de minhas lágrimas.
Muitos irão ver, mas não irão saber.
Desejo que caiam gotas delicadas.
Desse modo, penso ter alguém
a chorar junto comigo, fazendo-me companhia
Em algum lugar desse vasto mundo de chuvas.
E se forem torrenciais,
Talvez consiga purificar minha alma,
Eliminar o que nela há de triste
E preenche-la do que de alegre vive.
Mas sei que o sol existe e vem comigo
Devolve-me o sorriso,
Renova-me as esperanças,
Contamina-me com sua energia,
Preenche minha alma
Aquece meu corpo,
Faz renascer meu espírito.
Pois a Vida brilha nos corações de todos.
E o sol surge como um amigo
que aquece o amor do outro
Com apoio, carinho e consolo,
Preenchendo-o com puros raios de sol.
E a suave brisa a beijar nossos rostos.
Na escuridão do quarto ela se encontra
Da escuridão do mundo ela se esconde
Protege seu coração ressequido
Das frustrações amargas da vida
Oculta sentimentos há tempos esquecidos
Sufoca memórias há tempos não sentidas.
Se andas ao Sol
Esbanja luz em sorrisos
Se andas sob a lua
Diamantes em seus olhos
Se dança pela chuva
Lágrimas lhe fogem
Em meio à multidão
Sozinha agoniza
Em meio ao deserto
Se sente preenchida
Pelo vento
Pelo silêncio
Pelo tempo.
Dizer a um paciente com câncer que tudo vai ficar bem é como dizer a alguém que está prestes a cruzar o deserto que, em algum lugar distante, há um oásis.
São tantos os desertos para atravessar
na vida. Alguns desertos atravessamos sozinhos e, às vezes, por opção. Mas, quando acertamos a companhiaa alma fica até mais leve e o cansaço quase desaparece. Como é bom ter você ao meu lado nos desertos da vida.
Nem todos os "desertos" têm o mesmo tamanho!
Todavia, é necessário atravessá-los
para encontrar um "Oásis"!
Deus é eterno e imutável; pessoas, não!!!
28.03.2018
Não podemos esperar muito das pessoas, pois elas mudam muito. Um dia nos amam, outro dia nos desprezam. Veja o que aconteceu com Jesus: no domingo foi aclamado pelo povo; na sexta-feira seguinte foi condenado pelo mesmo povo. Por que comemorar este dia que chamam de Domingo de Ramos se quem levava os ramos era um povo que se revelou ingrato e traidor dias depois?!
Bem que Jesus nos ensina que, antes de sentirmos, ele sentiu primeiro. Por isso, devemos esperar em Deus e não em homens, confiar em Deus e não em homens, depender de Deus e não de homens.
É claro que isso vem do Senhor, percebemos, sentimos, quando algo vem do Senhor, mesmo que não nos seja muito agradável, pois em um determinado momento nos faz sentir plenamente realizados com bênçãos maravilhosas porque impossíveis ao homem, assim como nos faz sentir completamente privados das realizações de bênçãos desejadas pelas quais clamamos dia após dia, e não chegam. Nisto vemos o poder de Deus, pois, pelo modo como as coisas acontecem, só pode corresponder a um propósito divino para o nosso bem. Por isso, diz a palavra "agrada-te do Senhor e ele satisfará os desejos do teu coração" (Sl 37:4). Eu preciso agradar ao Senhor, eu preciso sentir prazer no Senhor. As coisas saindo do jeito que eu desejo ou as coisas não saindo do jeito que eu desejo, eu devo sentir prazer em Deus independentemente das circunstâncias. É isto! Aprender amar a Deus sob quaisquer condições. Este é o aprendizado final: eu aprendi a amar o Senhor quando tudo ia maravilhosamente bem; devo aprender a amar o Senhor da mesma forma quando as coisas não vão da mesma forma.
Concluí, portanto, que passamos pelo teste do amor a Deus quando as coisas vão bem e quando as coisas não vão tão bem assim conforme o desejo do nosso coração. Porque, na verdade, com Deus as coisas sempre estão bem, tanto que estamos vivos graças a ele, e ele não nos deixa faltar nada, a não ser a postergação da realização dos nossos desejos para uma época futura quando estivermos prontos para receber, se é que ele vai nos conceder a nossa petição, e ainda nisto o Senhor continua sendo Deus. E a única coisa que devemos fazer e sentir é continuar amando a Deus sobre todas as circunstâncias, pois é isto o que ele espera de nós, seus filhos fiéis. Amém.
A gente tem de parar com a teimosia: saber a hora de fazer e a hora de não fazer ou deixar de fazer; saber a hora de parar e a hora de agir; saber a hora de falar e saber a hora de calar, saber a hora de abraçar e saber a hora de parar de abraçar; saber a hora de dar e deixar de dar e saber a hora de receber e deixar de receber. A teimosia só causa prejuízo porque pela teimosia a gente insiste em algo que não é para ser. Nada como esperar o tempo certo das coisas, pois há um tempo determinado para cada coisa debaixo do céu (Ec 3).
Agradar-se do Senhor, portanto, equivale a:
a) Aprender a esperar o agir de Deus;
b) Aprender a esperar o tempo de Deus;
c) Aprender a fazer a vontade de Deus.
Em suma, significa sentir prazer no propósito de Deus para nossa vida.
E agora o que eu devo fazer é pedir a Deus para me ensinar a colocar em prática este aprendizado para que eu me sinta feliz em todas as situações, conforme a experiência do apóstolo Paulo que aprendeu a se contentar com muito e com pouco, a ter prazer no lucro e na perda, aprendeu a viver em todas as circunstâncias (Fp 4:11).
E quando há manifestação de Deus, as coisas são assim, sem uma resposta clara, sem um entendimento claro das coisas, permanecendo numa indefinição, em suposições, conjeturando sobre o porquê das coisas estarem como estão e desejando mudar o status quo; tudo isso, no entanto, justamente para que possamos exercitar a nossa fé, e seguir suportando as coisas pelo simples prazer da obediência a Deus, por reconhecer em tudo isso que a vontade dele é soberana. Apesar de tudo, na verdade, Deus não nos deixa sem resposta. E, podemos até não entender muito bem o que ele está falando ou fazendo, mas sabemos, temos a convicção de que tudo isso vem de Deus, e, se vem de Deus, é perfeito, mesmo que não entendamos perfeitamente visto que a nossa humanidade é tão limitada que somos incapazes de compreender perfeitamente e de enxergar claramente o mover de Deus.
Mas Deus é tão bom tão maravilhoso que nos faz perceber esta realidade, não nos deixando sem uma resposta que nos sustente por este período no qual somos privados do cumprimento de certos desejos. Precisamos reter em mente apenas uma coisa: Deus sabe o que faz e está no controle da vida de cada filho seu que o ama em espírito e em verdade. Sejamos fiéis a Deus.
A resposta do Senhor para mim:
Portanto, eis que eu a atrairei, e a levarei para o deserto, e lhe falarei ao coração. E lhe darei, dali, as suas vinhas e o vale de Acor por porta de esperança; será ela obsequiosa como nos dias da sua mocidade e como no dia em que subiu da terra do Egito (Os 2:14,15)
No deserto eu aprendo muito de Deus, pois busco a face dele continuamente para entender o porquê das coisas, tanto na minha vida pessoal quanto na social concernente às situações externas, nacionais e internacionais. No dia em que o Senhor me livrou da escravidão do mundo e me recebeu em seus braços, voltei-me totalmente para o Senhor, olhando só para ele, sem perceber ou dar importância às coisas que percebo hoje nos seus maus servos e nos maus políticos da nossa nação. Entendo que o Senhor está me purificando diante de tudo o que está acontecendo, pois eu não tenho que ficar olhando para essa gente, para os seus maus feitos, pois não servem como exemplo para a pessoa de bem que o Senhor quer que sejamos. Devo manter os olhos fixos no Senhor sem desviar nem para a direita nem para a esquerda (Pv 4:27). Eu não tenho de ficar olhando para essas coisas. Eu tenho de permanecer olhando para Deus e ficar firme em Deus. Não importa o que andam fazendo; devo fazer a minha parte de confiar e esperar em Deus. Eu voltarei a ser como antes na minha fé, sabendo que há esperança para o meu futuro e o Senhor me dará as bençãos que eu tenho pedido, amém.
A tristeza que é usada por Deus produz o arrependimento que leva à salvação; e nisso não há motivo para alguém ficar triste. Mas as tristezas deste mundo produzem a morte (2 Co 7:10).
Lembrem do quanto vocês caíram! Arrependam-se dos seus pecados e façam o que faziam no princípio. Se não se arrependerem, eu virei e tirarei o candelabro de vocês do seu lugar. Mas vocês têm a seu favor isto: odeiam o que os nicolaítas fazem, como eu também odeio (Ap 2:5,6).
A estrada em que caminham as pessoas direitas é como a luz da aurora, que brilha cada vez mais até ser dia claro. Mas a estrada dos maus é escura como a noite; eles caem e não podem ver no que foi que tropeçaram (Pv 4:18,19).
O caminho do justo é uma luz brilhante; homens bons e honestos enxergam mais e veem mais claramente enquanto passam pela vida - desviam dos buracos nas ruas, armadilhas e precipícios onde outros caem (Pv 4:18). E as boas obras praticadas por eles garantem que nunca cairão no julgamento de Cristo (IIPe 1:10-11)! - Let God Be True.
O que anda sinceramente salvar-se-á, mas o perverso em seus caminhos cairá logo (Pv 28:18).
www.monicacampello.com.br/top10
A tribulação te levará:
A reagir
A recuar
A ser moldada
A ficar sozinha
a estar confusa
A sofrer
A se vitimizar
A enxergar seus erros
A descobrir quem é quem
A ser testada e só depois disso:
A ser exaltada
A ser aprovada
A ser esclarecida
A ser madura
A ser aquilo que DEUS quer que nós sejamos.
Vem que a vida não para, vem que as estrelas não apagam, vem que os sonhos não morrem. A vida pode parecer uma miragem desértica, mas os terremotos furiosos estão aí, pra chacoalhar. O tuaregue, não perdi de vista, andarilho flamejante, nas correntes giratórias de areia, um feiticeiro nômade abrindo passagem nas águas do Nilo, com sua beleza, os vales que de longe parecem caminhos, são penhascos. Que venha seu olhar. Que venha me pegar. Seus olhos azuis da cor do mar. Refrescam minha a alma, molham meu semblante apaixonado, num sol ardente de Outono. Com sensação de Verão. O amor pode tudo, nos congela com o medo do frio, nos acalenta com a ternura de temperaturas amenas, e nos atormenta com seu ardente calor da paixão, tudo ou nada, talvez o imbróglio, talvez a paz. Paixão pode ser como o deserto, quente e quieto, porém intenso.
Se me permite uma brincadeira, o maior motivador do mundo foi Moisés. Ele fez o povo andar 40 anos no deserto para ver um terreno. E como motivar gente que viu o mar se abrir e mesmo assim descreu? É o desafio da natureza humana.
Santa Terezinha e sua casa me dão força e perspectiva nessa nossa caminhada errática de tantos anos pelo deserto em busca de um destino para o Brasil. Às vezes parece que só mesmo um milagre será capaz de concluir esta caminhada. Mas quem acredita em Santa Terezinha acredita em milagre.