Deserto
No vasto deserto da existência, caminho sob o calor da realidade, onde cada pensamento é um grão de areia. Às vezes, uma brisa traz uma miragem de alegria, um oásis de esperança, mas logo desaparece, deixando a dura verdade do deserto. Em vulnerabilidade, alguns se confortam com minha dor, enquanto outros, que desejam minha melhora, me empurram de volta ao desespero. Contudo, a solidão não apaga a chama da resiliência. Cada passo e lágrima são conquistas, e na luta contra o deserto, sei que não estou sozinho.
O povo do deserto estava em frente a terra prometida, mas a falta de fé não os fazia crer na promessa de Deus. Começaram a achar que aquilo era muito para um povo nômade e peregrino no deserto! A incredulidade cega o homem! Mas dois homens viviam a promessa, porque profetizavam e perdoavam, indicando a mentalidade da vitória e da prosperidade! Nós não apenas sobreviveremos, mas iremos arrebentar com a força e a ajuda de Deus!
O Deserto é sim liberdade, uma vez que liberdade não é para os fracos e sim para os fortes que não abrem mão dela.
O homem pensa que não se pode plantar todas as arvores no deserto, Deus com todo seu poder planta todas as arvores no deserto, e então este deserto se torna uma floresta. Sabe o que tens a ensinar nosso Senhor? Que se estamos no deserto, ele esta plantando e cuidando de nossa vida. Amem.
Se o diabo teve a audácia para tentar contra Jesus Cristo no deserto, quem dirá contra nós, simples seres humanos em nossos dias comuns.
Vinicius Monteiro Tito
Mateus 4:1-4 NVI
Em seguida, Jesus foi levado pelo Espírito ao deserto para ser tentado pelo Diabo. Depois de jejuar quarenta dias e quarenta noites, teve fome. O tentador aproximou‑se dele e disse: ― Se és o Filho de Deus, ordena que estas pedras se transformem em pães. Jesus respondeu: ― Está escrito: “Nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus”.
Eu quero o caos
Para nele me recompor
Eu quero o deserto
Para nele florescer
Eu quero a fragilidade
Para nela ser fortaleza
Eu quero a distância
Para nela ser presença
Eu quero a solidão
Para nela ser milhares
Eu quero o instante
Para nele ser eternidade.
Explanacão do sofrimento de Jesus no deserto e sua humildade.
Mestre Jesus e Rei, com humildade trataste o teu próximo, com amor olhaste a multidão, pois a saber passaste quarenta dias de fome no deserto e sentiste sede, e mesmo assim o povo em pouco tempo a saber três dias de fome, viste grande nescessidade de alimento , e sua compaixão não tem fim, pois só tú o Deus, não quizeste a eternidade só para si, mais sim, nos entregaste tambéma oportunidade de tê-la, como um noivo entrega uma aliança ou joia preciosa a sua noiva... a eternidade é o maior amor ao pecador remido por Cristo Jesus, e em pouco sofrimento do povo, já estás o Deus a sofrer, já estar o Deus a se condoer e moer pela iniquidade que os inocentes são consumidos, isso não é fraqueza em ti o Deus clemente, mais é pura compaixão de um Deus que sofre pelos seus, mais chegará a hora que todo sofrimento dos humanos que creram em Cristo Jesus será para sempre extinto. Ô aleluia.
Poesias Líricas ao Rei Jesus
“A fé na redenção do lobo é como acreditar na chuva em pleno deserto, uma miragem que cega e engana.”
A palavra " Se Deus quiser " é muito antiga, dizem os antigos que era falado no deserto para todas as coisas, porque não sabemos nada sobre o nosso futuro, e também não temos a melhor escolha sobre o que fazer, e esta palavra responde todas as incertezas da nossa vida.
A MULHER
(A C…)
A mulher sem amor é como o inverno,
Como a luz das antélias no deserto,
Como espinheiro de isoladas fragas,
Como das ondas o caminho incerto.
A mulher sem amor é mancenilha
Das ermas plagas sobre o chão crescida,
Basta-lhe à sombra repousar um’hora
Que seu veneno nos corrompe a vida.
De eivado seio no profundo abismo
Paixões repousam num sudário eterno…
Não há canto nem flor, não há perfumes,
A mulher sem amor é como o inverno.
Su’alma é um alaúde desmontado
Onde embalde o cantor procura um hino;
Flor sem aromas, sensitiva morta,
Batel nas ondas a vagar sem tino.
Mas, se um raio do sol tremendo deixa
Do céu nublado a condensada treva,
A mulher amorosa é mais que um anjo,
É um sopro de Deus que tudo eleva!
Como o árabe ardente e sequioso
Que a tenda deixa pela noite escura
E vai no seio de orvalhado lírio
Lamber a medo a divinal frescura,
O poeta a venera no silêncio,
Bebe o pranto celeste que ela chora,
Ouve-lhe os cantos, lhe perfuma a vida…
– A mulher amorosa é como a aurora.
S. Paulo – 1861
TRISTEZA
Minh’alma é como o deserto
De dúbia areia coberto,
Batido pelo tufão;
É como a rocha isolada,
Pelas espumas banhada,
Dos mares na solidão.
Nem uma luz de esperança,
Nem um sopro de bonança
Na fronte sinto passar!
Os invernos me despiram
E as ilusões que fugiram
Nunca mais hão de voltar!
Roem-me atrozes idéias,
A febre me queima as veias;
A vertigem me tortura!…
Oh! por Deus! quero dormir,
Deixem-me os braços abrir
Ao sono da sepultura!
Despem-se as matas frondosas,
Caem as flores mimosas
Da morte na palidez,
Tudo, tudo vai passando…
Mas eu pergunto chorando:
Quando virá minha vez?
Vem, oh virgem descorada,
Com a fronte pálida ornada
De cipreste funerário,
Vem! oh! quero nos meus braços
Cerrar-te em meigos abraços
Sobre o leito mortuário!
Vem, oh morte! a turba imunda
Em sua miséria profunda
Te odeia, te calunia…
– Pobre noiva tão formosa
Que nos espera amorosa
No termo da romaria.
Quero morrer, que este mundo
Com seu sarcasmo profundo
Manchou-me de lodo e fel,
Porque meu seio gastou-se,
Meu talento evaporou-se
Dos martírios ao tropel!
Quero morrer: não é crime
O fardo que me comprime
Dos ombros lançar ao chão,
Do pó desprender-me rindo
E as asas brancas abrindo
Lançar-me pela amplidão!
Oh! quantas louras crianças
Coroadas de esperanças
Descem da campa à friez!…
Os vivos vão repousando;
Mas eu pergunto chorando:
– Quando virá minha vez?
Minh’alma é triste, pendida,
Como a palmeira batida
Pela fúria do tufão.
É como a praia que alveja,
Como a planta que viceja
Nos muros de uma prisão!
S. Paulo – 1861.