Deserto
Final de tarde
Está deserto
A rua é um eco, em silêncio
So há imensidão verde a minha volta
Pássaros cantam dando ênfase
Ao final de um dia lindo.
Silêncio
Sinto a tristeza
Nesse deserto
Às vezes bate uma falta
Quem sabe melancolia
Mas é preciso adaptar
As mudanças e conduzir o caminho
De um vasto silêncio e suas direções solitárias
Deserto
Rua ecoa o silêncio intenso
Extenso horizonte
De caminhar pensativo
Passos e compassos
Serei deserto caminhante.
Coruja no Deserto
Conflito ocasional
Resquícios de um dia jogado
Aos ventos do silêncio
No horizonte
Decide envolver
Silenciar, sutileza da alma
Resisti tenebroso horrores.
Deserto
Dor das flores mortas
Extrema singularidade
Essência revigorante
Tortura oculta
Alma reinventada.
Sua beleza natural
Sorriso e energia
Flor que floresce no deserto frio e árido
Capacidade vital
De envolver homens com suas palavras, ensinamentos.
Deserto de tua alma
Caminho pelo árido chão
Decidido a explorar sua singela alma
Refaço traços
Onde busco o abandono de tua alma.
Existem pessoas que se assemelham ao deserto do 'Saara, mesmo você procurando um abrigo, elas te ignoram...🤔💭
Na minha simples vivência,
aprendi com tempestades de areia,
que me lançaram no deserto,
mas foi ali que absorvi sabedoria.
Quando andei pelo deserto das tribulações,
pessoas que se sentiam superiores,
me olhavam mas não me enxergavam,
foi assim que consegui a minha blindagem,
fiz cara de paisagem
e me fiz florir dentro da minha imunidade,
vivendo momentos de felicidade,
mergulhando no mar da poesia!...
O egoismo e o individualismo são as maiores chagas sociais de nosso tempo tão deserto de esperança e humanidade.
Corrupto
No mais nobre terno de linho branco
Caminhando no deserto vazio
Cabeça alucinada
A duna era um palco.
No seu topo e decentemente
A boca seca como depois de um porre
De aguardente
Declamou versos de Bandeira
Às areias infinitas.
Testamento era o poema
Sentimento agonizante da vida
Malfadado, desventurado
Calamitosa sina.
Reina o condenado
Com acabrunhada colheita
Dum monólogo terminado
Sem aclamação.
Deserto
Eis que estou a labutar, neste meu existir,
onde vou eu parar, se não me sinto triunfar?
Luto em vão neste deserto seco, de queimar.
Mal ando, na areia, que me quer destruir.
Ventos uivantes me estão a desviar, da minha rota,
e me querem fazer cair, no deserto à minha volta.
Para eu não chegar às fontes das águas puras,
que estão além daquelas longe avistadas dunas.
Estou cansado de tanto andar, eis que vou já parar.
Vou ficar por estas bandas, a descansar, até retomar,
meu vasto caminho da luta, da minha existência.
Mas já vejo ao longe um sinal de palmeiras verdes,
alma minha continua a tua peregrinação, até terdes,
a tua porção de água, tem aida muita insistência!
Que no deserto da tua vida,
encontres sempre um oásis,
onde possas saciar,
a sede dos teus desejos...